quarta-feira, março 18, 2009

Heidelberg in the spring

Estou na Alemanha desde segunda-feira. Em Heidelberg, no estado de Baden-Württemberg (um nome muito giro, por sinal, mas que tem a mesma população que Portugal inteiro num terço do nosso território) algures no sudoeste alemão, relativamente perto da França (Alsácia).

Sempre achei o alemão uma língua agressiva e rude. Não sei se será porque associamos sempre o alemão aos vilões dos filmes de guerra ou porque soa mesmo a algo bastante agressivo e rude. Mas foi sempre uma língua que eu gostava de aprender, porque se não os posso entender é sinal que eles me podem fazer mal sem eu saber. E não gosto que falem mal de mim!

Sei pouco de alemão. Talvez menos de 25 palavras (ex: fuhrer, strasse, platz, schwein, wein, bier, bitte, scheisse, ein, zwei, drei, vier, fünf, sechs, sieben, acht, neun, zehn, gross, herr, ich bin getrunken und deutschland über alles). Sempre achei que seria impossível aprender a falar alemão, devido à forma como aglutinam as palavras e porque parece uma língua complicada. Mas agora sei que seria capaz de o aprender, pois conheci dois italianos e um português que a aprenderam. Afinal existem vários estrangeiros que aprenderam a língua e isso traz-me esperança.
Mas voltemos a Heidelberg. É uma cidade muito gira cheia de recantos românticos e um castelo meio destruído. Tem uma enorme catedral cuja fachada está quase colada a umas casas numas ruas estreitas da parte velha, mas cuja traseira dá para uma praça de nome Marktplatz (não é onde é o Media markt, não). E uma ponte velha semelhante à de Praga.

Existem muitos americanos, pois depois da 2ª Guerra Mundial criaram aqui perto uma base bastante importante. Ouvem-se muitos americanos nas ruas. Além disso, Heidelberg tem a mais antiga universidade da Alemanha e uma das mais conceituadas, por isso é normal que hajam por aqui bastantes unidades de investigação e bastantes estrangeiros. E é por essa razão que cá estou, pois a empresa onde trabalho tem aqui um laboratório de investigação que tem estado a colaborar com a unidade em Portugal, e eu vim aqui uma semana para estudar com três investigadores (dois italianos e um alemão) numas novas funcionalidades a implementar no produto em que actualmente trabalho.

Ontem saí com um português – Vítor - que vive aqui e fui comer um Schnitzel Wiener Art (não passa de um bife panado com um molho esquisito e batatas fritas) com uma Weissbier (cerveja de trigo, mas o nome significa cerveja branca). Hoje vou ser penetra num jantar aqui do pessoal do laboratório, que me querem mostrar comida alemã. Espero que não seja Schnitzel!

Depois de jantar fomos a um bar beber outra Weissbier e quando fui à casa-de-banho fiquei a saber que por aqui não há muito sexo, porque a máquina dos preservativos ainda tem os preços em marcos.

Bem… Depois mostro as fotos! E conto mais qualquer coisinha sobre Heidelberg.

2 comentários:

Susana G Santos disse...

Daí o teu silêncio kyp-ap :)
Já tinha saudades das tuas crónicas.
O meu avô (que vive em Dortmund há mais de 35 anos) sempre quis que eu aprendesse alemão. Nunca tive grande vontade, embora tenha feito uma tentativa durante 2 ou 3 semanas (ficas a saber que sabes mais palavras - kaffee, kinder e schokolade). Há umas semanas, não sei porquê dei comigo com vontade de apreder alemão e a achar que talvez não fosse assim tão difícil...

Come uma daquelas salsichas grelhadas deliciosas que eles aí fazem por mim (que estou a fazer kitcheree).

Anónimo disse...

Schnitzel e spaetzle, a combinação a evitar. Um abraço,
joom