Quarta, quando aqui cheguei (lembram-se que estive em formação segunda e terça?) tinha um e-mail (de segunda) a anunciar que um colega inglês que sofria de uma doença de seu nome Gender Identity Dysphoria (GID), se ia embora, hoje, de férias com o nome de Keith e que voltaria daqui a um mês, mas já com o nome e aspecto de Kate. O director dos recursos humanos da organização na Europa pedia a compreensão de todos para o difícil processo de mudança que o Keith/Kate iria passar.
Logo de seguida, o/a Keith/Kate dizia que durante anos negou a sua condição, que acima de tudo era apenas uma discordância entre o interior e exterior dele/a. Aparentemente, e segundo ele/a a única solução para a doença era a mudança do aspecto exterior.
Claro, que em Portugal, a única solução era a mudança do aspecto interior e se assim não fosse a mensagem do director de recursos humanos era algo como “O nosso colega vai-se embora hoje e nunca mais volta” ou “O maricas do Keith a partir de hoje deixa de trabalhar para a empresa na condição de engenheiro e voltará daqui a um mês como empregada da limpeza com o nome de Kate. Agradeço a vossa compreensão e não lhe cuspam.”
Cada um tem o país que merece e mais uma vez a mudança não encaixa neste.
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