terça-feira, dezembro 23, 2008

Boas Festas e Feliz Ano Novo



P.S.: Como tem sido normal, de há uns anos para cá, não respondo a mensagens SMS. Mas desde já agradeço a quem as enviar.

domingo, outubro 19, 2008

Redes virtuais profissionais reuniram-se em Aveiro

Este artigo saiu no caderno de Economia do Diário de Aveiro, na terça-feira, 30 de Setembro e refere-se a um acontecimento ocorrido na sexta-feira anterior, dia 26 de Setembro de 2008. Como podem ler foi um sucesso e já se adivinha quando ocorrerá o próximo... Estejam atentos!

Redes virtuais profissionais reuniram-se em Aveiro

Encontro de utilizadores de redes sociais virtuais em Aveiro promoveu a troca de informação, ideias e oportunidades

Os utilizadores aveirenses das redes sociais da Web "Linkedln" e "The Star Tracker" deixaram o mundo virtual em casa e reuniram-se na sexta-feira passa-da,"em carne e osso", no Hotel "As Américas", em Aveiro, trocar informações, ideias e oportunidades - algo que já estão habituados a fazer juntos, mas em frente ao computador.

Pretendeu-se com este evento a promoção da convivência entre os participantes, como forma de ampliar a rede de contactos profissionais, promover negócios ou actividades profissionais, trocar impressões, encontrar novas oportunidades de negócios ou parcerias entre empresas. Acima de tudo, a intenção passou por "trazer para o mundo físico e real do dia-a-dia, as potencialidades das. duas redes virtuais", refere Rui Gonçalves, organizador do jantar-convivio e membro fundador do "The Star Tracker".

Para além dos membros dos grupos de Aveiro do "LinkedIn" e do "The Star Tracker", o evento reuniu todos os que, tendo a região de Aveiro como denominador comum, pretendem aumentar a sua rede de relações como variável de sucesso - pessoal, social, profissional e/ou empresarial. Segundo a organização, cerca de 60 pessoas participaram no jantar, o que para uma primeira edição é um número que os mentores do evento consideram "razoável".

Apesar do evento ter um carácter regional (dado que juntou profissionais de vários sectores que têm ou tiveram ligações à região de Aveiro), acabou por se estender a outras zonas do país, pela deslocação de profissionais desta região para outras cidades,tais como Porto, Viseu e Lisboa. Além disso, estiveram também presentes, profissionais ligados à região, que trabalham fora do país e empresários cuja visão ultrapassa já as fronteiras. "Apesar de haver um denominador comum, que é a região de Aveiro, a sua abrangência é claramente nacional e com uma visão internacional, pois é para aí que se apontam os novos caminhos", esclarece Rui Gonçalves.

"LinkedIn" e "The Star Tracker"

Tanto a "LinkedIn" como a "The Star Tracker" são redes virtuais sociais orientadas para o campo profissional, muito diferentes do "Hi5", mais conhecido de uma camada mais jovem da população e com cariz de socialização. Ambas as redes permitem aos seus membros interligarem-se com amigos, colegas e ex-colegas de empresas, ter referências e mostrar o seu currículo online.

A rede "The Star Tracker" foi criada em Novembro de 2007 pela consultora de recursos humanos Jason Associates, com o objectivo de congregar uma rede de talentos portugueses, com uma perspectiva global de carreira, orgulho no seu país e dando especial atenção àqueles que se encontram noutras partes do planeta. É uma rede para portugueses onde só se pode ingressar por convite de quem já seja membro e onde os convites são muito limitados.

Já a "LinkedIn", mais antiga, criada em Maio de 2003, na Califórnia, é uma rede aberta, onde qualquer pessoa de qualquer nacionalidade se pode inscrever, convidar outras pessoas e expor abertamente o seu currículo e os seus interesses.

Para que servem as redes sociais?

Ambas são redes sociais orientadas para o campo profissional, onde se pode procurar e obter contactos, negócios e até novas perspectivas profissionais. Ambas as redes permitem aos seus membros (que já se conhecem na vida real) interligarem-se com amigos, colegas e ex-colegas de empresas, ter referências e mostrar o seu currículo online.

Qual a diferença entre ambas?

A rede "The Star Tracker", com 18.739 subscritores (110 de Aveiro), é, claramente, para portugueses e numa lógica de rede mais restrita. O "LinkedIn", com mais de 25 milhões, tem um carácter internacional e mais virado para o percurso profissional e de referência O grupo "Aveiro" do "LinkedIn" reúne mais de 150 profissionais que têm ligação à região. No "The Star Tracker" só se entra por convite. O "LinkedIn" é global, apenas é necessário aceder!

quarta-feira, outubro 08, 2008

Equipas à prova de ócio

A produtividade estimula-se, a ociosidade combate-se. A Canon realizou um estudo europeu que demonstra que quanto melhor conhecer o perfil produtivo dos seus colaboradores, mais fácil é colocar a facturação da sua empresa nos níveis máximos


Quantas vezes já se questionou sobre as razões para a quebra de produtividade da sua equipa? Quantas já tentou delimitar estratégias para ultrapassar o problema, sem sucesso? Saiba pois, que o segredo da produtividade reside em equilibrar os diferentes perfis de desempenho (porque os há!) dos seus colaboradores e que os equipamentos de trabalho determinam o rendimento da empresa. As conclusões são avançadas num estudo, encomendado pela Canon Europa a uma psicóloga comportamental, e revelam dados tão curiosos como o peso de uma impressora no desempenho diário de uma equipa.

Trabalhadores mais produtivos de manhã, outros que atingem maior rentabilidade laboral logo a seguir ao almoço, colaboradores que registam o maior pico de energia a meio da tarde ou os que canalizam o seu pico de produtividade máxima para o final da tarde... o universo empresarial europeu tem de tudo e a psicóloga comportamental Donna Dawson resumiu estes perfis em quatro tipos de personalidade, com impactos directos na produtividade em equipa: os «Morning Glories», os «Late afternoon slumpers», os «Midday Maestros» e os «Lunchtime loungers» (ver caixa).

O estudo conduzido pela especialista, a pedido da Canon, teve a sua fundamentação num estudo pan-europeu realizado pela ICM Research que observou 5500 trabalhadores em 18 países europeus, Portugal incluído. Na sequência de um estudo da empresa líder em soluções de imagem que revelava que os trabalhadores tendiam a ser produtivos apenas durante um quarto do seu dia de trabalho, a organização quis compreender como é que os padrões de produtividade controlam a forma como as pessoas desempenham a sua actividade laboral.

Com base nas conclusões alcançadas, tornou-se claro para a Canon que "através da identificação dos tipos de personalidade dos colaboradores, os líderes podem gerir a produtividade dos grupos de trabalho de forma mais eficiente". Uma eficiência que pode passar por formas de motivação individual que trocam as compensações financeiras pelo poder do reconhecimento. À luz do estudo, "85% dos colaboradores afirmam que o reconhecimento e as palavras de louvor dos colegas mais velhos os tornam mais produtivos e motivados" e 80% apontam o aumento de salário como forma de motivação. Estratégias com impacto positivo que chegaram a atingir aumentos de produtividade na ordem dos 90% na Hungria, Espanha e Roménia, países também analisados nesta pesquisa.

Conclusões que não surpreendem Donna Dawson. "O ser humano tem necessidade de ser reconhecido e de se sentir útil no seu local de trabalho". Para a especialista, "os incentivos financeiros funcionam bem para motivar a curto prazo, mas saber que os seus colegas e chefe apreciam o seu trabalho é mais duradouro pois é o sentimento de apreço que motiva o trabalhador a levantar-se de manhã".

A tentativa de tirar o melhor partido dos colaboradores que tem lança pois grandes desafios aos gestores de recursos humanos e líderes de equipa actuais. Segundo Donna Dawson, "os funcionários são improdutivos em cerca de um quarto do tempo que passam a trabalhar". A estimativa preocupa a Canon e outras organizações levando a especialista a considerar que “as chefias devem criar grupos de trabalho equilibrados, agrupando indivíduos de acordo com o seu comportamento produtivo”.

As energias e ritmos naturais de cada um devem ser respeitados de forma a criar-se uma equipa equilibrada e complementar entre si. "Os «morning glories» são ideais para começar a trabalhar num projecto logo de manhã, mas assim que a sua produtividade baixar, é bom ter na equipa um «midday maestro» que continua o trabalho, mantendo assim a produtividade sempre no máximo", refere a psicóloga, assegurando que "uma equipa que contenha estes quatro tipos de personalidade é a melhor nos resultados a longo prazo".

Uma ideia também corroborada por Adam Gillbe, director europeu de Marketing de Soluções da Canon Europa, para quem "pode existir uma grande variedade de personalidades dentro da equipa ou da empresa. Ao identificar o porquê e quando cada indivíduo está no seu topo de produtividade, as chefias podem garantir o melhor funcionamento da equipa como um todo".

Mas, em matéria de produtividade, a pesquisa divulga outras conclusões curiosas. O estudo revela que "mais de metade dos trabalhadores de escritório (53%) em toda a Europa identificam os altos cargos da empresa como os membros menos produtivos das equipas". Por sua vez, os 304 trabalhadores inquiridos em Portugal apontam os assistentes como os trabalhadores mais produtivos das organizações. Mais uma vez, a avaliação não espanta a especialista que sugere "quanto mais se sobe no mundo empresarial, mais se delega tarefas. Os assistentes que recebem todas essas são aqueles que mais trabalham, porque necessitam de justificar o seu trabalho e proteger a reputação daqueles que lhe são hierarquicamente superiores".

Uma justificação a que Adam Gillbe acrescenta: "as pessoas julgam a produtividade apenas a partir do que vêem. Os cargos superiores estão tendencialmente fora da empresa em reuniões, enquanto os assistentes passam normalmente mais tempo nas empresas. Pode não ser verdade, mas na mente dos trabalhadores a presença de uma pessoa no escritório está directamente ligada à sua produtividade".

Produtividade essa que pode ser posta em causa não apenas pela má conjugação de perfis profissionais mas também, imagine-se, por uma impressora. Na verdade, uma das conclusões deste estudo revela que para 46% dos inquiridos (sobretudo portugueses e espanhóis), um investimento na melhoria das impressoras do escritório traria benefícios imediatos na produtividade laboral”.

Mas, e quando estão improdutivos, como recarregam estes profissionais as sua baterias para o regresso ao trabalho? Para 17% dos inquiridos a conversa com colegas de escritório representa a pausa perfeita, enquanto 23% apontam o exercício físico, 27% preferem a pausa para café ou chá e 26% não dispensam a siesta.

Formas de recuperar a energia para continuar o trabalho e alcançar a produtividade que têm impactos directos e visíveis nos resultados de facturação das empresas. Adam Gillbe conclui mesmo: "a produtividade é agora uma questão central para os gestores que procuram sempre uma forma de melhorar as suas equipas de trabalho aumentando a sua produtividade". Seja através de alterações na estrutura das equipas, na organização do trabalho ou até na tecnologia que colocam aos dispor dos seu colaboradores, existem inúmeras oportunidades para as empresas desenvolverem uma força de trabalho mais produtiva e as organizações parecem estar dispostas a não desprezar os sinais de alerta à necessidade de mudanças.

O perfil dos produtivos

O estudo da Canon detectou quatro perfis de produtividade que podem fazer a diferença no seio de uma organização. Quantos destes tem na sua empresa?

«Midday Maestros»: Estão no seu pior durante a manhã, demoram um pouco até acordar e conseguir trabalhar a sério. Muitas vezes, só a meio da trade atingem o seu auge. São sociáveis, conversadores e têm hábitos noctívagos, mesmo durante a semana. Este tipo de personalidade é sobretudo forte na Itália, Suécia (67%) e na Finlândia (66%).

«Morning Glories»: Registam o seu auge de produtividade logo pela manhã, tendo dormido bem na noite anterior, mas quebram após o almoço. São organizados, autodisciplinados e eficientes, sabendo o que é preciso para que as coisas fiquem feitas. Dos países onde foi realizado o estudo, a Alemanha é o que regista menor taxa de improdutivos de manhã (12%). Quase todos os «morning glories» entram em colapso produtivo logo após o almoço, com excepção dos britânicos que atrasam esse colapso para o final da tarde.

«Lunchtime Loungers»: Amantes da boa vida apreciam a comida e bebida e por isso o seu lema de vida é “a vida é para se viver, não para se matar a trabalhar ou ficar stressado no escritório”. Daí que a meta destes profissionais seja manter o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal, desfrutando de longos almoços, mas compensando o tempo perdido em períodos de alta produtividade ao final da tarde. Este tipo de perfil é próprio dos países mediterrânicos, como Itália e Espanha, que culturalmente ainda desfrutam da «siesta».

«Late afternoon slumpers»: Sentem-se mais enérgicos logo a seguir ao almoço mas é sol de pouca dura. Ao final da tarde esta energia já se dissipou. Ambiciosos e trabalhadores estes profissionais sabem que precisam de estar em óptimas condições para terminar o seu trabalho e encaram a comida como combustível para aumentar os seus níveis de energia.

in Expresso Emprego, 02/10/2008 por Cátia Mateus

sexta-feira, setembro 19, 2008

(Ex)Citação XXX

"It is better to be silent, and be thought a fool, than to speak and remove all doubt."
Silvan Engel

quinta-feira, setembro 18, 2008

(Ex)Citação XXIX

"I wish people who have trouble communicating would just shut up."
Tom Lehrer

sexta-feira, agosto 29, 2008

Escala de Scoville ou SHU


Uma coisa que sempre gostei (e não tenha eu nascido em Moçambique) foi de picante!
Piri-Piri deve ter sido das primeiras palavras que o meu pai me ensinou (logo depois de famba ti conza nauéne... Que não vou dizer aqui o que quer dizer! Mas vejam pistas neste glossário). E uma coisa que sempre me intrigou foi aquela coisa de "este caril é mais picante que o outro" ou "esta comida está muito picante", quando a mim nem sequer me sabia a picante. Fiquei sempre na dúvida se se perdia a sensibilidade ao picante se se comesse mais picante (e há estudos que dizem que sim) ou se há pessoas mais sensíveis ao picante que outras de nascença.

Pois bem, numa investigação rápida vi que o picante é provocado por uma substância chamada de Capsaicina que em contacto com as membranas mucosas provocam uma sensação de irritabilidade e ardor igual à de uma queimadura, sem provocar qualquer dano ao tecido com que entra em contacto. Ou seja, o cérebro recebe sinais iguais àqueles que recebe quando nos queimamos, mas sem nos queimarmos.

Pois bem, mas o meu interesse era saber se haveria alguma forma de medir o que provoca essa sensação e acontece que descobri que existe mesmo um meio de medir o picante de certos alimentos e chama-se Escala de Scoville e mede-se em SHU (Scoville Heat Units). Originalmente, em 1912, o método consistia em diluir o alimento num líquido e dá-lo a provar a 5 humanos, até ao ponto que nenhum deles sentisse o picante. Porém isso tornava o método dependente do gosto dos humanos escolhidos e hoje em dia é usado um outro método mais cientifico que mede as partes para milhão da concentração de Capsaicina.

Algumas espécies de Piri-Piri podem ter como medida de picante uns 175.000 SHU.
O pimento normal tem 0 de SHU e o alimento natural mais picante (consta no Guiness) é a Naga Jolokia uma espécie de piri-piri do Bangladesh, que ostenta uns invejáveis 855.000 SHU. A Capsaicina pura terá uns 15.000.000 a 16.000.000 SHU e o gás pimenta (aquele usado para defesa pessoal) pode chegar aos 2.000.000 a 5.300.000 SHU (ou seja espremer 10 piri-piris nos olhos).

Por fim, Apesar de haver um método para medir o (potencial) picante de cada alimento a sensação continuará a depender da sensibilidade de cada um. Mas aprendi uma coisa a Capsaicina não se dilui em água, por isso não adianta de nada beber água com comida picante. Imaginem que se deve beber leite! Mas o melhor é esperar, porque a sensação desaparece ao fim de algum tempo.

Bom apetite!

quinta-feira, agosto 28, 2008

Portugueses só trabalham em 69% do dia

Estudo
Portugueses só trabalham em 69% do dia
Por Andreia Félix Coelho

Os portugueses são dos europeus que menos produzem em função das horas de trabalho diário. De acordo com um estudo da Canon sobre produtividade, os portugueses são produtivos em apenas 5,8 das 8,4 horas que, em média, trabalham por dia

De acordo com um estudo encomendado pela Canon sobre produtividade, realizado com mais de cinco mil colaboradores de empresas de 18 países europeus, os portugueses são produtivos em apenas 5,8 das 8,4 horas (69%) que, em média, trabalham por dia.

No topo da produtividade surgem os alemães com uma produtividade média de 6,5 horas de um total de 8,3 horas diárias (78%). Menos produtivos do que os portugueses só os espanhóis com uma produtividade de 5,7 horas de um total de 8,3 horas diárias. A média europeia situa-se nos 74%.

Os portugueses elegem o período após o almoço e o início da manhã como os momentos menos produtivos. 39% dos portugueses revela dificuldades em trabalhar a 100% após o almoço, percentagem próxima dos franceses que assumem a liderança neste capítulo, em que 51% dos entrevistados refere que tem quebra de produtividade quando regressa da refeição.

60% dos portugueses invoca o estado letárgico pós refeição e 19% o tempo que despende na consulta e envio de emails para explicar a sua quebra de produtividade, seguindo aqui a tendência europeia verificada no estudo.

Pior do que após a hora de almoço só mesmo o início da manhã, com os portugueses, à semelhança dos congéneres europeus, a considerá-lo como um momento de menor produtividade. 26% dos portugueses entrevistados responsabiliza o tempo que precisam para se tornarem activos no trabalho e 19% o tempo despendido na consulta e envio de emails.

A par da variação da produtividade ao longo do dia, o inquérito revela também flutuações em função do dia da semana e do mês do ano. Entre, os europeus, a terça-feira é o dia da semana considerado mais produtivo e a sexta-feira o menos produtivo.

Para os portugueses, o dia de terça-feira é também o mais produtivo (18%). O mesmo não acontece com o dia menos produtivo que neste caso é a segunda-feira (36%), o valor mais elevado entre os países europeus.

Julho e Dezembro são, por outro lado, classificados como os menos produtivos pelos colaboradores entrevistados, embora no caso português o mês de Dezembro seja substituído pelo mês de Agosto. Aqui, 50% dos entrevistados europeus refere não ter diferenças de produtividade em função do mês do ano.

O estudo do ICM Research analisou ainda qual a pausa perfeita durante um dia de trabalho que melhor permitiria aos colaboradores melhorar a produtividade. Entre os portugueses, a pausa para conversar com os colegas (16%), exercício físico (15%), café (16%) e sesta (17%) são apontados como as pausas ideias seguindo assim a tendência dos restantes países europeus

Identificados os momentos e os motivos da menor produtividade, os entrevistados foram confrontados com o que os tornaria mais ou menos produtivos. E aqui, se o reconhecimento interno (85%), bónus e outros incentivos (80%) e a flexibilidade de horários (68%) são considerados os melhores meios para melhorar a produtividade entre os colaboradores, as salas de jogo, bar ou almoços mais longos são tidos como inimigos da produtividade.

Tecnologia e Produtividade

O estudo encomendado pela Canon vem igualmente colocar em relevo a relação entre a tecnologia utilizada nas empresas e os índices de produtividade. 61% dos entrevistados admite que a melhoria no domínio das tecnologias de informação iria melhorar a sua produtividade.

O inquérito revela que 46% dos entrevistados refere que melhorias nas impressoras utilizadas teriam impactos positivos na produtividade. Dois em cada três entrevistados consideram que o tempo de espera pelas impressões os torna menos produtivos.

Com 48%, os portugueses são dos europeus que mais afirmam que esta situação tem impacto negativo na sua produtividade. 46% dos entrevistados referem que melhorias nas impressoras utilizadas os tornariam mais produtivos. Esta percentagem atinge em Portugal os 58%, a mais elevada entre os países analisados.

A par das melhorias nas impressoras, o grau de conhecimento e domínio das mesmas é igualmente apontado como um calcanhar de Aquiles e com relação directa com a produtividade nas empresas. Um quarto dos entrevistados refere que não se sente preparado para utilizar a sua impressora do escritório.

É no Reino Unido, Espanha e Portugal que esta percentagem atinge os valores mais altos com cerca de 1/3 dos entrevistados a revelar falta de conhecimento para trabalhar com a impressora do escritório.

in Sol, 28 Agosto 2008 >>

segunda-feira, maio 19, 2008

Waterloo e As Cinco Moscas

Há uns 9 anos fui a Amesterdão. Fui em trabalho, acompanhado por um tipo que coleccionava colheres de café dos aviões e que achava que space cakes eram bolos do espaço. Cheguei um dia antes da apresentação dos novos produtos de ciclismo da Shimano, para o ano 2000. Na altura eu era o gestor de produto na área do ciclismo e responsável pela importação a nível nacional de todos os produtos da Shimano.

Fiquei num hotel algo fora do centro, mas o que me lembra bem é que a cidade tem um sistema de transportes muito bom e em 15 minutos, de Tram, estava na Dam. E era isso que eu fazia quando não tinha que estar a ver as novidades da Shimano. Passava o dia de fato, e mal podia despia o fato de casamento (na altura era o único que tinha e até o rasguei lá, a andar a testar os travões de disco), metia-me no Tram e ia para o centro. Mesmo depois de jantar, e quando os outros se iam deitar e nem que fosse para ver as luzes da cidade em 15 minutos.

Andei ali pela Red Light, entrei num ou outro coffee shop e descobri um restaurante português (que não experimentei, pois para isso teria ficado cá). Mas o melhor da visita foi o dia que os holandeses da Shimano Europa nos levaram a passear de barco pelos canais e a jantar num restaurante que se chamava "As Cinco Moscas" (""d'Vijff Vlieghen" em holandês). Na altura lembro-me que pensei que jamais iria a um restaurante assim, se tivesse que ser eu a pagar a conta (uns anos depois já penso de maneira diferente). E no domingo, antes de ir apanhar o avião, e como era dia livre, consegui sair sem o coleccionador-de-colheres e fui até à feira De Waterloo, uma espécie de fleamarket onde podemos comprar a bicicleta que nos roubaram no dia anterior.

Foram 4 dias cheios de coisas para contar. A minha primeira viagem em trabalho! Em Junho volto, mas desta vez para gozar uns 4 dias de férias com a família. Provavelmente as únicas que poderemos ter este ano.

Alguém tem sugestões a dar, sobre locais a visitar ou ver? Aceitam-se todas…

segunda-feira, abril 28, 2008

O nosso campeonato (país?)

Há uma série de coisas que me andam a intrigar:
- Será que os 23 pontos que separam o F.C. do Porto do segundo classificado explicam o facto de lhes dar 5-0 no seu próprio terreno, e com uma equipa desfalcada?
- Se o Sporting ganhou ao Benfica 5-3 e na semana seguinte perde com o último classificado, e já despromovido, – U. Leiria - por 4-1, em que divisão devia de estar o Benfica?
- Se o Leixões ganhou em casa do U. Leiria, por 1-3, onde o Sporting perdeu 4-1, não deveria, o primeiro, ter acesso directo à Liga dos Campeões?
- Quantos clubes têm os ordenados em dia? Deve ser mais fácil de contabilizar que os que têm ordenados em atraso…
- Será que isto tudo contribui positivamente para o ambiente que se vive no país?
- E será que podemos comparar o PS com o F.C. Porto, e os restantes clubes com a oposição? Será mérito do Porto (PS) ganhar, ou demérito dos demais?

quarta-feira, março 19, 2008

Virgínia Lopes do Vale

O Baltasar perdeu duas bisavós em duas semanas. Infelizmente e em duas terças-feiras separadas por apenas uma, tivemos, eu e a Cláudia, que ir a dois enterros de duas avós. Já não eram novas e foram-se enquanto ainda estavam bem, mas fica um vazio muito complicado de ser reposto.

Eu não conheci nenhuma das minhas bisavós. Estava lá longe, no ultramar, quando se foram e já não cheguei a tempo de as ver. O Baltasar provavelmente não vai guardar nenhuma memória daquelas bisavós que conheceu e que já partiram. Resta-lhe uma que ainda é viva e que poderá ter como recordação.

A avó da Cláudia não a conheci até quase casar. Por isso não tenho, dela, as mesmas recordações que a Cláudia terá, obviamente, ou que guardo das minhas avós. Além de que a conheci já bastante idosa, sentada ou com grandes dificuldades de se deslocar. Sei que foi uma mulher lutadora e isso transparecia no modo como não se deixava tomar pelas doenças ou pelos próprios filhos.

Mas o que mais recordo na senhora era o modo como me deixava enrascado quando me dava um grande abraço, um beijo e dizia à neta “Tens um marido muito bonito!” Se me pudesse meter num buraquinho… Claro que tudo isto passou quando nasceu o Baltasar. Porque eu já era um mero bibelô ao pé da beleza de um bisneto com uns olhos iguais ao dos do marido dela!



Partiu em paz com todos e em perfeita harmonia. “Fechou os olhos e adormeceu” e é assim que todos queremos um dia partir deste mundo!

sexta-feira, março 14, 2008

Fechar o Napster foi o pior erro da indústria musical

DICK ROWE, o caça talentos que dispensou os Beatles, já não é o autor do pior erro da história da indústria musical.

Pelo menos de acordo com a revista Blender, que elaborou um ranking com os 20 piores erros de todos os tempos das editoras.

O primeiro lugar da lista pertence agora às grandes editoras responsáveis pelo encerramento do Napster, site de download de músicas.

"A campanha das editoras para impedir que as músicas fossem distribuídas gratuitamente na internet foi desastrosa. Hoje mais de 1.000 milhões de músicas são trocadas por mês na internet", analisa a mesma fonte.

Rowe ocupa agora o segundo lugar. O fundador da Motown, Berry Gordy é o terceiro colocado graças à venda da gravadora das Supreme e de Marvin Gaye, por apenas 60 milhões de dólares.

A lista da vergonha inclui ainda a editora Columbia Records, em 10.º lugar, por ter recusado promover a cantora Alicia Keys e o rapper norteamericano 50 cent.

in OJE, Sexta-feira, 14 de Março 2008

quinta-feira, março 13, 2008

Por vezes...

Tenho andado a pensar um bocado… Demais até!

Estou a fazer uma meditação, todos os dias, há 22 dias! 11 minutos por dia… Mas de há dois dias para cá não tem conseguido que eu pare de pensar!

Sábado, fiquei magoado com a atitude de um amigo de há longa data. Esqueceu-se de me telefonar e só se lembrou quando eu lhe mandei um SMS a perguntar onde nos encontrávamos, a que horas e onde. O encontro era 10 minutos depois e ele tinha avisado toda a gente, menos a mim…

Na terça, recebi um telefonema de um ex-chefe que me perguntava se podia enviar o meu Curriculum Vitae para um colega que lhe tinha pedido alguém que, ele achava, se encaixava perfeitamente no meu perfil.

Qual será a maior surpresa? Uma atitude menos boa de quem não esperamos tal comportamento, ou uma boa nova de quem nem esperávamos que se lembrasse de nós? A verdade é que os pensamentos negativos pesam sete vezes mais do que os positivos e a atitude menos correcta dos nossos amigos pesam muito mais no nosso amor-próprio que as boas acções de outrem.

E perguntamos: quem é mais amigo? Aprendemos a perdoar…

Prémio francês

Melhor vinho tinto do mundo vem de Portugal
Por Pedro Guerreiro

Os enólogos franceses elegeram o Syrah 2005 da Casa Ermelinda Freitas, de Palmela, como o melhor tinto de 2008. A concurso estavam mais de 3 mil vinhos de 36 países

O vinho foi o grande vencedor do Vinailes Internacionales 2008, que se realizou em Paris. No concurso, mais de 3 mil vinhos são objecto de uma prova cega pelos mais conceituados enólogos franceses.

O Syrah 2005 foi produzido pela Casa Ermelinda Freitas, sediada na aldeia de Fernando Pó, concelho de Palmela.

Nos últimos anos, a adega familiar fundada em 1920 conquistou 18 medalhas de ouro, 21 de prata e 14 de bronze em concursos internacionais.

in Sol, 4a-feira, 12 Março 2008

quarta-feira, março 12, 2008

Alarm Call

Wake up with the fear of God
Inside me each morning
As I open my eyes
To this world without warning
So easy to fall down
So easy to be crushed
As you fight to stand at all
In this never ending rush

There's no one here who's close enough
To share this sorrow with
Have few answers for myself
Yet alone enough to give

Watch all my faults before me
Like reflections in a glass
They linger on around
And doesn't ever seem to pass
So easy to fall down
So easy to be crushed
As you fight to stand at all
In this never ending rush

My world's an open prison
Where I walk to and fro
Viewed with tunnel vision
'cause there's no place I can go
So easy to fall down
So easy to be crushed
As you fight to stand at all
In this never ending rush


Anne Clark

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Cristina Teresa Seleiro

Em miúdo, no verão, ia para a Reboleira (uma zona que hoje provavelmente não é aconselhável a crianças) passar uns dias. Durante 15 dias dormia numa varanda envidraçada, num nono andar, a quase 50 metros de altitude. Confinado a um espaço diminuto, mas aconchegante, pois era a casa dos meus avós.

Tinha passe social e todos os dias ia para a praia de Carcavelos, sozinho! A minha avó dava-me uns trocados e um lanche e lá ia eu! Quando estava mau tempo ia até ao Chiado e gastava os trocados, que tinha amealhado, num disco (comprei U2, Waterboys e outros, antes da Valentim de Carvalho arder).

Não era uma mulher que brincasse comigo, como o meu avô, mas dava-me uma coisa que era muito importante para um miúdo da minha idade. Liberdade! E, durante aqueles 15 dias, eu organizava a minha vida e era autónomo. Foi muito importante para mim, porque aprendi a amealhar o meu dinheiro e a usufruir da minha companhia. Foi a primeira vez que explorei uma cidade sozinho, e depois dessa já o fiz muitas vezes, mas cada vez que percorro as ruas do Chiado e do Bairro Alto, penso naqueles Verões em casa dos meus avós.



Pouco depois do Baltasar nascer, fui, com a Cláudia, mostrar à minha avó o seu novo bisneto. Foi um gesto importante, pois soube esta semana que não conheceu todos os seus bisnetos... Porque, o meu tio mo disse! No enterro dela... O meu Tio Zé, que é Pastor na Igreja Evangélica Baptista e que celebrou a cerimónia fúnebre da minha avó. A igreja da qual era devota. Nunca conheci ninguém mais devoto que ela, mesmo contra todos que a criticavam por não ser católica. Via muito mal, mas em compensação recitava a bíblia de cor. E falava com Deus... Não invejo a sua dedicação à religião, mas a sua capacidade de se manter crente!

Quando me deitei na cama na terça-feira, vi a sua cara a dizer, com o seu sotaque alentejano, "O mê Manézinho!". Uma lágrima percorreu-me a face e disse-lhe adeus! Espero que esteja no seu Céu, ao lado do seu Deus!

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Ingleses...

Artigo do 'Telegraph' alerta turistas ingleses
Portugal é uma penchincha
Em 2008, há dez razões para visitar Portugal, diz jornal inglês. Uma delas é o de sermos um país mais barato do que Espanha.

O jornal britânico 'Telegraph' dedica esta semana um artigo ao turismo em Portugal e escolhe dez razões para visitar o nosso país em 2008. O jornalista começa por alertar os viajantes ingleses para esquecerem o cliché das praias solarengas do Algarve e explorarem os "rios e lagos azuis, óptimos para a natação e pesca, os parques naturais, a refrescante mas subdesenvolvida costa Atlântica".

A razão principal para fazer as malas de viagem com destino a Portugal é para o 'Telegraph', o facto de Portugal ser o país mais barato da zona Euro e dá exemplos de preços, comparativamente a Espanha. Por exemplo, uma cerveja Heineken custa uma libra, menos 92 cêntimos do que no país vizinho.

Em segundo lugar no top está a região alentejana, que é fácil de se visitar "de carro e de comboio": o 'Telegraph' destaca a cidade universitária de Évora, bem como Vila Nova de Milfontes, "onde existe um novo resort que dá apoio a famílias inglesas".

A medalha de bronze pertence ao centro do país, mais concretamente ao Geopark Naturtejo da Meseta Meridional, que une os municípios de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Nisa, Oleiros, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão, popular entre caminheiros e cicloturistas. E também à vila de Monsanto.

Nas restantes posições deste topo-10 ficam, por ordem decrescente, o hotel de cinco estrelas Aquapura, no rio Douro, ou a Pousada de São Vicente, em Braga. O Algarve de luxo também não é esquecido: o jornal destaca o novo Hilton de Vilamoura.

Recomendadas são igualmente as ilhas de Porto Santo e Madeira, destino ideal e barato para jovens ingleses que podem optar por voos 'low cost' provenientes de aeroportos regionais da Grã-Bretanha. E os Açores, para quem aprecia o contacto com o Atlântico.

Os Solares de Portugal e as rotas do vinho do Porto ficam colocados nos últimos dois lugares neste top-10 do 'Telegraph'.

Hugo Franco, in Expresso Online, Segunda-feira, 28 de Jan de 2008