domingo, novembro 25, 2007

O patrão que não conseguiu viver com o salário do operário

A história veio nos jornais europeus e a 'Veja' entrevistou o protagonista. O empresário italiano Enzo Rossi, dono de La Campofilone, que produz pastas e massas, resolveu passar um mês a viver com os mil euros que paga aos seus operários, dando a mesma quantia à sua mulher, que também trabalha na empresa.

Apesar de se terem restringido ao essencial, o dinheiro acabou a 20 - e Rossi percebeu que, "se o dinheiro acabava para mim, também não dava para eles". Vai daí, deu um aumento geral de €200 aos trabalhadores.

O curioso é que o empresário diz que não quer dar lições de ética a ninguém, recusa qualquer ideia de que seja marxista e, com uma frontalidade desarmante, frisa que o aumento que concedeu é a prova de que é "um grandessíssimo egoísta". E porquê? Porque, como explica liminarmente, se o salário é insuficiente, os funcionários vivem sob stresse psicológico, com a angústia de saber se o dinheiro chega ou não ao fim do mês. Isso leva-os a ficar instáveis do ponto de vista emocional "e, consequentemente, trabalharão mal". Ora, como acrescenta, "quero que eles estejam bem, para aumentar os meus lucros". E diz mesmo que a massa que fabrica, um tipo de macarrão finíssimo muito tradicional em Itália, fica melhor e vende mais se o funcionário trabalha feliz.

Bom, mas já teve retorno deste aumento dos custos salariais? Não, mas Rossi diz que isso não vai demorar a acontecer. Nem que seja por os seus funcionários, com mais dinheiro, comprarem no Natal e Ano Novo mais do macarrão que ele fabrica.

Histórias destas valem mais do que muitos livros de gestão. E são tão verdadeiras em Itália como em Portugal - embora, por cá, não se conheça nenhum émulo do sr. Enzo Rossi.

in Expresso, 19 de Novembro de 2007 por Nicolau Santos

quinta-feira, novembro 22, 2007

Trabalho não produtivo custa 5,5% do PIB português

Anualmente, a economia nacional perde cerca de 7600 milhões de euros com horas de trabalho desperdiçadas

Os portugueses têm fama de ser pouco pontuais e de todos os dias perderem muito tempo de trabalho que poderia ser aproveitado. O relatório anual da Proudfoot Consulting, consultora especializada em produtividade, revela alguns dados que ajudam a sustentar esta ideia. Anualmente, Portugal perde cerca de 11 mil milhões de dólares (7626 milhões de euros) com horas de trabalho não produtivas no sector privado. São 47 dias de trabalho desperdiçados todo anos e que representam 5,5% do produto interno bruto (PIB) português.

A Proudfoot Consulting, neste sétimo relatório anual, coloca a economia portuguesa como a segunda com maior percentagem de tempo desperdiçado. Ao todo, o trabalho não produtivo em 2005-2006 representou 35,6% do total e apenas foi ultrapassada pela Espanha (45,2%) e pela França (36%).

Para estes especialistas, é possível eliminar trabalho desperdiçado até chegar aos 15% através da melhoria da gestão das empresas. É precisamente este ganho que poderia ajudar a economia nacional a eliminar este peso morto superior a 5% do PIB.

Principais Problemas
■ Deficiências no planeamento e controlo do trabalho ao nível dos dirigentes
■ Chefias intermédias pouco preparadas acabam por comprometer a eficácia
no terreno
■ Fraca motivação dos trabalhadores

Gestores são responsáveis
São vários os factores que explicam este problema, que em Portugal se agravou nos últimos anos. "A principal razão é o deficiente planeamento e controlo ao nível dos dirigentes", afirma Dário Lourenço, vice-presidente da Proudfoot Consulting para Portugal. O responsável adianta que este motivo, por si só, explica quase metade das horas desperdiçadas pelos trabalhadores portugueses todos os anos (40%).

"Outra razão importante, em particular em Portugal, são as chefias intermédias e a dificuldade que têm em levar objectivos locais", acrescenta Dário Lourenço. Um factor que muitas vezes está relacionado com falta de formação das pessoas que ocupam estes cargos muito importantes para o funcionamento das empresas. "Normalmente confunde-se capacidade técnica com capacidade de chefia", lembra Dário Lourenço.

Juntamente, estes dois problemas ao nível organizacional representam quase 80% do tempo perdido pelas empresas. Há depois outros motivos com menos impacto, como é por exemplo a motivação dos trabalhadores.

Os países com menor percentagem de trabalho não produtivo são a África do Sul (27,8%) e os EUA (29,1%). Nos restantes analisados, o indicador fica sempre acima dos 30% e em Espanha passa mesmo os 45%.

por João Silvestre jsilvestre@expresso.pt
in Expresso, 03 de Novembro de 2007

segunda-feira, novembro 19, 2007

O homem-bomba e a pomba armadilhada

Confesso que pela primeira vez gosto (um bocadinho) de uma música do Jorge Palma.

Quando ele bebia eu não tinha paciência para o aturar, e quando deixou de beber ficou ainda menos suportável. Mas agora, depois de todo o álcool ter sido exorcizado parece que finalmente o homem começa a acertar com o tino.

Porém, há coisas que ainda me deixam algo confuso, no tema dele que penso gostar – “Encosta-te a mim”. Algumas coisas que ainda devem ser resquícios do seu passado de alcoólico e que devem por vezes trazer ao de cima algumas coisas, que a nós no exterior da sua mente, parecem algo anacrónicas, desconexas ou provenientes de uma dislexia. Se não vejamos:

A primeira parte da letra até é engraçada e gosto do jogo de palavras, de alguém que "Chegado da guerra" e que fez "tudo p´ra sobreviver em nome da terra, no fundo p´ra te merecer" pede "recebe-me bem". Até acho bastante romântico… Gosto do “deixa ser meu o teu quintal”, um piropo engraçado! E até desculpo o "nós já vivemos cem mil anos" que aparece ali meio desamparado e que é desculpado com um "talvez eu esteja a exagerar", mas que como é no início da música, soa a deixa para começar a conversa.

Mas revolta-me quando o homem sai-se com um "recebe esta pomba que não está armadilhada", numa alusão (penso eu) à paz podre que se vive. Ou pior, quando ele diz "vai beijar o homem-bomba", que até faz esquecer o mau "vai desarmar a flor queimada" exactamente anterior, e deita por terra uma música que até aí até estava a correr bem.

Eu não sei se é influência dos ataques às torres gémeas, ao terrorismo em geral ou dedicada ao retorno dos soldados a casa, sei lá, mas parece-me despropositado o "vai beijar o homem-bomba". Aliás porque se ele quer que alguém se encoste a ele não lhe pede para ir "beijar o homem-bomba". Talvez seja um tema dedicado ao stress pós-traumático dos soldados, porque depois diz "quero adormecer", mas… Pena que não o tenha feito – adormecer - antes de escrever a história do homem-bomba e da pomba armadilhada. Fica ali meio deslocado.

Mas pronto! Fiquem com a letra:

"Encosta-te a mim,
nós já vivemos cem mil anos
encosta-te a mim,
talvez eu esteja a exagerar
encosta-te a mim,
dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou,
deixa-me chegar.
Chegado da guerra,
fiz tudo p´ra sobreviver em nome da terra,
no fundo p´ra te merecer
recebe-me bem,
não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói,
não quero adormecer.
Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim.
Encosta-te a mim,
desatinamos tantas vezes
vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal
recebe esta pomba que não está armadilhada
foi comprada, foi roubada, seja como for.
Eu venho do nada porque arrasei o que não quis
em nome da estrada onde só quero ser feliz
enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada
vai beijar o homem-bomba, quero adormecer.
Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo o que não vivi,
um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim Encosta-te a mim,
nós já vivemos cem mil anos
encosta-te a mim,
talvez eu esteja a exagerar
encosta-te a mim,
dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou,
deixa-me chegar.
Chegado da guerra,
fiz tudo p´ra sobreviver em nome da terra,
no fundo p´ra te merecer
recebe-me bem,
não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói,
não quero adormecer.
Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim.
Encosta-te a mim,
desatinamos tantas vezes
vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal
recebe esta pomba que não está armadilhada
foi comprada, foi roubada, seja como for.
Eu venho do nada porque arrasei o que não quis
em nome da estrada onde só quero ser feliz
enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada
vai beijar o homem-bomba, quero adormecer.
Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo o que não vivi,
um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim
"
Jorge Palma

terça-feira, novembro 13, 2007

Aulas de Yoga... N'O Jardim de Lótus

Começaram há uma semana. Aliás já começaram há bem mais tempo, mas o professor é que mudou. Assim, com a partida da Ana para a India (por 6 meses, pelo menos) as aulas da manhã d'O Jardim de Lótus (7:45-8:45) são asseguradas pelo professor Rui Gonçalves (ou Jai Narayan se preferirem o meu nome espiritual).

As coisas têm começado devagarinho e bem, mas espero ter tempo para mexer mais com as pessoas. Não são muitas, porque a hora é para madrugadores (uma espécie rara em Portugal) mas a audiência anda sempre à volta dos 5 alunos (com 7 inscritos).

Apareçam para experimentar. Prometo que saem com mais vontade de enfrentar a vida, logo pela manhã.

segunda-feira, novembro 12, 2007

O Segredo

Há cerca de um ano segui o conselho de uns amigos, uns mais próximos outros mais empreendedores. Segui porque acreditei ser capaz de fazer as coisas mudar. Acreditei em mim e acreditei que aqueles que me podiam ajudar, o fariam.


Um ano depois sinto que falhei. Mesmo com a ajuda de muitos e com toda a minha energia, não fui capaz de mudar alguns. Não fui capaz de fazer a mudança e sinto que foi um ano de esforço infrutuoso. Depois deste último ano, a única que me resta esperar é retirar desta lição algo que possa usar no futuro.


Ninguém tem culpa. Eu não tenho culpa, tu não tens culpa, ele não tem culpa… A verdade é que as coisas tinham que suceder assim, porque este não é o caminho, neste momento. Há que continuar… Mas agora quem tem que mudar sou eu! Mais uma vez…


O caminho é para a frente!



segunda-feira, novembro 05, 2007

Mini Size Me

Não sei se se lembram, mas há uns meses andei a fazer um programa de yoga que incluía uma dieta de crus (crudivorista) e perdi uns 7 Kgs sem esforço, em 40 dias. Consistia num programa que incluía uma série de exercícios de yoga e uma meditação diária, e uma alimentação baseada apenas em legumes não cozinhados, ou apenas aquecidos até aos 38 graus centígrados (a temperatura do nosso corpo).


A verdade é que esse programa, embora muito complicado de completar e muito difícil de suportar em algumas fases, provou que a alimentação que fazemos não é a melhor. Ao fim de 40 dias tinha muito mais energia e uns quilos a menos. E quando acabou, e voltei à dieta normal (infelizmente pouco, do que aprendi então, incorporei na minha dieta diária) e estou com o mesmo peso que tinha antes de começar, com menos energia e dinâmica. Mas é complicado fazer o programa na sua totalidade quando se leva uma vida normal… E se come fora algumas vezes!


Mas a professora de yoga que nos (éramos 5 em Aveiro a fazer o programa, mas algumas dezenas no mundo inteiro) levou a percorrer esse caminho foi a Siri Datta. Não percam a vinda dela a Portugal… Vejam a informação no post anterior!

Siri Datta em Lisboa, Pinhal Novo e Aveiro

O Jardim de Lótus apresenta em Lisboa, Pinhal Novo e Aveiro
Siri Datta
Siri Datta - Julie Cuddihy


Dissolvendo relacionamentos passados!
Iremos revitalizar-nos, tomando nas nossas mãos o poder e a força para dissolver velhos vínculos e amarras que nos mantêm ligados a contratos antigos, e que mantêm emaranhados energéticos, sejam eles verbais ou não verbais, conscientes ou inconscientes. Fortaleceremos o nosso “coração” e a nossa capacidade de amar, limpando a nossa aura das “cicatrizes” que restaram de relações terminadas, para seguir em frente numa nova vida.
Lisboa Quarta-Feira, 14 Nov 20:00h - 22:00h
Pinhal Novo Quinta-Feira, 15 Nov 20:00h - 22:00h
Aveiro Domingo, 18 Nov 10:30h - 12:30h

Tornemo-nos fortes como aço!!
Iremos trabalhar a confiança, a auto-estima, a força de vontade para dar novos passos em direcção ao que queremos, e assim fortalecer a capacidade de mantermos os compromissos assumidos.
Lisboa Terça-Feira, 13 Nov 18:00h - 20:00h
Lisboa Quinta-Feira, 15 Nov 10:00h - 12:00h
Aveiro Sexta-Feira, 16 Nov 19:30h - 21:30h

Libertando o passado!
Faremos uma limpeza energética de eventos passados dolorosos, traumas, mentiras antigas que já não servem, culpas que pesam… para seguirmos mais leves e firmes em direcção aos nossos objectivos.
Lisboa Terça-Feira, 13 Nov 20:00h - 22:00h
Aveiro Sábado, 17 Nov 10:30h - 12:30h

"Fat Free Yoga"
Kriyas para ajudar a perder peso físico e emocional, tornarmo-nos ainda mais bonit@s de dentro para fora, expandir a nossa aura melhorando a imagem que transmitimos de nós próprios.
Lisboa Quarta-Feira, 14 Nov 18:00h - 20:00h
Lisboa Quinta-Feira, 15 Nov 14:00h - 16:00h
Aveiro Sábado, 17 Nov 17:00h - 19:00h

Jantar convívio (Crudívero)
Siri Datta irá explicar um pouco dos fundamentos do seu novo trabalho que é o "Mini Size Me" e dará a experimentar uma série de delícias desta abordagem diferente de alimentação.
Aveiro Sábado, 17 Nov 20:00h

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