Há algum tempo que não escrevo. Não é porque tenha pouco para contar, mas porque aprendi a calar-me e porque sei que muita gente vive, diariamente, vidas quase iguais à minha. Na verdade é-me mais fácil escrever quando estou fora, não porque queira me expor, mas porque sinto necessidade de me manter próximo e porque há sempre coisas diferentes que, vistas pelo meu olhar alienígena, dão uma boa crónica.
Por outro lado, em pleno século XXI, descobri que uma empresa, que se diz de Telecomunicações, consegue trabalhar uma semana sem acesso à Internet. Parece ridículo, mas é pragmático do nível de excelência que se vive nesta área de negócios. Não é só cá! Há histórias igualmente ridículo-assustadoras noutras partes do globo, onde já tive o prazer de trabalhar.
Há muitas novidades, mas não vos vou contar nenhuma. Tenho um telemóvel novo, mas não vos conto a história e como tem mudado a minha organização. Tenho umas fotos tiradas com ele, mas não vos vou já mostrar. Fui ver o Kimmo Pohjonen, mas não vos vou contar como se sai do emprego às 21:15, come-se uma bola-de.berlim de jantar, se vê um concerto comovente e se volta para trabalhar às 23:00. Tenho algumas histórias hilariantes para contar, mas não estou com disposição para as escrever. Estou a dar formação à noite, depois de ter estado a assistir a uma e não tenho tempo para mim há quase dois meses.
Estou nostálgico! Estou com sono! Tenho saudades... Acho que é o nosso fado português! Sermos assim...
Como disse há dias a um amigo, que me perguntou "Como estás?" – "Eu ando fo**** com o trabalho (como é costume), apreensivo com a vida e esperançado com o futuro".
2 comentários:
Pois espero que continues a não contar novidades, a não mostrar as fotos com o novo telemovél, a não falar os concertos a que foste. quanto ao futuro, vai ser risonho :)
Essas últimas palavras são muito sábias, meu amigo, e reflectem mais estados de espírito do que tu pensas ;-)
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