As resoluções para 2005 começaram mesmo antes do fim de 2004. E a lista seguinte, apesar de numerada, não tem qualquer ordem de importância das resoluções, porque todas elas são importantes.
Há sete anos que vivemos (eu e a Cláudia) no mesmo apartamento, mas sempre pensámos nele como um passo intermédio com vista ao sonho de ter uma casa. Uma casa com jardim! Uma casa que nos enchesse as medidas! Por isso sempre pensámos no apartamento como uma morada temporária. Aquele apartamento tem os seus defeitos mas, por ser temporário, nunca o melhorámos para que o tornássemos numa morada mais definitiva. E na verdade nunca nos sentíamos mesmo em casa quando lá entrávamos. E quanto mais tempo passava mais temporário se tornava.
A primeira resolução de 2005 foi a de tornar o nosso apartamento uma coisa menos temporária. E por causa disso tenho as mãos uma lástima, pois a semana passada fomos ao IKEA, a Lisboa, e carregámos o Jipe com quase 400 kg de mobília, que obviamente teve de ser montada. O apartamento está virado do avesso, mas é uma coisa temporária. Já arranjei a persiana que estava estragada há mais de um ano e aquele autoclismo que pinga vai ser o próximo. O quarto dos (des)arrumos passou a quarto de hóspedes e em breve teremos aquecimento em todo o apartamento. O passo a seguir é telefonar ao homem da lenha.
Arrumar a casa ajuda a arrumar a cabeça!
A segunda resolução foi a de me tornar mais livre. Menos dependente do Jipe, que é o único veículo lá em casa e necessário à Cláudia para se deslocar para o trabalho. Aí, ando a gozar do favor do meu amigo PP que me emprestou a Vespa dele (também nos emprestou a casa na deslocação ao IKEA). Confesso que já me habituei de tal maneira ao meu novo meio de transporte que temo que ele a queira de volta em breve. Nessa altura terei que pensar em comprar uma para mim, pois se a bicicleta dá alguma independência o seu raio de alcance é bastante mais curto. Principalmente quando o tempo livre é limitado por 8 horas de trabalho fechado num escritório.
A terceira resolução, como as anteriores, ainda tomada em 2004, foi a de adoptar um gato como animal de estimação. Como as anteriores foi feita em parceria com a Cláudia, mas com a maior pressão a ser feita por parte dela. A Cláudia não gostava de (temia) gatos e neste momento a Cinzas conseguiu já fazer parte da casa e da nossa vida. Ao fim de um mês e meio, a Gata é da família e vai connosco para todo o lado.
A quarta resolução é tornar-me uma pessoa mais positiva. O ano de 2004 foi um ano difícil e como já disse no
post anterior, só aquela ida para Inglaterra poderia fazer com que a minha auto-estima voltasse a aumentar. Confesso que em Julho e Agosto devem ter sido os meses mais negativos de toda a minha vida. Não vou dizer que foram os piores, porque hoje compreendo que muita da negrura que pairava sobre mim era criada pela negatividade com que eu encarava cada situação, aumentando a sua gravidade e só vendo o mal em todos os acontecimentos. Por isso agora sempre que me deparo com uma situação, que à partida podia encarar como má, penso que é apenas um passo mais na minha maturidade e na minha progressão na vida. Todos os problemas têm solução desde que os encaremos e não rebaixemos perante eles.
A quinta resolução é a de enveredar por um opção de vida mais ligado ao
Yoga. Quando cheguei de Inglaterra e como estava afastado das aulas de
Kundalini Yoga, resolvi seguir os conselhos da Gurmukh, depois de ler "
The Eight Human Talents" e fazer uma pratica de yoga repetida por 40 dias consecutivos. Assim, todas as manhãs fazia 4 minutos de
Sirsasana (invertida sobre a cabeça) e 1 minuto de postura de extensão (
Stretch Pose) com
Bhastrika (
breath of fire – respiração ritmada rápida), ao acordar. Tudo seguido de um relaxamento curto de 1 minuto. A ideia era melhorar o empenhamento e a autoconfiança. Porém, meteu-se o Natal e as rabanadas e outras distracções e o empenhamento esmoreceu e a pratica foi interrompida. Para a semana vou retomar esta pratica e adicionar-lhe o
Sat Kriya, que basicamente é uma meditação com vista balancear as energias do corpo e combater depressões. Talvez faça aqui um diário das minhas realizações.
Ainda dentro desta última resolução, passei a ter mais cuidado comigo. Deixei de tomar café em definitivo em Novembro e tenho reduzido o consumo de carne. Ainda não pretendo ser vegetariano, mas aumentei a quantidade de vegetais e frutos que consumo. Aliás substitui o normal lanche a meio da tarde por uma peça de fruta e um chá. Vou chegar aos 70 kgs um dia destes.
Depois quero trazer a Portugal e aos meus companheiros de
Yoga um pouco das minhas experiências de Inglaterra. Para isso em Maio receberemos a visita da Deirdre, uma das professoras de
Kundalini Yoga que conhecemos no Reino Unido. Ela está tão entusiasmada ou mais que nós. Espero que esta faça parte de uma série de visitas e que possamos manter o contacto.
Aliás essa é outra das minhas resoluções manter o contacto com toda a gente de quem gosto. Até já mandei postais de Boas Festas... Tenho um jantar com velhos amigos no sábado, pensa-se em marcar um encontro
Network Contacto em Aveiro e quem sabe uma comemoração qualquer em nossa casa, agora que já é A nossa casa.
Outra resolução que pensei em tomar este ano, mas que não sei se serei capaz de a cumprir é a de iniciar um curso para professor de
Yoga. Acho que lá para meados do ano já saberei do que serei capaz. Gostava também de tirar a Carta de Marinheiro.
Por último, não quero perder o contacto com Foz Côa, ou Almendra. Para isso quero melhorar a casa da minha avó de maneira que possa lá passar uns dias e convidar os meus amigos para uns fins-de-semana. Não é muito complicado, mas não queria perder a chance de o deixar escrito.
Ainda há uma série de resoluções mundanas às quais não costumo dar grande importância porque na maioria das vezes são caprichos meus que se desvanecem no tempo, mas se me quiserem oferecer nos anos alguma coisa podem sempre pensar naquele leitor de CDs R/RW/MP3 da Sony.
Bem! Ia-me esquecer das resoluções em termos profissionais, para verem a importância que isso tem na minha vida no momento presente. Pois! Quais são?... Ahm?... Deixa ver... Não me lembro de nenhuma! Pois! Se calhar é isso mesmo... A minha resolução em termos profissionais para 2005 é não ter nenhuma, assim não me desiludo.
Falamos daqui a 12 meses.