Sim, doeu! Doeu mais que a primeira. A primeira tatuagem foi feita na parte exterior da perna (direita), numa zona menos sensível, que a actual que foi feita na parte interior do braço (esquerdo). Mas doeu mais depois de feita que propriamente a fazer. Aliás a dor é comparável a uma ferida feita quando se raspa a pele numa superfície abrasiva e faz ferida. Tipo uma queimadura leve. (Isto era só para responder à primeira pergunta que vos veio à cabeça.)
(Para responder à segunda) Este é uma variação minha sobre um símbolo nórdico conhecido hoje em dia como Cruz de St. Hans (ou de S. João), que é usado na Finlândia (e na Suécia) para indicar sítios de interesse turístico e/ou paisagístico. Desde que visitei a Finlândia em 2001 que o tinha na cabeça. Agora tenho-o marcado no corpo.
É um símbolo encontrado em muitas gravuras e pinturas rupestres na Escandinávia e Finlândia. Mas, mais tarde foi usado no Kabbalah e como símbolo no Zodíaco. Mas, há quem defenda que é uma variação de um símbolo germânico, chamado de Nó Escudo (Shieldknot) que simboliza o facto de que tudo na vida está ligado pelo destino e que cada acção tem sempre uma reacção. (ver Shieldknot e Cross of St. Hans.)
Mas o que interessa é o que me diz a mim. E eu, como já em tempos escrevi (há quase um ano), acredito que todas as nossas acções na vida tem sempre uma reacção (é a física), embora haja um factor fixo que há quem chame de destino ou sorte, mas que não nos controla a vida, embora por vezes condicione. Porém são sempre, ou na maioria das vezes, as nossas acções que condicionam a nossa vida. Por isso acho que esta simbologia diz com a minha maneira de viver.
Por outro lado a visita à Finlândia marcou-me muito. Ainda hoje recordo aquelas férias como umas das mais calmas da minha vida. E marcou um período de viragem na minha vida, depois da chegada da Califórnia. Foi a altura em que comecei a deixar de ter pena de ter voltado e comecei a recordar o facto de lá ter estado como um período feliz, de muitos que ainda iria ter na vida. Assim como a viagem à Finlândia foi um período feliz da minha vida.
Por fim, na minha última visita ao Japão, nas infidáveis horas de trabalho e enquanto me distraía com uma procura na internet sobre viagens ou yoga encontrei um símbolo (nó) tibetano que representa o karma ou ciclo infinito de reencarnação. Supostamente este símbolo foi desenhado pelo Buda quando este atingiu o estado máximo de percepção ou a iluminação pelo que é suposto trazer sorte a quem o usa. Eu também o desenhei no meu Moleskine (um bloco de notas famoso) porque gostei da sua simbologia. No dia seguinte, estava de folga, e num passeio em Shibuya, encontrei um colar com um símbolo semelhante e comprei-o. Achei que era um sinal ou uma bela coincidência. Desde esse dia que uso esse colar comprado em Shibuya com a variação chinesa (Ming) do nó tibetano e que é muito semelhante ao símbolo que agora tatuei, quer em forma, quer em simbologia.
Por estas razões todas, 1288 dias depois, fiz a minha segunda tatuagem.