sexta-feira, abril 16, 2004

PazCôa II

Deixei-vos na parte em que os nossos amigos ingleses partiram e ia começar a falar da parte em que entraram os nossos amigos portugueses, na "pensão" da Travessa D. Berta Montalvão, 9 em Vila Nova de Foz Côa, no Sábado [10 de Abril de 2004] de Aleluia.

As fotos da PazCôa

No entretanto, eu e a Cláudia fomos fazer um piquenique para os lados da Quinta do Vale Meão, mas estava um calor imenso e naquele canto abrigado do vento era impossível não desesperar. Mas a pior parte da contenda foi termos nos esquecido de fósforos e não podermos acender o fogão para fazer um cafézito. Ainda tentámos insistentemente um processo com provas dadas no passado, que basicamente consiste em usar o isqueiro do carro para atear fogo a umas ervas secas. Porém, nesta altura as ervas tão muito pouco secas e nem com papel conseguimos. Fomos tomar café ao Pocinho.

Fazendo um "fast forward" e passando por cima do chouriço assado nas brasas da lareira e da garrafa de vinho dessa noite, voamos directamente, no tempo, para a tarde de Domingo [11 de Abril de 2004] de Páscoa, e no espaço, para a praia da estação de Almendra. O programa foi em todo semelhante ao levado a cabo com os ingleses, só que desta vez não havia o garrafão dos vizinhos. Felizmente, porque se levámos mais vinho desta vez, também bebemos mais. E se houvesse mais beberia-se mais, como provou o Armando quando chegámos ao centro de Castelo Melhor e pediu um bagaço.

Era a preparação da festa do Arcanjo Gabriel em Castelo Melhor e nós continuámos a nossa. Foi um rico dia de Páscoa recheado de momentos hilariantes (para alguns). Houve quem não tenha gostado muito! Mas são outras histórias que não compreendo, nem vos quero maçar com elas.

Na segunda-feira [11 de Abril de 2004] fomos (Eu, o Anésio e o Armando) andar de bicicleta. Fizemos uns 35 km! Começou com uma descida pavorosa, seguida de uma subida esforçada, uma paisagem magnífica, uma estrada horrorosa e um peixe do rio magnífico. A volta foi mais difícil, pois começou com a estrada horrorosa, seguiu-se uma subida pavorosa e um tombo doloroso. Ando aqui com um braço e um joelho esfolado e ainda nem arranjei a minha Vaynessa que ficou com a ponteira torta. Mas no fim foi magnífico comer uma picanha e dormir como já há muito não durmo.

Para quem quiser andar de bicicleta em Foz Côa que compre as cartas militares (130 e 141 – 1/25000) da zona. Partindo de Foz Côa e seguindo o caminho que parte do Senhor dos Aflitos (o nome não é em vão) até ao vale (CUIDADO!) seguem o riacho até ao Caminho Vicinal do Vale das Olgas e daí sobem até ao cemitério de Santo Amaro. Descem a estrada e na primeira curva apanham um caminho de terra batida à esquerda (no mapa está assinalado como de pé-posto) que segue a cumeada até à Quinta do Cercão (onde eu furei duas vezes). Descem à Senhora da Veiga e fazem o caminho que circunda o Vale Meão (nós não fizemos esta parte, porque fomos comer os peixinhos à Foz do Sabor, pelo "IP2"). Vão até ao Pocinho, daí à barragem, pela margem esquerda até à Quinta Daniel e seguindo pelas vinhas, sobem e sobem e sobem até à Chã, ao planalto onde está Foz Côa.

Para acabar, que não me está a apetecer estar aqui a escrever tudo o que se passou, porque afinal de contas vocês não têm nada a ver com isso, (ou, por outras palavras, hoje não estou com grande vontade para escrever.) ficam umas referências em termos gastronómicos:
- Petiscaria Preguiça – perto da estação de Freixo de Numão. Uma vista espectacular e uma simpatia inigualável. Provem os peixinhos do rio e o entrecosto na brasa. O vinho da casa é bom e as laranjas magníficas.
- Beira Rio - na Foz do Sabor. Especialidade peixinhos do rio. O vinho é daquele género groselha mas que torna tudo um pouco dependente demais da gravidade. Comam nas mesas fora se puderem. Lá dentro é sofrível.

Para passear ou estar:
- Praia fluvial de Almendra - está-se bem, mas não esperem nada muito arranjado. É apenas um sítio aprazível perto da água, óptimo para uns piqueniques e nem por isso sossegado.
- Praia fluvial da Foz do Sabor - Já foi um sítio sossegado, mas depois dos peixinhos no Beira Rio está-se lá bem.
- Ruínas romanas do Prazo - perto de Freixo de Numão uma pequeno complexo de ruínas que vão desde a pré-história até cerca do século XII.

São as melhores sugestões das que cobrimos nestas férias, mas há muito mais. Um dia destes eu começo a fazer um site sobre Vila Nova de Foz Côa. Aliás, sobre os arredores... Pode ser que já vá tarde demais! Ou se calhar serve de apoio ao meu sonho! Quem sabe?

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