sexta-feira, abril 29, 2005

(És um) Homem ou (és um) Ratolas

Dedico este tema a todos aqueles que podem fazer (ou podiam ter feito) algo que os tornaria em heróis e que não o fazem (ou fizeram) porque não têm personalidade, não têm coragem e acima de tudo porque são uns ratos.

"Tu gostas de comer ou gostas mais de roer
És um homem ou és um rato
"

Cebola Mol Ouvir excerto

sexta-feira, abril 22, 2005

: : : 1-big-O [v14.0]

Kundalini Yoga e Meditação

Aquando da nossa estadia em Inglaterra conhecemos da Deirdre, uma rapariga do Zimbabwe, que nos dava aulas de Kundalini Yoga à segunda-feira à noite. Fazíamos cerca de 30 ou 40 quilómetros, para cada lado, para ir à aula.

Agora é a vez dela de fazer uma série de quilómetros para nos vir dar aulas. E vai estar cá uns dias. No dia 12 de Maio (Feriado Municipal de Aveiro) teremos uma aula/recepção na praia da Costa Nova (sujeita às condições climatéricas) pelas 19:00, que é livre. Segue-se uma Tertúlia de Kundalini Yoga (com lanche convívio incluído) por €5,00 às 21:00 n'O Jardim de Lótus. No dia 14 de Maio das 10 às 17 um workshop de Kundalini Yoga com o preço de 25,00 (20,00 para concessões). Tem que se trazer almoço vegetariano para partilhar.

Os contactos são os do costume. E o design do cartaz é do Rui Gonçalves, como de costume.

O nome mais mal escolhido da história

Winnie The Pooh


Winnie the Pooh, que se lerá qualquer coisa como "Uinie De Pu" em vocábulos equivalentes aos sons portugueses, é provavelmente o pior nome alguma vez dado a um personagem de ficção.

Quando estava nos Estados Unidos tinha uma amiga que era fã incontestável do urso mais imbecil que já conheci, mas cada vez que ouvia o seu nome ainda me custava mais a acreditar que fosse possível dar aquele nome ao pobre do imbecil do animal. Eu sei que os ursos são seres pouco inteligentes, mas...

Se Winnie ("Uinie") tem a mesma fonia que Weenie ("Uinie") e Pooh ("Pu") tem a mesma fonia que Poo ("Pu") então o coitado do urso pode ser traduzido para português como "Pilinha O Cócó" ou "Palerma O Merdas".

Foi mesmo uma inspiração!

terça-feira, abril 19, 2005

Músicas

Eu gosto de ouvir música. Desde miúdo que me lembro de gostar de ouvir música. Tinha mais de uma centena de cassetes e tenho, hoje em dia, mais de duas centenas de CDs. Comprei um leitor de MP3 (Zen Micro) há duas semanas para poder ouvir música em qualquer lado.

E, sim! Gostei dos Duran Duran no tempo do My Own Way (1981), que provavelmente foi o primeiro single que comprei, ainda em vinil. Numa altura em que ninguém imaginava o que era um CD (nascido a 1982), quase da mesma maneira que hoje a maioria dos miúdos não sabe o que é um disco de vinil, fazendo jus à Alegoria da Caverna. Embora os discos em vinil ainda existam e estejam em plena forma em alguns circuitos musicais, estando mesmo a retornar como uma peça de decoração ou colecção.

Mas não estou aqui para falar dos meus gostos musicais. Falaremos disso mais tarde! Estou aqui porque me choca como é que certas músicas conseguem ter tempo de antena e há outras, que com indiscutível qualidade, não passam do leitor de lá de casa. E, em especial no mercado da música portuguesa, como é que bandas como os comendadores Xutos e Pontapés continuam a editar discos, um bocado como os Rolling Stones, e a encher plateias com músicas que roçam a mediocridade e letras que de tão pimba fazem corar a Rute Marlene?

Se não vejamos: "Se gosto de ti se gostas de mim, Se isto não chega, Tens o mundo ao contrário" é uma letra do Emanuel? Ou "Ai se ele cai, Vai-se partir, Meu coração, Vai-se partir" parece saído de uma letra do Toy. Já para não falar na alusão à vida simples do dia-a-dia na frase "Vou tirando fotocópias e vou pensando em ti". Fotocópias? Porque não "Vou limpando o chão e pensado em ti"? Porque quem tira fotocópias tem uma vida simples, mas tem dinheiro para comprar o CD, mas quem limpa o chão não tem.

Depois há frases profundas como "Mede bem a importância, Dum pequeno pormenor, Um parafuso no foguetão" (no site oficial dos Xutos e Pontapés, na secção das letras, está "foquetão" mas para quem consegue escrever "necessáriamente" um pouco antes, nem surpreende). Todas estas letras são do Tim que ao fim destes anos todos ainda não aprendeu a cantar. Podia seguir o exemplo da Madonna que já depois de ser quem é, decidiu que não estava satisfeita e teve lições de canto. Mas isso era pedir muito...

No entanto o Zé Pedro consegue escrever melhor (o que nem é difícil), como em:
"Diz-me
Que pode fazer um homem
Quando as portas estão fechadas
E as ajudas não chegam

Diz-me se uma mulher
não é dona do seu corpo
E se dá tudo para o torto
E acaba no tribunal

Diz-me
Se fazem as leis por medida
Para ficarem na gaveta
E nos fazerem de tolos

E então
Vão nos dando futebol
Põe-se o norte contra o sul
É dividir para mandar

Diz-me
Se estão a favor da guerra
Se não deixam de lado a terra
E vão-se esquecendo de ti

Diz-me
Se o que parece é
Vivemos fora de pé
Num completo desgoverno

E então
Tem de haver informação
Tem de haver participação
Na vida de todos nós

E tu
Se isto não te diz nada
Olha para a rapaziada
Vê a vida que o povo tem
Vê a vida que o povo tem
Vê a vida que o povo tem
"

Depois há os Toranja! Os Toranja que têm umas músicas muito bonitas e um cantor, que canta tão bem, que parece o Zé Cabra. A diferença é que o Zé Cabra era gozado e este ganha prémios... Oiçam o último single "Laços"! Já não ouvia nada tão mal cantado desde que o Paulo de Carvalho abandonou a música.

E os Da Weasel? Ai! Que até me custa falar nestes presunçosos que toda a gente gosta e que não têm ponta por onde se lhe pegue. Então aquela Nina a quem ele promete "Vou levar-te para casa - tomar conta de ti, Dar-te um bom banho, vestir-te um pijama, e… Fazer-te uma papinha, meter-te na caminha, Ler-te uma historinha e deixar-te bem calminha", parece saído de uma história infantil para adultos. Uma letra digna de constar no Guinness como a letrinha mesmo "bem magra" e que pode acabar "com o stock nacional de Viagra".

Eu só acredito que para se ser alguém em Portugal tem que se ter amigos e muita falta de vergonha. Nas artes como na política nacional, quem tem padrinho ou amigos pode muito bem dedicar-se a ser "artista". E muitos destes senhores são o que são porque têm amigos na rádio que os passam insistentemente sem que haja pachorra para os aturar. E, por cada artista, que realmente é bom, e chega a ser conhecido, há uma larga dezena de outros que ficam pelo caminho porque não têm amigos ou padrinhos.

E temos a música que merecemos?

segunda-feira, abril 11, 2005

A minha vida dava um filme do Jackie Chan

Hoje [11 de Abril de 2005] fui almoçar ao restaurante chinês, aqui a umas dezenas de metros do meu local de trabalho. Não é melhor nem pior que os outros restaurantes chineses aqui em Aveiro e nem é melhor nem pior que ir ali ao Centro Comercial (aquilo que chamamos de "Cantina").

Entrámos e ao todo éramos uns 7 (mas, não foi a Rosete que nos veio receber e nem a malta estava a tremer – se calhar já nem se lembram desta música, mas...). Sentámo-nos na mesa maior, ao fundo da sala, junto ao balcão. O dono do restaurante falava ao telemóvel em chinês. Junto a ele estavam dois homens com uma série de documentos em cima de uma das mesas, como se esperassem qualquer coisa por parte dele.

Um dos homens, que estava com um polo azul onde dizia a branco "GANT", de cabelo grisalho estava com um ar apreensivo e o amigo que parecia que estava de férias, olhava o chinês com ar de quem queria resolver o assunto depressa. Chegámos a pensar que houvesse algum problema devido a um acidente automóvel e estivessem a resolver problemas de seguros.

No entretanto, o único empregado que se encontrava a servir às mesas, tomou conta dos nossos pedidos e dirigiu-se à cozinha. Nesse momento entram mais três homens e depois de alguma troca de palavras com o dono de restaurante, um deles, de óculos e baixo, diz em volta alta "o senhor está detido e vai ter que nos acompanhar" para o empregado. Lá se foi o nosso pedido?

No entretanto começámos a reparar que não havia ninguém na cozinha. Os únicos funcionários, no restaurante, eram o dono e o tal empregado, que não parava de sorrir, mesmo depois de ter ouvido a ordem de prisão. Vestiu o casaco, mas nessa altura entrou a esposa do dono e mostrou os documentos do empregado, pelo que este pode continuar a servir os clientes que àquela hora enchiam um terço da sala. Sempre com um sorriso enorme.

Os cinco homens continuavam a insistir nas identidades do resto dos empregados e que tinham fugido pela porta das traseiras, quando eles entraram. Já sabiam que eram em número de 3. O dono arranjava umas desculpas para justificar o facto de que não sabia onde moravam e porque estavam de folga naquele dia.

No entretanto entrou um chinês que foi logo identificado, mas como tinha os documentos em ordem, pôde ir trabalhar para a cozinha. Já estávamos a pensar ir embora, quando vieram os crepes. Os fiscais foram-se embora, satisfeitos com os documentos apreendidos e nós podemos apreciar a comida, que apesar de ser feita por um cozinheiro arranjado a correr, sabia exactamente ao mesmo do costume.

E o empregado sorria!

sexta-feira, abril 08, 2005

: : : 1-big-O [v13.0]

Fim-de-semana de Yoga

Preço: 70,00 (60,00 p/ estudantes) que inclui alimentação, alojamento,práticas diversas, algum trabalho comunitário e muito convívio.
(Nota: o transporte não está incluído)

Fotografia e design de Rui Gonçalves.

: : : 1-big-O [v12.0]

Quem me conhece sabe que eu não me meto na política. Identifico-me mais com ideais do que com ideologias ou formas de ver ideologias conforme os interesses partidários. Mas há coisas em que acredito e a democracia é das coisas em quem mais acredito. Acredito que todos passamos ter oportunidades, quer venhamos de um extracto social baixo ou tenhamos um padrinho na fundação.

Foi por isso que acedi a ajudar um amigo a levar avante uma luta por uma causa democrática. Pode ser num partido que se encontra de rastos, mas por isso mesmo acredito que só pode renascer mais forte e imprescindível ao futuro de Portugal. Um governo precisa de uma boa oposição para que sejam feitas mudanças necessárias ao futuro da nação. E isso parte de princípios democráticos.

Assim, fiz um site simples, para que estivesse activo este fim de semana. Há muita coisa a acrescentar, mas a causa ainda não está ganha.

directas.org - um militante um voto

Lembram-se quando George W. Bush ganhou com menos votos ao Al Gore? Isso pode acontecer hoje em dia em qualquer partido porque as eleições não são directas. Lembram-se de ter dito mal dos Estados Unidos em 2000? Pois isso pode acontecer aqui em todas eleições partidárias.

Assinem!