Ontem fui ao Castelo de Heidelberg e acabei a jantar com um grupo de italianos (a maioria) de um projecto Europeu chamado Napa Wine (fiquei sem perceber o que é que um projecto Europeu tem a ver com o vinho dos Estados Unidos).
Saí cedo, pois estava mentalmente cansado depois de várias reuniões, algumas discussões (pacíficas), muito estudo e algumas horas de sono acumuladas. Liguei o GPS e coloquei a referência do Castelo e calmamente segui as indicações do GPS. Claro que o GPS não tem em conta coisas como a beleza do caminho e sempre que gostava das vistas de uma outra rua, que não indicada pelo aparelho, desviava-me do percurso traçado e baralhava o tipo. Estava só a testar o brinquedo.
A verdade é que quando cheguei lá acima, mentalmente estava melhor, mas ofegava mais que um asmático numa florista. O Vítor tinha-me avisado que cobravam entrada no Castelo, mas que depois das 18h podia entrar sem pagar. Cheguei à porta do Castelo às 17:45 e entrei como se fosse dono do mesmo. E ainda consegui entrar nas caves atrás de uns visitantes, e ver o grande barril (nada que nas caves do vinho do porto não se tenha ideia), e acabei por ser seguido (eles vinham atrás de mim) por uma visita guiada em inglês o que me fez perceber algumas coisas sobre o castelo.
Pelos vistos os franceses em 1688 tentaram rebentar com aquilo, mas acontece que o muro chega a ter 30 metros de espessura e não conseguiram levar avante a sua pretensão. Mas a torre das munições está completamente desfeita com uma das paredes completamente caída no fosso. Não que o resto do castelo esteja melhor, porque no fundo aquilo são apenas ruínas, mas sempre se consegue apreciar a vista da varanda.
Depois desci os 300 e tal degraus até ao centro de Heidelberg. Só dei conta que estavam numerados quando já ia no 179, até ao primeiro, pelo que não sei em que número começou (e não penso voltar lá para ver).
Depois fui beber uma weissbier a um café qualquer, mas antes comi uma bola de Berlim (berliner qq coisa, por aqui) para ver as diferenças e fiquei agradavelmente surpreso que o creme no interior não é aquela coisa amarela esquisita que se põe em Portugal, mas sim uma espécie de geleia de mirtilos (naquele caso). Até soube bem a primeira dentada, mas depois começou a enjoar de tão doce, mas em Portugal eu costumo tirar o creme das bolas de Berlim.
Quando cheguei ao café para beber a weissbier, como é costumo pergunto se falam inglês. E a rapariga muito simpaticamente disse que sim, e perguntou o que é que eu queria beber. E eu estupidamente (ou distraído) pedi uma cerveja. Pois! O mesmo erro que pedir um whiskie na Escócia ou uma tequilla no México… Uma cerveja? Qual delas?
O Jantar com os italianos foi porreiro, pois o professor da universidade de Trento que estava à minha frente acabou por incluir a minha parte na conta deles e eu só tive que pagar a cerveja ("Grazie Tanto"), que por sinal era feita no próprio restaurante. Ainda lá vou hoje buscar um litro de cerveja com 33% de álcool que eles lá fazem e vendem para fora. Acho que é um recorde mundial...
E, para acabar, afinal sei mais palavras de alemão, como nicht, mein, liebe (obrigado Mestre), achtung, ja, nein, für, was, tee, kaffee, schokoladen (obrigado Susana), sem contar com as normais telefunken, bayer, bayern ou siemens.
2 comentários:
Se puderes, traz mais uma!!! Eu agradeço ;)
Oi Rui,
"liebe", e nao "libbe" :)
Abraco de Munique,
Ricardo Mestre
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