domingo, junho 27, 2004

Um "novo" paraíso em Portugal

Impressionante como tão perto de casa se consegue estar tão longe.

O barulho dos "batráquios" e o silêncio do monte fazem com que a sensação de distância se torne mais acentuada. chegámos tarde mas a simpatia da Ana e dos demais fez com que a longa e sinuosa estrada ficasse esquecida. Além disso a vista da cadeia infindável de cumes montanhosos moldado pelo nevoeiro e salientados pelas cores do pôr-do-sol faziam com que aquela estreita estrada que parecia infindável, nos (a mim e à Cláudia) parecesse muito agradável. Pena que a vontade de chegar e o medo de estarmos perdidos nos tenha turvado o raciocínio e não tenhamos parado para tirar uma fotografia.

"A Grécia ganhou", foi nos dito à entrada. Ali isso pouco interessava, mas depois da Espanha, Itália, Alemanha e Inglaterra, chegava a vez da França voltar a casa. Cada vez mais este Europeu está mais complicado para quem gosta de prognósticos no início do jogo (o João Pinto é que tinha razão).

Jantámos um porco assado em vinho, um género de Chanfana. Tivemos sorte porque estava lá um grupo de visitantes (barulhentos) que tinham encomendado jantar e sobrou para nós, porque normalmente só com marcação.

Mas estávamos prevenidos com fogão e comida, não se fosse dar o caso de estarmos no fim do mundo. E estávamos! Há uns dois anos levei o Jesse à aldeia da Pena e ao S. Macário. Ele sempre disse que aquilo era o fim do mundo e aquela era a aldeia mais pequena em que tinha estado. A Pena fica ali perto (embora não me atrevesse a lá ir àquela hora) e o monte de S. Macário é ainda mais perto.

Ali? Pois! Ainda não disse do que é que falo e onde é. Falo do Parque de Campismo Natural da Fraguinha no Maciço da Gralheira, ali entre a Serra da Arada, Freita e S. Macário. Um sítio único e que aconselho vivamente a quem gosta de se perder no meio da natureza. Mas convém marcar porque a lotação é limitada a 30 pessoas. Quando combinamos um acampamento dos leitores das Crónicas?

Recepção do Parque de Campismo

Custou-nos partir na manhã de sábado [26 de Junho de 2004], porque só aí é que nos apercebemos da dimensão de serras e lugares que desconhecemos aqui a cerca de uma hora de viagem da casa. Vimos o Portal do Inferno (só lá estando se entende a origem do nome) e a aldeia deserta de Drave. Vimos a Pena, S. Macário e passámos em Covas do Monte, onde parámos para comer uma sandes no restaurante da Associação dos Amigos de Covas do Monte. Ficámos com o contacto para voltar e provar o Cabrito no forno.

Sim! Porque voltarei! Muitas vezes.

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