A semana passada caí a fazer o Sirsasana (para quem não sabe é aquela posição de Yoga de cabeça para baixo) e dei cabo do indicador da mão esquerda. Nada de grave, não fosse o dedo ter ficado negro e com o dobro do tamanho normal. Mas não me impediu de fazer os tais 22km de Vaynessa no fim-de-semana. Estava tão bem que me esqueci completamente que o dedo estava naquele estado.
Tudo isto para dizer que às vezes quando julgamos que já somos bons em algo é quando caímos mais depressa. É uma coisa que já aprendi há algum tempo ao andar de bicicleta. A maioria das quedas acontecem nas partes em que estamos mais relaxados e onde o perigo é menor, tudo porque achamos que não há perigo.
O mesmo acontece na vida profissional. É por isso que não me canso de tentar aprender coisas novas e de procurar sempre fontes de conhecimento. A tecnologia está a andar depressa demais para quem está sentado no sofá. Há muita gente que não pensa da mesma maneira e surpreende-me que algumas pessoas na empresa onde trabalho, não procurem adquirir conhecimentos na área onde trabalham, porque toda a vida foram engenheiros. Surpreende-me que nos dias de hoje oiça coisas como “Eu nem concordo com este tipo de formação” ou “Eu tenho formação! Ainda há pouco tive uma formação de dois dias sobre isso”.
Eu não digo que todos os gestores tenham que ter um MBA ou que todos os engenheiros tenham um mestrado ou doutoramento (eu não tenho, ainda) mas não compreendo que haja pessoas que não compreendam que podem estar errados e que não procurem saber mais sobre a área onde trabalham. Aliás quando afinal vão a formações de dois dias e vêem todos excitados com o que aprenderam.
Há dias no Expresso saiu um artigo de opinião que dizia precisamente que o mal dos gestores em Portugal era a falta de formação e que muitos deles chegavam a esse cargo porque tinham algum carisma ou eram bons líderes, e uma vez lá não procuravam evoluir. E quando se chega a gestor sem nenhuma dessas qualidades?
Bem, isto faz-me lembrar uma frase que o Miguel me mandou no domingo via SMS e que dizia “Os obstáculos do caminho dos fracos são as pedras que pavimentam o caminho dos fortes” de Thomas Carlyle. (Suponho que deve ter lido uma das minhas lamuriantes crónicas que aqui escrevi. Obrigado, Miguel!)
E se os fracos nem sequer encontram obstáculos? Quem é que os vai derrubar?
Eu acabei hoje mais uma formação de UML (não interessa) em que aprendi coisas de que não estava à espera e estou feliz... Como diz a Cláudia é preciso “não deixar passar o tempo”.
Bem! Na verdade não estou muito feliz porque amanhã volto ao trabalho normal...
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