Mas temos que passar o tempo enquanto nao ta na hora do bus!
Os ingleses sao o povo mais deslavado da Europa... ate os irlandeses, que na maioria sao uns pacovios, sao mais bonitos! As mulheres inglesas ainda se arranjam, mas sao todas iguais. Loiras e com tudo o que podem a mostra...e sempre ao ataque, qq caramelo serve.
Ja disse que as ovelhas na Irlanda sao loucas? (RG - Ja' mulher!) Correm muito e param no meio da estrada!
E que aqui faz mto frio. Em Agosto parece Inverno...ando roxinha de frio!!! (RG) Nunca vi tal coisa, nem na Finlandia. Como e' que estes Irlandeses escolheram ficar e' que ainda nao percebi. Nao foi pelas gajas de certeza. So' se foi pelas ovelhas!
E que comem tudo com batatas (potatoes, potatos...). (RG) Hoje vi tres homens que deviam de comer com batatas! Aos empurroes!
E que a quantidade de turistas e impressionante. E Portugal e tao lindo, carago!!!
(RG) Dublin e' grande, mas nao e' grande merda! Como cidade monumental vale menos que a Guarda, num dia de chuva. `A excepcao do Trinity College isto so' tem pubs e muitos drogaditos! Ah! Tem um rio... Mas tambe'm isso e' mais que normal na Irlanda, com o que chove so' nao ha rios no mar.
Mas nao pensem que nao gostamos de Dublin. Come-se e bebe-se mto bem. Mmo. E optima para tirar um fds de farra! (RG) Eu gostei muito da onda de party que emana pela cidade toda, nao admira que os Pogues tenham nascido por aqui. Ah! Os U2 nao andam por ca'... Mas a Madonna esteve ca' hoje...
Os U2 aparecem nos livros sobre a Irlanda! Sao um monumento!Ehehe Junto com as ovelhas! (RG) E a chuva! E percebi o que quer dizer o verde da bandeira... O laranja e' que nao sei, mas deve ser da cor da cerveja. O branco e' o ce'u num bom dia.
AS estradas num pais em franca recuperacao economica e que deixam mto a desejar... eu sei que nao e preciso autoestradas aos magotes como ai, mas isto e francamente gozar com a cara dos turistas. (RG) A IP5 aqui e' um luxo! E a A1 e' um sonho!
Tudo começou em 2000 com a minha ida para a Califórnia para um estágio. As Crónicas foram servindo de diário da aventura. E continuam, mesmo depois de voltar... E de voltar a sair para Inglaterra, Japão, Luxemburgo, França, Finlândia, Holanda, São Tomé, etc...
Cada aventura ou momento que me permito partilhar está aqui nas Crónicas da Califórnia.
domingo, agosto 29, 2004
sexta-feira, agosto 27, 2004
Sri Lanka vs Irlanda
(CF) Querido Carne: estamos de ferias na Irlanda! Quem esta no Sri Lanka (ah, inveja!!!) e o Luis Pitta, cujas cronicas o Rui tem publicado aqui.
Ao contrario do Sri Lanka aqui chove todos os dias e so de vez em qd aparece o sol. As praias sao lindas, mas a agua e fria. Os Irlandeses tem lindos sorrisos!
(RG) Finalmente percebi porque a Guinness e' tao espessa. Se assim nao fosse quem e' que a bebia no inverno que existe aqui quase o ano todo. Os Irlandeses so' por si sao doidos por quererem viver aqui, apesar de ser muito bonito, compreendo porque emigram tanto. Mas estamos a gostar...
(CF) Nunca mais vou encarar a chuva da mesma forma!
(RG) Como e' que o pai's com tanto mar come tao pouco peixe? Como e' que um pai's com tanta chuva nao tem um guarda-chuva gigante? Como e' que um pai's de tao mau tempo vive a sua vida em pubs? Esta ultima e' fa'cil, mas a verdade e' que eles vivem nos pubs e no's quando chove ficamos em casa. Mas se chovesse tanto como aqui... Nao havia lenha que chegasse para as lareiras.
Obrigado a todos pelos parabe'ns!
(CF) A paisagem aqui no sul e muito parecida com os Acores! Mas em vez de vacas ha ovelhas. Tem a cabeca e as patas pretas e sao loucas como os Irlandeses... andam no meio da estrada e desatam a correr sem agua vai!!
Ao contrario do Sri Lanka aqui chove todos os dias e so de vez em qd aparece o sol. As praias sao lindas, mas a agua e fria. Os Irlandeses tem lindos sorrisos!
(RG) Finalmente percebi porque a Guinness e' tao espessa. Se assim nao fosse quem e' que a bebia no inverno que existe aqui quase o ano todo. Os Irlandeses so' por si sao doidos por quererem viver aqui, apesar de ser muito bonito, compreendo porque emigram tanto. Mas estamos a gostar...
(CF) Nunca mais vou encarar a chuva da mesma forma!
(RG) Como e' que o pai's com tanto mar come tao pouco peixe? Como e' que um pai's com tanta chuva nao tem um guarda-chuva gigante? Como e' que um pai's de tao mau tempo vive a sua vida em pubs? Esta ultima e' fa'cil, mas a verdade e' que eles vivem nos pubs e no's quando chove ficamos em casa. Mas se chovesse tanto como aqui... Nao havia lenha que chegasse para as lareiras.
Obrigado a todos pelos parabe'ns!
(CF) A paisagem aqui no sul e muito parecida com os Acores! Mas em vez de vacas ha ovelhas. Tem a cabeca e as patas pretas e sao loucas como os Irlandeses... andam no meio da estrada e desatam a correr sem agua vai!!
sábado, agosto 21, 2004
Rotundas, Carros e Obras...
(Desculpem, mas vai sem acentos e com erros)
Estes britanicos sao uns malucos maiores que o presidente da camara de S. Joao da Madeira. Ha' rotundas em todo o lado. Por outro lado isto parece o Porto aquando da Capital da Cultura. Esta' tudo em obras. E ainda por cima tudo e' como Lisboa, carros em todo o lado.
Isto no Reino Unido, porque agora aqui na Irlanda respira-se muito mais um sentimento parecido com o portugues. E' carros em todas as faixa, buzinas e muita confusao. Viva a Irlanda.
Ah! Ainda nao choveu, mas fala-se espanhol em todo o lado. E italiano... e holandes.
E agora PORTUGUES!
Estes britanicos sao uns malucos maiores que o presidente da camara de S. Joao da Madeira. Ha' rotundas em todo o lado. Por outro lado isto parece o Porto aquando da Capital da Cultura. Esta' tudo em obras. E ainda por cima tudo e' como Lisboa, carros em todo o lado.
Isto no Reino Unido, porque agora aqui na Irlanda respira-se muito mais um sentimento parecido com o portugues. E' carros em todas as faixa, buzinas e muita confusao. Viva a Irlanda.
Ah! Ainda nao choveu, mas fala-se espanhol em todo o lado. E italiano... e holandes.
E agora PORTUGUES!
quarta-feira, agosto 18, 2004
LP-&-3P Tours Lda. - Dia 10 e 16
[Dia 10] - 7/Agosto – Kandy
Estamos em Kandy. Cidade no centro do Sri Lanka a 500m de altura [n.r.: Altitude].
É calminha e ontem ao chegarmos estávamos a ver que não conseguíamos arranjar dormida. É que as guesthouse fecham cedo e a cadeado!
Finalmente saímos de Colombo, a cidade do fumo de escape e dos edifícios desinteressantes.
Após alguma pesquisa à procura de carro para alugar, acabámos por ir parar à AVIS. O mister lá da agência foi bem simpático pois ajudou-nos a tratar da licença que eles exigem aos estrangeiros para conduzir aqui.
A 3P fez a sua estreia na chamada condução alucinante Srilankesa. Para já guia-se do lado errado da estrada como em Inglaterra, depois a buzina é um dos instrumentos mais importantes que temos dentro do carro. Aliás estamos a pensar em comprar mais umas buzinas para garantir a máxima segurança na condução... ih ih ih hi hi ih.
Fizemos 115 Kms de Colombo até Kandy e demoramos umas 3 horas ou mais. A estrada está cheia de peões de um lado e condutores assassinos do outro. Os autocarros de passageiros são os mais perigosos. Deve ser por isso que tem as buzinas mais fortes!
Ao menos o ar condicionado funciona sem problemas, o que torna a viagem um pouco menos stressante...
Para já parece-nos que esta zona central tem muita cultura e é bem mais relaxante. Vamos continuar pelas plantações de chá', de canela e pelas paisagens de montanha.
Comprámos agora mesmo 2 t-shirts que nos custaram os olhos da cara, quase 2 euros cada! Mas tinha de ser pois estamos com pouca roupa fresca.
Primeiras impressões do Sri Lanka:
Positivo:
- Povo simpático, afável e com bom entendimento da língua inglesa.
- Não são muito melgas (LP). Que ideia (3P).
- Alimentação muito boa (com excelentes condimentos) e barata.
- Transportes públicos muito baratos. Mas nojentos (3P).
- A variedade de diferentes verdes das paisagens, que só' agora começámos a ver.
Negativo:
- São nojentos (3P): comem com as mãos e arrotam bem alto.
- Estão sempre a olhar para mim (3P). Quase nunca olham para mim (LP) com excepção da Guest House em Colombo que eram só' meninas de Colégio.
- A humidade que nos cola a roupa ao corpo (apesar de ser suportável).
- Estão sempre com pressa, não sabem o que é uma fila.
- Colombo: Cidade desinteressante e com um transito caótico, embora haja pior!
[Dia 16] - 13 Agosto 2004 - De regresso a Kandy
Olá Pessoal pensavam que tínhamos desaparecido!!??
Nãããããããoooooo...
Andámos perdidos pelos montes e cidades antigas (séc. 1 a 12).
Pois não, não pois não foi desta que nos perdemos!!
Mas a nossa opinião sobre o povo é a mesma:
Estes Srilankeses são loucos!
Mas extremamente simpáticos, tolerantes e afáveis.
Sorriem com os poucos dentes que costumam ter na cara...
Mas não deixam de ser LOUCOS...
Porquê?
1) Conduzem alucinadamente mas com simpatia, ou seja, quase que nos matam mas avisam primeiro!
Bem mas isso já sabiam, não é?
Sobre a velocidade máxima 72KM/h ela é bem teórica! Na prática conseguimos fazer medias altíssimas de 40 Km/h. Ou seja quaisquer 3 horas e meia servem para percorrer 100 km.
A estrada tem pouco mais que a largura de 1 carro, as camionetas, camiões e os tuk tuk (três rodinhas para os amigos) são mais do que muitos. Buracos e pessoas a andar na berma são o normal. Parece que estamos a jogar o space invaders. Lembram-se?
2) a 3P já guia à moda do Sri Lanka, vejam lá que até fomos mandados parar por uma brigada de trânsito com RADAR!
Sim esses radares sofisticados do tipo pistola "star trek". Adivinhem a quantos kms por hora ia a 3P?
SSSSsssssseeeesssseennntttta e ttttrrrrreeeessss kilometros por hora, essa maluca!!!
Estava em transgressão, pois claro!!
O limite era mesmo de 50 Km/h. Podem não acreditar mas o policia ficou tão surpreso quanto espantado ao ver uma mulher ao volante. Aqui as mulheres não conduzem mesmo! Pior: uma mulher com cabelo esquisito (loiro) e de olhos estranhos (azul).
Ele ficou tão boquiaberto que não teve reacção nenhuma e mandou-nos seguir caminho, mas devagarinho e sem os médios acessos!!!!
Sim porque é a própria polícia a estranhar esta medida adicional de segurança.
Passemos agora à fauna do País: Ao longo destes dias temos visto de tudo a passar à nossa frente... mesmo à frente...
À NOSSA FRENTE MESMO, percebem? Ali a 1 metro de nós...
Cães é mato, vacas e bois nem falar, gazelas algumas mas elefantes não é costume vermos assim a atravessar a rua na maior da descontracção (pudera com aquele porte atlético também eu andava descontraído), iguanas de 2 metros, esquilos, ratos, raposas...
No sector das aves a variedade é enorme. [...]
Acabamos de fazer o triângulo cultural (depois explicamos a ideia), o que quer dizer uma grande parte do centro norte do Sri Lanka.
Até conseguimos meter uma prainha pelo meio, porque cultura de mais faz mal! Fomos até Trincomalee, cidade do Nordeste Srilankes, maioritariamente Indu de religião, Tamil de raça.
A 3P está com um bronze fenomenal e eu para além do bronze estou cheio de bexigas das mordidelas dos filhos da **ta dos mosquitos que parecem ter uma boca maior que o normal, e um apetite voraz por carne ocidental. No outro dia eram tantos atrás de mim que tive de me refugiar no mar a 16 metros de profundidade. foi um mergulho interessante pela vida marinha, algum coral mole embora a visibilidade tenha sido fraca. 30 USD para os estrangeiros. Not so bad!
Mas tudo isto não pode passar sem compras. O LP bem que tenta guardar o dinheiro, mas eu sei muito bem onde ele o guarda, e zás vai de surripiar umas rupias cá' para myself. Temos comprados tecidos, sarons (saias para homem), camisinhas (não essas seus malandros) feitas em batik (pintura típica da Indonésia [...]). E' tudo bastante em conta, mas chegaram a pedir-nos 2000 Rupias por uma camisa e trouxemo-la por 550 Rp.
O processo de regateio é divertido mas temos de ser intolerantes pois eles tem a escola toda.
Agora vamos para o Hotel, temos de descansar, pois a viagem foi longa (45Km) e o rabo está dorido das voltas de bicicleta que demos ontem em Polonaruwa.
Beijos, abraços,
"LP-&-3P Tours Lda."
Estamos em Kandy. Cidade no centro do Sri Lanka a 500m de altura [n.r.: Altitude].
É calminha e ontem ao chegarmos estávamos a ver que não conseguíamos arranjar dormida. É que as guesthouse fecham cedo e a cadeado!
Finalmente saímos de Colombo, a cidade do fumo de escape e dos edifícios desinteressantes.
Após alguma pesquisa à procura de carro para alugar, acabámos por ir parar à AVIS. O mister lá da agência foi bem simpático pois ajudou-nos a tratar da licença que eles exigem aos estrangeiros para conduzir aqui.
A 3P fez a sua estreia na chamada condução alucinante Srilankesa. Para já guia-se do lado errado da estrada como em Inglaterra, depois a buzina é um dos instrumentos mais importantes que temos dentro do carro. Aliás estamos a pensar em comprar mais umas buzinas para garantir a máxima segurança na condução... ih ih ih hi hi ih.
Fizemos 115 Kms de Colombo até Kandy e demoramos umas 3 horas ou mais. A estrada está cheia de peões de um lado e condutores assassinos do outro. Os autocarros de passageiros são os mais perigosos. Deve ser por isso que tem as buzinas mais fortes!
Ao menos o ar condicionado funciona sem problemas, o que torna a viagem um pouco menos stressante...
Para já parece-nos que esta zona central tem muita cultura e é bem mais relaxante. Vamos continuar pelas plantações de chá', de canela e pelas paisagens de montanha.
Comprámos agora mesmo 2 t-shirts que nos custaram os olhos da cara, quase 2 euros cada! Mas tinha de ser pois estamos com pouca roupa fresca.
Primeiras impressões do Sri Lanka:
Positivo:
- Povo simpático, afável e com bom entendimento da língua inglesa.
- Não são muito melgas (LP). Que ideia (3P).
- Alimentação muito boa (com excelentes condimentos) e barata.
- Transportes públicos muito baratos. Mas nojentos (3P).
- A variedade de diferentes verdes das paisagens, que só' agora começámos a ver.
Negativo:
- São nojentos (3P): comem com as mãos e arrotam bem alto.
- Estão sempre a olhar para mim (3P). Quase nunca olham para mim (LP) com excepção da Guest House em Colombo que eram só' meninas de Colégio.
- A humidade que nos cola a roupa ao corpo (apesar de ser suportável).
- Estão sempre com pressa, não sabem o que é uma fila.
- Colombo: Cidade desinteressante e com um transito caótico, embora haja pior!
[Dia 16] - 13 Agosto 2004 - De regresso a Kandy
Olá Pessoal pensavam que tínhamos desaparecido!!??
Nãããããããoooooo...
Andámos perdidos pelos montes e cidades antigas (séc. 1 a 12).
Pois não, não pois não foi desta que nos perdemos!!
Mas a nossa opinião sobre o povo é a mesma:
Estes Srilankeses são loucos!
Mas extremamente simpáticos, tolerantes e afáveis.
Sorriem com os poucos dentes que costumam ter na cara...
Mas não deixam de ser LOUCOS...
Porquê?
1) Conduzem alucinadamente mas com simpatia, ou seja, quase que nos matam mas avisam primeiro!
Bem mas isso já sabiam, não é?
Sobre a velocidade máxima 72KM/h ela é bem teórica! Na prática conseguimos fazer medias altíssimas de 40 Km/h. Ou seja quaisquer 3 horas e meia servem para percorrer 100 km.
A estrada tem pouco mais que a largura de 1 carro, as camionetas, camiões e os tuk tuk (três rodinhas para os amigos) são mais do que muitos. Buracos e pessoas a andar na berma são o normal. Parece que estamos a jogar o space invaders. Lembram-se?
2) a 3P já guia à moda do Sri Lanka, vejam lá que até fomos mandados parar por uma brigada de trânsito com RADAR!
Sim esses radares sofisticados do tipo pistola "star trek". Adivinhem a quantos kms por hora ia a 3P?
SSSSsssssseeeesssseennntttta e ttttrrrrreeeessss kilometros por hora, essa maluca!!!
Estava em transgressão, pois claro!!
O limite era mesmo de 50 Km/h. Podem não acreditar mas o policia ficou tão surpreso quanto espantado ao ver uma mulher ao volante. Aqui as mulheres não conduzem mesmo! Pior: uma mulher com cabelo esquisito (loiro) e de olhos estranhos (azul).
Ele ficou tão boquiaberto que não teve reacção nenhuma e mandou-nos seguir caminho, mas devagarinho e sem os médios acessos!!!!
Sim porque é a própria polícia a estranhar esta medida adicional de segurança.
Passemos agora à fauna do País: Ao longo destes dias temos visto de tudo a passar à nossa frente... mesmo à frente...
À NOSSA FRENTE MESMO, percebem? Ali a 1 metro de nós...
Cães é mato, vacas e bois nem falar, gazelas algumas mas elefantes não é costume vermos assim a atravessar a rua na maior da descontracção (pudera com aquele porte atlético também eu andava descontraído), iguanas de 2 metros, esquilos, ratos, raposas...
No sector das aves a variedade é enorme. [...]
Acabamos de fazer o triângulo cultural (depois explicamos a ideia), o que quer dizer uma grande parte do centro norte do Sri Lanka.
Até conseguimos meter uma prainha pelo meio, porque cultura de mais faz mal! Fomos até Trincomalee, cidade do Nordeste Srilankes, maioritariamente Indu de religião, Tamil de raça.
A 3P está com um bronze fenomenal e eu para além do bronze estou cheio de bexigas das mordidelas dos filhos da **ta dos mosquitos que parecem ter uma boca maior que o normal, e um apetite voraz por carne ocidental. No outro dia eram tantos atrás de mim que tive de me refugiar no mar a 16 metros de profundidade. foi um mergulho interessante pela vida marinha, algum coral mole embora a visibilidade tenha sido fraca. 30 USD para os estrangeiros. Not so bad!
Mas tudo isto não pode passar sem compras. O LP bem que tenta guardar o dinheiro, mas eu sei muito bem onde ele o guarda, e zás vai de surripiar umas rupias cá' para myself. Temos comprados tecidos, sarons (saias para homem), camisinhas (não essas seus malandros) feitas em batik (pintura típica da Indonésia [...]). E' tudo bastante em conta, mas chegaram a pedir-nos 2000 Rupias por uma camisa e trouxemo-la por 550 Rp.
O processo de regateio é divertido mas temos de ser intolerantes pois eles tem a escola toda.
Agora vamos para o Hotel, temos de descansar, pois a viagem foi longa (45Km) e o rabo está dorido das voltas de bicicleta que demos ontem em Polonaruwa.
Beijos, abraços,
"LP-&-3P Tours Lda."
(Ex)Citação III
"If you understand who you are and respect yourself, you will not see criticism as a problem but as an opportunity to become a better person. When you feel inadequate or imperfect, the criticism is threatening and makes you feel that you have to defend yourself. When you are secure - not perfect, but secure - you can listen to the criticism and consider its value."
Dr. Bernie Siegel
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(Ex)Citação
terça-feira, agosto 17, 2004
Afinal, sou racista!
Quando vi um "ajuntamento" de judeus no fim-de-semana a minha primeira reacção foi pedir ao Rui para voltar para trás que queria ver outra vez...parecia uma criança, juro!!! Mas depois cada vez que via mais uns não me continha e chamava-lhes cabrões e fdp. Ainda estou estupefacta com as minhas reacções!
Mas o pior foi mesmo dar de caras com umas árabes todas de preto, tudo tapado incluindo as mãos e só uma frincha nos olhos...fiquei e ainda estou em choque. Como mulher...depois de séculos de sofrimento, dói-me. E novamente dou comigo a chamar-lhes nomes.
Mas o pior foi mesmo dar de caras com umas árabes todas de preto, tudo tapado incluindo as mãos e só uma frincha nos olhos...fiquei e ainda estou em choque. Como mulher...depois de séculos de sofrimento, dói-me. E novamente dou comigo a chamar-lhes nomes.
domingo, agosto 15, 2004
sexta-feira, agosto 13, 2004
(Ex)Citação II
"Gifted leadership occurs when heart and head - feeling and thought - meet. These are the two winds that allow a leader to soar."
Daniel Goleman
Etiquetas:
(Ex)Citação
terça-feira, agosto 10, 2004
Vida de dondoca - 1as impressões
"England has a beautiful countryside"…pois…mas vai-se na Estrada e o que se vê são árvores e mais árvores. Um muro verde. Eh! Isto está a começar bem.
Lindas casinhas de tijolo! Aos montes...umas maiores, outras mais quenitas. Mas todas simplesmente IGUAIS!
Já estou a imaginar-me a chegar a casa de alguém pela primeira vez e dizer: Linda casinha, ãh!? E desatar a rir.
O nosso apartamento é bem no centro. Tenho tudo qt é loja por aqui. Livraria de um lado, virgin megastore do outro, "american nails" e cabeleireiro em frente. E nas ruas aqui à volta lojas de roupa de todo o tipo, "department stores" e ainda dois centros comerciais. O sonho de qq mulher que queira arrasar com os cartões de crédito.
Confirma-se. A inglesas gostam mesmo de mini saias e são basicamente umas foleiras! Mas as mais velhas são muito maternais. Já me trataram umas duas ou três vezes por "love" e "honey". Gostei. Ainda não estou ambientada e é acolhedor.
A televisão tem tantos canais que na ânsia de ver tudo o que há faço zap, zap, zap e não consegui ver nada mais de 5 minutos!
Passo a vida a dizer a toda a gente que Aveiro é muito húmido e que por isso a temp não pode subir muito senão fica insuportável. Mas isto aqui é bem pior. Desde que cheguei que tenho a roupa colada ao corpo e durmo sem nada a tapar-me. Impensável, né?
Lindas casinhas de tijolo! Aos montes...umas maiores, outras mais quenitas. Mas todas simplesmente IGUAIS!
Já estou a imaginar-me a chegar a casa de alguém pela primeira vez e dizer: Linda casinha, ãh!? E desatar a rir.
O nosso apartamento é bem no centro. Tenho tudo qt é loja por aqui. Livraria de um lado, virgin megastore do outro, "american nails" e cabeleireiro em frente. E nas ruas aqui à volta lojas de roupa de todo o tipo, "department stores" e ainda dois centros comerciais. O sonho de qq mulher que queira arrasar com os cartões de crédito.
Confirma-se. A inglesas gostam mesmo de mini saias e são basicamente umas foleiras! Mas as mais velhas são muito maternais. Já me trataram umas duas ou três vezes por "love" e "honey". Gostei. Ainda não estou ambientada e é acolhedor.
A televisão tem tantos canais que na ânsia de ver tudo o que há faço zap, zap, zap e não consegui ver nada mais de 5 minutos!
Passo a vida a dizer a toda a gente que Aveiro é muito húmido e que por isso a temp não pode subir muito senão fica insuportável. Mas isto aqui é bem pior. Desde que cheguei que tenho a roupa colada ao corpo e durmo sem nada a tapar-me. Impensável, né?
sábado, agosto 07, 2004
: : : 1-big-O [v3.0]
Em Agosto de 2000 a Gilda Bettencourt, que trabalhava no ICEP de São Francisco pediu-me para a ajudar numa tradução. Recebi $50 pelo trabalho e há umas semanas recebi a cópia do catálogo que ajudei a traduzir.
É um catálogo de uma exposição que ocorreu em 5 galerias - uma em São Francisco, EUA, outra em Toronto, Canadá, outra em Christchurch, na Nova Zelândia, outra em Lisboa - Galeria Zé dos Bois - e outra em Taipei na China. A exposição chamava-se "Sister Spaces" e teve lugar de 8 de Setembro a 28 de Outubro de 2000.
A mim calhou-me a tradução relativa à galeria YYZ Artists’ Outlet em Toronto, Canadá, começada pela Gilda e que eu corrigi.
"Eram arrivistas impertinentes nos anos 70 e 80, cheios até a borda com iconoclasmo criativo, irreverência, e comunalismo anárquico. Forneceram um ponto de partida para uma geração de artistas que não queriam vender as suas obras e muito menos queriam estabelecer uma conversa de jantar interessante com coleccionadores aborrecidos e milionários. Mas hoje, muitos dos espaços geridos por artistas estão a tornar-se nos sentinelas grisalhos duma alternativa institucionalizada. Presos a comissões e a enfrentar responsabilidades administrativas consideráveis, os espaços dirigidos por artistas têm de trabalhar mais que nunca para manter as suas concessões, e a sua reputação de inovadores está a ser posta em causa por uma série de galerias comerciais e salas privadas que têm vindo a emergir.
Quando a YYZ Artists’ Outlet foi fundada em 1979, uma primeira fornada de espaços alternativos em Toronto encontrava-se numa fase de autodestruição devido ao arruinar de interesses colectivos, ao aumento de responsabilidades burocráticas e administrativas, à crítica governamental, e a um mal-estar teórico em geral (leia-se: pós-modernismo) – a excepção digna de nota é A Space, que ainda hoje está em operação. Os fundadores, da YYZ, foram um grupo de graduados da escola de arte, que não tinham outra ambição sem ser a de criar um espaço onde podiam mostrar as suas obras. Como afirma Kim Todd, a primeira gerente da YYZ, “Não queremos adoptar a história de ninguém.”
Os fundadores da YYZ nunca redigiram um mandato, nem definição da missão, nem se declaram opositores a qualquer instituição rival. Eram simplesmente algo mais, qualquer coisa que surgiu de um longo desejo por algo que ainda não existia. Ser “alternativo” implica manter uma relação ou estar em diálogo com uma outra entidade mais convencional, mas, no Canadá, nunca houve uma grande tradição de institucionalização artística para que o alternativo pudesse ser construído em oposição, como aconteceu nos Estados Unidos e na Europa.
O mandato corrente da YYZ é uma formação posterior, por assim dizer, criado para esboçar explicitamente as paixões, compromissos, e actividades. A galeria dedica-se a três áreas de programação – as artes visuais, as artes temporais, e a publicação – os quais estão sujeitos à mudança. A programação das artes temporais foram introduzidas para o inventário de exibições em 1987 para acomodar e encorajar o número crescente de artistas que trabalhava em cinema, vídeo, ou na representação. Em discussões recentes entre os membros do conselho discute-se a manutenção de uma distinção entre as artes visuais e temporais, numa altura em que cada vez mais os artista criam obras multidisciplinares. Em 1998, a YYZ publicou a sua primeira colecção de escritos de crítica, como consequência de uma série de conferências muito bem sucedidas e de debates, por si produzidos. A secção de publicações, YYZ Books, agora bem estabelecida, mantém o compromisso adoptado pela galeria em discursar.
Dentro do seu ensaio para o catálogo do décimo aniversário da galeria, Decalog, Barbara Fischer descreveu a YYZ como uma organização que “navegou numa rota rizomática, valendo-se das energias e dos interesses de uma comunidade baseada em Toronto.” Os membros do conselho, com quem tenho mantido contacto durante os anos, são da mesma opinião: mostrar obras da arte, as quais acham provocantes, será sempre a prioridade. A estrutura do conselho convocatório garante que o conceito do termo “provocante” nunca será estática.
Susan Kealey, uma artista, escritora, e participante há muito tempo na cultura dirigida pelos artistas, entrou no conselho da YYZ em 1989. Em 1999, concluiu num artigo da revista Fuse: “Parece inútil discutir se os CDPAs [Centros Dirigidos Pelos Artistas] continuam alternativos, porque é claro que se tornaram instituições, apesar da programação se distinguir da dos museus e galerias públicas. Mas os CDPA ainda conseguem exercer a diferença – simplesmente porque são dirigidos por artistas.”
Kealey tem razão ao afirmar que, num contexto canadiano, a discussão “alternativa” acerca dos espaços dirigidos por artistas é agora irrelevante. Alternativo tem definitivamente servido como um adjectivo útil, como uma espécie de símbolo de estenografia que se refere a uma história particular ou a assinalar um género de envolvimento com a arte que difere da moda corrente. Kealey também tem razão em reconhecer que os espaços dirigidos por artistas – pelo menos em Toronto – já são instituições. A pergunta mais interessante de hoje, na minha opinião, não é “Será que os espaços dirigidos por artistas são alternativos?”, mas “Será que as instituições podem ser relevantes?” O desafio é claro, e é um dos que a YYZ enfrenta directamente. A galeria pode mostrar, e mostra, as obras que seriam censurados na maioria dos museus e galerias públicas. Como instituições, a YYZ pode conceder um certo “selo de homologação” aos artistas e às suas obras, uma legitimidade que de outra maneira poderia eludi-los por muitos anos. A YYZ ainda paga, aos artistas, os honorários mais altos de todas as galerias alternativas no Canadá (por um exposição individual um artista recebe $1,200 canadianos), pondo a par as artes temporais com as artes visuais, e os artistas seniores com aqueles que neste momento estão emergir.
Nos dias de hoje, e face à diminuição dos fundos governamentais, os espaços “alternativos” de Toronto – ainda que não pretendam o rótulo – tendem a ser galerias comerciais do tipo “faça você mesmo” e com orçamentos limitados. Os artistas estão se a lançar nesta dança de comercialismo, com talvez o mesmo idealismo engenhoso que marcou a formação dos primeiros espaços dirigidos por artistas há vinte anos atrás. Porém, este movimento não impede a existência continuada dos espaços alternativos. Iniciativas dirigidos pelos artistas que recebem doações de fundos públicos continuam a ser necessários para a sobrevivência e vitalidade da cultura canadiana em todas as suas variações e permutações. A YYZ agora tem 21 anos de história para sobrepujar e para assegurar. O conselho e o pessoal da galeria acreditam que é importante reconhecer esta história da arte que programamos, dos livros que publicamos, e dos eventos que organizamos.
Espaços dirigidos por artistas atraem pessoas com uma paixão pela arte contemporânea e com um compromisso teimoso com o discurso crítico. Num mundo em que tudo está demasiado cínico, tímido, e niilista, isso será tudo o que de “alternativo” alguém poderia esperar.
Eram arrivistas impertinentes nos anos 70 e 80, cheios até a borda com iconoclasmo criativo, irreverência, e comunalismo anárquico. Forneceram um ponto de partida para uma geração de artistas que não queriam vender as suas obras e muito menos queriam estabelecer uma conversa de jantar interessante com coleccionadores aborrecidos e milionários. Mas hoje, muitos dos espaços geridos por artistas estão a tornar-se nos sentinelas grisalhos duma alternativa institucionalizada. Presos a comissões e a enfrentar responsabilidades administrativas consideráveis, os espaços dirigidos por artistas têm de trabalhar mais que nunca para manter as suas concessões, e a sua reputação de inovadores está a ser posta em causa por uma série de galerias comerciais e salas privadas que têm vindo a emergir.
Quando a YYZ Artists’ Outlet foi fundada em 1979, uma primeira fornada de espaços alternativos em Toronto encontrava-se numa fase de autodestruição devido ao arruinar de interesses colectivos, ao aumento de responsabilidades burocráticas e administrativas, à crítica governamental, e a um mal-estar teórico em geral (leia-se: pós-modernismo) – a excepção digna de nota é A Space, que ainda hoje está em operação. Os fundadores, da YYZ, foram um grupo de graduados da escola de arte, que não tinham outra ambição sem ser a de criar um espaço onde podiam mostrar as suas obras. Como afirma Kim Todd, a primeira gerente da YYZ, “Não queremos adoptar a história de ninguém.”
Os fundadores da YYZ nunca redigiram um mandato, nem definição da missão, nem se declaram opositores a qualquer instituição rival. Eram simplesmente algo mais, qualquer coisa que surgiu de um longo desejo por algo que ainda não existia. Ser “alternativo” implica manter uma relação ou estar em diálogo com uma outra entidade mais convencional, mas, no Canadá, nunca houve uma grande tradição de institucionalização artística para que o alternativo pudesse ser construído em oposição, como aconteceu nos Estados Unidos e na Europa.
O mandato corrente da YYZ é uma formação posterior, por assim dizer, criado para esboçar explicitamente as paixões, compromissos, e actividades. A galeria dedica-se a três áreas de programação – as artes visuais, as artes temporais, e a publicação – os quais estão sujeitos à mudança. A programação das artes temporais foram introduzidas para o inventário de exibições em 1987 para acomodar e encorajar o número crescente de artistas que trabalhava em cinema, vídeo, ou na representação. Em discussões recentes entre os membros do conselho discute-se a manutenção de uma distinção entre as artes visuais e temporais, numa altura em que cada vez mais os artista criam obras multidisciplinares. Em 1998, a YYZ publicou a sua primeira colecção de escritos de crítica, como consequência de uma série de conferências muito bem sucedidas e de debates, por si produzidos. A secção de publicações, YYZ Books, agora bem estabelecida, mantém o compromisso adoptado pela galeria em discursar.
Dentro do seu ensaio para o catálogo do décimo aniversário da galeria, Decalog, Barbara Fischer descreveu a YYZ como uma organização que “navegou numa rota rizomática, valendo-se das energias e dos interesses de uma comunidade baseada em Toronto.” Os membros do conselho, com quem tenho mantido contacto durante os anos, são da mesma opinião: mostrar obras da arte, as quais acham provocantes, será sempre a prioridade. A estrutura do conselho convocatório garante que o conceito do termo “provocante” nunca será estática.
Susan Kealey, uma artista, escritora, e participante há muito tempo na cultura dirigida pelos artistas, entrou no conselho da YYZ em 1989. Em 1999, concluiu num artigo da revista Fuse: “Parece inútil discutir se os CDPAs [Centros Dirigidos Pelos Artistas] continuam alternativos, porque é claro que se tornaram instituições, apesar da programação se distinguir da dos museus e galerias públicas. Mas os CDPA ainda conseguem exercer a diferença – simplesmente porque são dirigidos por artistas.”
Kealey tem razão ao afirmar que, num contexto canadiano, a discussão “alternativa” acerca dos espaços dirigidos por artistas é agora irrelevante. Alternativo tem definitivamente servido como um adjectivo útil, como uma espécie de símbolo de estenografia que se refere a uma história particular ou a assinalar um género de envolvimento com a arte que difere da moda corrente. Kealey também tem razão em reconhecer que os espaços dirigidos por artistas – pelo menos em Toronto – já são instituições. A pergunta mais interessante de hoje, na minha opinião, não é “Será que os espaços dirigidos por artistas são alternativos?”, mas “Será que as instituições podem ser relevantes?” O desafio é claro, e é um dos que a YYZ enfrenta directamente. A galeria pode mostrar, e mostra, as obras que seriam censurados na maioria dos museus e galerias públicas. Como instituições, a YYZ pode conceder um certo “selo de homologação” aos artistas e às suas obras, uma legitimidade que de outra maneira poderia eludi-los por muitos anos. A YYZ ainda paga, aos artistas, os honorários mais altos de todas as galerias alternativas no Canadá (por um exposição individual um artista recebe $1,200 canadianos), pondo a par as artes temporais com as artes visuais, e os artistas seniores com aqueles que neste momento estão emergir.
Nos dias de hoje, e face à diminuição dos fundos governamentais, os espaços “alternativos” de Toronto – ainda que não pretendam o rótulo – tendem a ser galerias comerciais do tipo “faça você mesmo” e com orçamentos limitados. Os artistas estão se a lançar nesta dança de comercialismo, com talvez o mesmo idealismo engenhoso que marcou a formação dos primeiros espaços dirigidos por artistas há vinte anos atrás. Porém, este movimento não impede a existência continuada dos espaços alternativos. Iniciativas dirigidos pelos artistas que recebem doações de fundos públicos continuam a ser necessários para a sobrevivência e vitalidade da cultura canadiana em todas as suas variações e permutações. A YYZ agora tem 21 anos de história para sobrepujar e para assegurar. O conselho e o pessoal da galeria acreditam que é importante reconhecer esta história da arte que programamos, dos livros que publicamos, e dos eventos que organizamos.
Espaços dirigidos por artistas atraem pessoas com uma paixão pela arte contemporânea e com um compromisso teimoso com o discurso crítico. Num mundo em que tudo está demasiado cínico, tímido, e niilista, isso será tudo o que de “alternativo” alguém poderia esperar."
É um catálogo de uma exposição que ocorreu em 5 galerias - uma em São Francisco, EUA, outra em Toronto, Canadá, outra em Christchurch, na Nova Zelândia, outra em Lisboa - Galeria Zé dos Bois - e outra em Taipei na China. A exposição chamava-se "Sister Spaces" e teve lugar de 8 de Setembro a 28 de Outubro de 2000.
A mim calhou-me a tradução relativa à galeria YYZ Artists’ Outlet em Toronto, Canadá, começada pela Gilda e que eu corrigi.
"Eram arrivistas impertinentes nos anos 70 e 80, cheios até a borda com iconoclasmo criativo, irreverência, e comunalismo anárquico. Forneceram um ponto de partida para uma geração de artistas que não queriam vender as suas obras e muito menos queriam estabelecer uma conversa de jantar interessante com coleccionadores aborrecidos e milionários. Mas hoje, muitos dos espaços geridos por artistas estão a tornar-se nos sentinelas grisalhos duma alternativa institucionalizada. Presos a comissões e a enfrentar responsabilidades administrativas consideráveis, os espaços dirigidos por artistas têm de trabalhar mais que nunca para manter as suas concessões, e a sua reputação de inovadores está a ser posta em causa por uma série de galerias comerciais e salas privadas que têm vindo a emergir.
Quando a YYZ Artists’ Outlet foi fundada em 1979, uma primeira fornada de espaços alternativos em Toronto encontrava-se numa fase de autodestruição devido ao arruinar de interesses colectivos, ao aumento de responsabilidades burocráticas e administrativas, à crítica governamental, e a um mal-estar teórico em geral (leia-se: pós-modernismo) – a excepção digna de nota é A Space, que ainda hoje está em operação. Os fundadores, da YYZ, foram um grupo de graduados da escola de arte, que não tinham outra ambição sem ser a de criar um espaço onde podiam mostrar as suas obras. Como afirma Kim Todd, a primeira gerente da YYZ, “Não queremos adoptar a história de ninguém.”
Os fundadores da YYZ nunca redigiram um mandato, nem definição da missão, nem se declaram opositores a qualquer instituição rival. Eram simplesmente algo mais, qualquer coisa que surgiu de um longo desejo por algo que ainda não existia. Ser “alternativo” implica manter uma relação ou estar em diálogo com uma outra entidade mais convencional, mas, no Canadá, nunca houve uma grande tradição de institucionalização artística para que o alternativo pudesse ser construído em oposição, como aconteceu nos Estados Unidos e na Europa.
O mandato corrente da YYZ é uma formação posterior, por assim dizer, criado para esboçar explicitamente as paixões, compromissos, e actividades. A galeria dedica-se a três áreas de programação – as artes visuais, as artes temporais, e a publicação – os quais estão sujeitos à mudança. A programação das artes temporais foram introduzidas para o inventário de exibições em 1987 para acomodar e encorajar o número crescente de artistas que trabalhava em cinema, vídeo, ou na representação. Em discussões recentes entre os membros do conselho discute-se a manutenção de uma distinção entre as artes visuais e temporais, numa altura em que cada vez mais os artista criam obras multidisciplinares. Em 1998, a YYZ publicou a sua primeira colecção de escritos de crítica, como consequência de uma série de conferências muito bem sucedidas e de debates, por si produzidos. A secção de publicações, YYZ Books, agora bem estabelecida, mantém o compromisso adoptado pela galeria em discursar.
Dentro do seu ensaio para o catálogo do décimo aniversário da galeria, Decalog, Barbara Fischer descreveu a YYZ como uma organização que “navegou numa rota rizomática, valendo-se das energias e dos interesses de uma comunidade baseada em Toronto.” Os membros do conselho, com quem tenho mantido contacto durante os anos, são da mesma opinião: mostrar obras da arte, as quais acham provocantes, será sempre a prioridade. A estrutura do conselho convocatório garante que o conceito do termo “provocante” nunca será estática.
Susan Kealey, uma artista, escritora, e participante há muito tempo na cultura dirigida pelos artistas, entrou no conselho da YYZ em 1989. Em 1999, concluiu num artigo da revista Fuse: “Parece inútil discutir se os CDPAs [Centros Dirigidos Pelos Artistas] continuam alternativos, porque é claro que se tornaram instituições, apesar da programação se distinguir da dos museus e galerias públicas. Mas os CDPA ainda conseguem exercer a diferença – simplesmente porque são dirigidos por artistas.”
Kealey tem razão ao afirmar que, num contexto canadiano, a discussão “alternativa” acerca dos espaços dirigidos por artistas é agora irrelevante. Alternativo tem definitivamente servido como um adjectivo útil, como uma espécie de símbolo de estenografia que se refere a uma história particular ou a assinalar um género de envolvimento com a arte que difere da moda corrente. Kealey também tem razão em reconhecer que os espaços dirigidos por artistas – pelo menos em Toronto – já são instituições. A pergunta mais interessante de hoje, na minha opinião, não é “Será que os espaços dirigidos por artistas são alternativos?”, mas “Será que as instituições podem ser relevantes?” O desafio é claro, e é um dos que a YYZ enfrenta directamente. A galeria pode mostrar, e mostra, as obras que seriam censurados na maioria dos museus e galerias públicas. Como instituições, a YYZ pode conceder um certo “selo de homologação” aos artistas e às suas obras, uma legitimidade que de outra maneira poderia eludi-los por muitos anos. A YYZ ainda paga, aos artistas, os honorários mais altos de todas as galerias alternativas no Canadá (por um exposição individual um artista recebe $1,200 canadianos), pondo a par as artes temporais com as artes visuais, e os artistas seniores com aqueles que neste momento estão emergir.
Nos dias de hoje, e face à diminuição dos fundos governamentais, os espaços “alternativos” de Toronto – ainda que não pretendam o rótulo – tendem a ser galerias comerciais do tipo “faça você mesmo” e com orçamentos limitados. Os artistas estão se a lançar nesta dança de comercialismo, com talvez o mesmo idealismo engenhoso que marcou a formação dos primeiros espaços dirigidos por artistas há vinte anos atrás. Porém, este movimento não impede a existência continuada dos espaços alternativos. Iniciativas dirigidos pelos artistas que recebem doações de fundos públicos continuam a ser necessários para a sobrevivência e vitalidade da cultura canadiana em todas as suas variações e permutações. A YYZ agora tem 21 anos de história para sobrepujar e para assegurar. O conselho e o pessoal da galeria acreditam que é importante reconhecer esta história da arte que programamos, dos livros que publicamos, e dos eventos que organizamos.
Espaços dirigidos por artistas atraem pessoas com uma paixão pela arte contemporânea e com um compromisso teimoso com o discurso crítico. Num mundo em que tudo está demasiado cínico, tímido, e niilista, isso será tudo o que de “alternativo” alguém poderia esperar.
Eram arrivistas impertinentes nos anos 70 e 80, cheios até a borda com iconoclasmo criativo, irreverência, e comunalismo anárquico. Forneceram um ponto de partida para uma geração de artistas que não queriam vender as suas obras e muito menos queriam estabelecer uma conversa de jantar interessante com coleccionadores aborrecidos e milionários. Mas hoje, muitos dos espaços geridos por artistas estão a tornar-se nos sentinelas grisalhos duma alternativa institucionalizada. Presos a comissões e a enfrentar responsabilidades administrativas consideráveis, os espaços dirigidos por artistas têm de trabalhar mais que nunca para manter as suas concessões, e a sua reputação de inovadores está a ser posta em causa por uma série de galerias comerciais e salas privadas que têm vindo a emergir.
Quando a YYZ Artists’ Outlet foi fundada em 1979, uma primeira fornada de espaços alternativos em Toronto encontrava-se numa fase de autodestruição devido ao arruinar de interesses colectivos, ao aumento de responsabilidades burocráticas e administrativas, à crítica governamental, e a um mal-estar teórico em geral (leia-se: pós-modernismo) – a excepção digna de nota é A Space, que ainda hoje está em operação. Os fundadores, da YYZ, foram um grupo de graduados da escola de arte, que não tinham outra ambição sem ser a de criar um espaço onde podiam mostrar as suas obras. Como afirma Kim Todd, a primeira gerente da YYZ, “Não queremos adoptar a história de ninguém.”
Os fundadores da YYZ nunca redigiram um mandato, nem definição da missão, nem se declaram opositores a qualquer instituição rival. Eram simplesmente algo mais, qualquer coisa que surgiu de um longo desejo por algo que ainda não existia. Ser “alternativo” implica manter uma relação ou estar em diálogo com uma outra entidade mais convencional, mas, no Canadá, nunca houve uma grande tradição de institucionalização artística para que o alternativo pudesse ser construído em oposição, como aconteceu nos Estados Unidos e na Europa.
O mandato corrente da YYZ é uma formação posterior, por assim dizer, criado para esboçar explicitamente as paixões, compromissos, e actividades. A galeria dedica-se a três áreas de programação – as artes visuais, as artes temporais, e a publicação – os quais estão sujeitos à mudança. A programação das artes temporais foram introduzidas para o inventário de exibições em 1987 para acomodar e encorajar o número crescente de artistas que trabalhava em cinema, vídeo, ou na representação. Em discussões recentes entre os membros do conselho discute-se a manutenção de uma distinção entre as artes visuais e temporais, numa altura em que cada vez mais os artista criam obras multidisciplinares. Em 1998, a YYZ publicou a sua primeira colecção de escritos de crítica, como consequência de uma série de conferências muito bem sucedidas e de debates, por si produzidos. A secção de publicações, YYZ Books, agora bem estabelecida, mantém o compromisso adoptado pela galeria em discursar.
Dentro do seu ensaio para o catálogo do décimo aniversário da galeria, Decalog, Barbara Fischer descreveu a YYZ como uma organização que “navegou numa rota rizomática, valendo-se das energias e dos interesses de uma comunidade baseada em Toronto.” Os membros do conselho, com quem tenho mantido contacto durante os anos, são da mesma opinião: mostrar obras da arte, as quais acham provocantes, será sempre a prioridade. A estrutura do conselho convocatório garante que o conceito do termo “provocante” nunca será estática.
Susan Kealey, uma artista, escritora, e participante há muito tempo na cultura dirigida pelos artistas, entrou no conselho da YYZ em 1989. Em 1999, concluiu num artigo da revista Fuse: “Parece inútil discutir se os CDPAs [Centros Dirigidos Pelos Artistas] continuam alternativos, porque é claro que se tornaram instituições, apesar da programação se distinguir da dos museus e galerias públicas. Mas os CDPA ainda conseguem exercer a diferença – simplesmente porque são dirigidos por artistas.”
Kealey tem razão ao afirmar que, num contexto canadiano, a discussão “alternativa” acerca dos espaços dirigidos por artistas é agora irrelevante. Alternativo tem definitivamente servido como um adjectivo útil, como uma espécie de símbolo de estenografia que se refere a uma história particular ou a assinalar um género de envolvimento com a arte que difere da moda corrente. Kealey também tem razão em reconhecer que os espaços dirigidos por artistas – pelo menos em Toronto – já são instituições. A pergunta mais interessante de hoje, na minha opinião, não é “Será que os espaços dirigidos por artistas são alternativos?”, mas “Será que as instituições podem ser relevantes?” O desafio é claro, e é um dos que a YYZ enfrenta directamente. A galeria pode mostrar, e mostra, as obras que seriam censurados na maioria dos museus e galerias públicas. Como instituições, a YYZ pode conceder um certo “selo de homologação” aos artistas e às suas obras, uma legitimidade que de outra maneira poderia eludi-los por muitos anos. A YYZ ainda paga, aos artistas, os honorários mais altos de todas as galerias alternativas no Canadá (por um exposição individual um artista recebe $1,200 canadianos), pondo a par as artes temporais com as artes visuais, e os artistas seniores com aqueles que neste momento estão emergir.
Nos dias de hoje, e face à diminuição dos fundos governamentais, os espaços “alternativos” de Toronto – ainda que não pretendam o rótulo – tendem a ser galerias comerciais do tipo “faça você mesmo” e com orçamentos limitados. Os artistas estão se a lançar nesta dança de comercialismo, com talvez o mesmo idealismo engenhoso que marcou a formação dos primeiros espaços dirigidos por artistas há vinte anos atrás. Porém, este movimento não impede a existência continuada dos espaços alternativos. Iniciativas dirigidos pelos artistas que recebem doações de fundos públicos continuam a ser necessários para a sobrevivência e vitalidade da cultura canadiana em todas as suas variações e permutações. A YYZ agora tem 21 anos de história para sobrepujar e para assegurar. O conselho e o pessoal da galeria acreditam que é importante reconhecer esta história da arte que programamos, dos livros que publicamos, e dos eventos que organizamos.
Espaços dirigidos por artistas atraem pessoas com uma paixão pela arte contemporânea e com um compromisso teimoso com o discurso crítico. Num mundo em que tudo está demasiado cínico, tímido, e niilista, isso será tudo o que de “alternativo” alguém poderia esperar."
Autógrafos I - Manuel João Vieira
Nas Presidenciais de 2001 houve um candidato sui generis, que talvez pouca gente se lembre dele por causa desse episódio, talvez ainda menos gente saiba da sua faceta de pintor no Grupo Homeostético, mas lembram-se dele porque é o inconfundível vocalista dos Ena Pá 2000 e d'Os Irmãos Catita.
Mas na campanha dessas eleições de Janeiro de 2001, o meu amigo Pedro "de Setúbal" Figueiredo comendo uma bucha ao balcão, em Lisboa, deparou-se com o Manuel João Lello Marmelo e pediu-lhe um autógrafo para mim. No seu cartão pessoal que não mostro aqui por razões de publicidade.
Encontrei-o hoje a arrumar um saco velho e fica aqui para a posteridade.
Mas na campanha dessas eleições de Janeiro de 2001, o meu amigo Pedro "de Setúbal" Figueiredo comendo uma bucha ao balcão, em Lisboa, deparou-se com o Manuel João Lello Marmelo e pediu-lhe um autógrafo para mim. No seu cartão pessoal que não mostro aqui por razões de publicidade.
Encontrei-o hoje a arrumar um saco velho e fica aqui para a posteridade.
sexta-feira, agosto 06, 2004
Last day in...
Ainda não comecei a fazer a mala. Comprei-a ontem, num Bazar Chinês. Só me tenho preocupado com as coisas que não dependem de mim ou que me comprometi com outros a fazer. A mala faço-a amanhã nas calmas. Vai sempre faltar alguma coisa.
Esta é possivelmente a aventura mais fácil de todas. Ir para Inglaterra 3 meses é tão mais fácil se comparado com 9 meses nos Estados Unidos, 3 semanas no Japão ou 1 semana em São Tomé. Inglaterra é Europa, mesmo que eles continuem a achar que não, mesmo que lá tenhamos que usar outra moeda, conduzir do lado "errado" ou beber cerveja quente. Inglaterra é a nação europeia cuja história mais uniu a Portugal, pelas boas ou más razões. As descobertas se calhar nunca teriam acontecido se o Infante D. Henrique (e a ínclita geração) não tivesse tido uma educação britânica, coisa que temos agradecer à inglesa D. Filipa de Lencastre (Lencaster).
Na Inglaterra fala-se inglês (possivelmente o meu segundo idioma), gostam de futebol e cerveja. Mas do que eu vou mais sentir saudades é de um bom peixe (incluindo o bacalhau), dos chouriços e do vinho. Eu sei o que passei nos Estados Unidos... Mas desta vez estou muito mais perto de casa.
Por isso ontem fui jantar um belo peixe ao novo restaurante do meu roteiro gastronómico. A "Cantina-Bar da Lota", no edifício da Lota de Aveiro, na Gafanha da Nazaré. Recomenda-se!
Levei uns amigos comigo, para que me recorde deles felizes. Não que vá embora por muito tempo, mas porque é sempre bom estar com amigos. E porque assim é, hoje fui almoçar um belo arroz de pato aos "2 Duques" (aqui em Aveiro e que também se recomenda), com os meus colegas de trabalho. Com tanto almoço e jantar "de despedida" ainda acabo a não caber no avião ou a pagar excesso de peso na bagagem.
Mas voltando à aventura, que na verdade pouco tem de aventura, pois tenho apartamento, carro e roupa lavada, mas que de empresa tem apenas o facto de mudar de um dia para outro de uma cidade à beira mar, recheada de praias de areia branca e muito sol para uma cidade que em tempos foi agrícola e que hoje é dedicada à industria tecnológica, no interior de Inglaterra, onde o sol nem sempre gosta de aparecer.
Mas fico com saudades. Irónico que quando fui ontem ao tatuador emendar a minha tatuagem, a música que tocava era um tema dos anos 80, do Philip Oakey e Giorgio Moroder, chamado "Together in Electric Dreams":
"We'll always be together
However far it seems
We'll always be together
Together in Electric Dreams"
Esta é possivelmente a aventura mais fácil de todas. Ir para Inglaterra 3 meses é tão mais fácil se comparado com 9 meses nos Estados Unidos, 3 semanas no Japão ou 1 semana em São Tomé. Inglaterra é Europa, mesmo que eles continuem a achar que não, mesmo que lá tenhamos que usar outra moeda, conduzir do lado "errado" ou beber cerveja quente. Inglaterra é a nação europeia cuja história mais uniu a Portugal, pelas boas ou más razões. As descobertas se calhar nunca teriam acontecido se o Infante D. Henrique (e a ínclita geração) não tivesse tido uma educação britânica, coisa que temos agradecer à inglesa D. Filipa de Lencastre (Lencaster).
Na Inglaterra fala-se inglês (possivelmente o meu segundo idioma), gostam de futebol e cerveja. Mas do que eu vou mais sentir saudades é de um bom peixe (incluindo o bacalhau), dos chouriços e do vinho. Eu sei o que passei nos Estados Unidos... Mas desta vez estou muito mais perto de casa.
Por isso ontem fui jantar um belo peixe ao novo restaurante do meu roteiro gastronómico. A "Cantina-Bar da Lota", no edifício da Lota de Aveiro, na Gafanha da Nazaré. Recomenda-se!
Levei uns amigos comigo, para que me recorde deles felizes. Não que vá embora por muito tempo, mas porque é sempre bom estar com amigos. E porque assim é, hoje fui almoçar um belo arroz de pato aos "2 Duques" (aqui em Aveiro e que também se recomenda), com os meus colegas de trabalho. Com tanto almoço e jantar "de despedida" ainda acabo a não caber no avião ou a pagar excesso de peso na bagagem.
Mas voltando à aventura, que na verdade pouco tem de aventura, pois tenho apartamento, carro e roupa lavada, mas que de empresa tem apenas o facto de mudar de um dia para outro de uma cidade à beira mar, recheada de praias de areia branca e muito sol para uma cidade que em tempos foi agrícola e que hoje é dedicada à industria tecnológica, no interior de Inglaterra, onde o sol nem sempre gosta de aparecer.
Mas fico com saudades. Irónico que quando fui ontem ao tatuador emendar a minha tatuagem, a música que tocava era um tema dos anos 80, do Philip Oakey e Giorgio Moroder, chamado "Together in Electric Dreams":
"We'll always be together
However far it seems
We'll always be together
Together in Electric Dreams"
quinta-feira, agosto 05, 2004
Henri Cartier-Bresson
Uma homenagem ao melhor fotógrafo do século passado - Henri Cartier-Bresson - morto na segunda-feira, mas só ontem é que se soube. Fundador da agência Magnum, morreu aos 95 anos de velhice.
Viajou a vida toda, por toda a parte e deixou um registo inigualável do mundo do século XX.
terça-feira, agosto 03, 2004
LP-&-3P Tours Lda. - Dia 0 a 5
[Dia Zero] Afinal há dia Zero!
A mochila está pronta.
Ficou bem mais pequena do que eu esperava.
[Dia 1] YYEEEEeeeeeeeeeeeeessssssssssssssssss
Sentir o peso da mochila nos ombros.
O cheiro da aventura no ar.
Voo atrasado 30 minutos. Ninguém dá por isso.
BA [n.r.: British Airways] até deu-nos sandes aquecidas no microondas!!! uaua
Cheeeeeeeeeeeeeeeegggaaaaaaamossssssssssss!!!!
Temperatura amena. T-shirt is enough!!
Compramos um one day travel card e já visitámos: Convent Garden, Picadilly Circus, Soho, China Town.
Jantámos umas lasanhas e as cervejas custaram mais do que a comida!!! Boa onda. O barzinho estava animado mas à 1H20 era fim de festa para eles e início para nós!!! OK! Amanhã apanhamos a pedalada ou seja começamos a beber mais cedo!!!
[Dia 2] 30 Jul - Londres
IIIIuuuuuuuuuuuuu
Já entrámos na corrida desenfreada às agências de viagens.
Má altura dizem eles, mas nós não acreditamos nisso.
LP [n.r.: Luís Pitta] aplica-se à tarefa árdua de pesquisar e procurar os melhores deals para as viagens.
3P [n.r.: Paula Vidinhas] dedica-se aos museus e ao turismo.
Destinos na calha: Sydney, Bangkok, Hong-Kong, Delhi, Bali e Auckland.
Loja 1: Thomas Cook - A mulher era lenta e parda.
Passemos para a loja 2: bla bla
Loja 3: ble ble
...
Loja 324: Melhor! Melhor porque já não oiço nada com o cansaço!!!
Preços para Sydney: 720 Libras com taxas!! É alto!
Preços para Bankok: 620 Libras com 2 noites em Hotel de Luxo incluídas!!! Bem. Mesmo assim e' caro! E Thailand já conhecemos...
Londres é muito caro mas a 3P diverte-se à brava a gastar dinheiro do meu cartão de crédito!!
Ainda bem que trouxe 3 cartões desses, quando um secar temos ainda mais 2!!!! Valeu Galera!!!
Nepal Surgiu por 450 Libras com taxas. Estamos a ponderar.
Isto promete...
[Dia 3] 31 Jul - Sábado em Londres é bom....
É bom para:
- Gastar dinheiro
- Ver museus atolhados de turistas
- Andar milhas a pé e pagar 750 Escudos por 2 cafézinhos expressos!!!
Mas também é bom para procurar voos na:
- Trailfinders e na TravelBag, por sinal com espectaculares lojas aqui ao vivo e em directo.
Hoje de manhã enquanto a 3P curtia museus desenfreadamente aqui o je palmilhava a South Kensington St. e a Trailfinders deu-me as seguintes dicas e preços:
Pequim: 600 Libras. Pareceu-nos bem. Acho que vamos para a China!!!
Corremos a livraria para ler um pouco do Lonely Planet China!!!!
[Dia 3] 31 Jul - Parte 2 - Londres
Delhi: Custa só 560 Libras!!!
Afinal vamos para a India!
Yyyyesssss
opsssss
Esperem...
parece-me
que
a
3P
está
a
entrar
em
PÂAAAAAAAAAAnniiiCCCCCCCCOOOO
Porquê, perguntam vocês!!!!
Está com medo de ir para a Índia. Diz que não gosta de ver meninos aleijados e mal nutridos a puxarem pelas mangas da sua T-shirt. Incomoda-a e diz não estar psicologicamente preparada.
Bem!!! Não é grave, vamos a correr à livraria ler um pouco sobre a Índia.
[Dia 3] 31 Jul / Parte 3 - Sabem onde estamos?
Estamos em Londres!!!!
Trá lá lá lá LÁ
Afinal decidimos ficar o mês de Agosto em Londres!
A 3P está a adorar....
Não tenho hipótese de escolha: Tenho de adorar também.
Estou a aDORAR!!! Adoro Londres. UUUUUindo!!!!!
Londres é UUUUilndu (não bebo mais hoje).
[Dia 4] - Londres.. Caro!!! ui ui ui
Domingo em Londres é sempre muito bom.
Dormir até à uma da tarde. (perdemos o pequeno-almoço, incluído na diária do nosso "fabuloso" hotel)
Corremos para agência de viagens e zássss reservámos 2 bilhetes para
Sydney!
[Dia 5] - 2 de Agosto - Londres - Ainda!!!
UUUUUiiiiiiiiiiiiiii
Londres continua no mesmo lugar a sugar-nos até à medula óssea. Acho que já gastámos o equivalente a 95 dias no BANgladesh!!!
Por falar em Bangladesh:
ANULAMOS AS NOSSAS RESERVAS PARA A AUSTRÁLIA, fizemos outra para o Nepal que entretanto também já anulámos e agora acabámos de comprar 2 passagens sabem para onde?
Pois vamos mesmo para Faro!!!! Grandes promoções tem estes tipos para o Algarve. Achámos que seria uma boa ideia e pronto....
YEESSSSSS
Vais ser a loucura total.
[Dia 5] - 2 Agosto - Londres - Parte 243
Londres,
A 3P afinal não gostou da ideia de irmos para Faro!!!
- Não sei porquê?
- Olha olha um voo barato para Colombo!
- Onde fica Colombo, pergunto eu?
- Ali mesmo no finzinho da Índia, uma ilha em forma de gota de água.
- Parece-me bem, digo eu em grego arcaico.
- Passa-me ai o VISA que trato já de fazer a compra de 2 bilhetes!!!
Zás trás pás
Bilhetes comprados e assunto finalmente arrumado...
Digam todos comigo: "IIIIIIIIIIIIIIuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu"
Todas as nossas energias apontam agora para a ilha em forma de gota d'água.
- Corre corre LP vamos à livraria comprar o Lonely Planet Sri Lanka.
- Yes!! Grande ideia 3P.
Amanhã vamos apanhar um aviaozinho da Gulf Air para Abu Dhabi e depois daí até Colombo. Só chegamos no dia seguinte por volta das 7 da manhã.
[n.r.: Aguardam-se novidades da Ilha de Colombo no Sri Lanka. Mas não fico surpreendido se vierem das Falkland.]
segunda-feira, agosto 02, 2004
Palhaça: Dogmas da Gestão
Justiça
- "Estamos atentos a esses problemas!" - Esquece isso.
- "O teu problema não foi esquecido." - É melhor esqueceres mesmo.
- "As coisas demoram o seu tempo." - Espera mais dois anos e pode ser que haja novidades.
- "A empresa não se vai esquecer de ti." - Omite isso da tua memória!
- "Depois eles vêm cá pôr os ovos." - Depois eles vêm cá deixar o fundo das panelas.
- "Só ficamos com o fundo das panelas." - Eles escolhem e nós ficamos com os restos dos trabalhos.
Omnisciência
- "Afina daqui, afina dali." - Não sei o que se deve fazer!
- "Pica por cima, pica por baixo." - Idem
- "Este é o roadmap!" - Estamos todos perdidos e não sabemos o que fazer.
- "Estás a ver a Barra? Não é para aí!" - Vês para que serve o roadmap?
- "Ajuda-me a gerir isto." - Estou perdido! Decide tu e diz-me o que decidiste e eu fico com os louros!
- "Ajudem-me a afinar isto!" - Já não sei o que fazer...
- "Mas tu não achas que..." - Não interessa o que achas, tens é que concordar com o que estou a dizer.
- "Tem que haver uma receita para isto!" - Tu és um robot e tens que trabalhar como tal.
- "Entram batatas... saem chouriças" - Tens que seguir a receita.
- "Baralhas e voltas a dar!" - Faças o que fizeres há sempre maneira de te confundir.
- "Já somos adultos! Já sabemos gerir empresas!" – O meu umbigo está enorme.
- "Isto começou por ser uma chafarica..." - Nada mudou!
- "Isso são más influências!" – Já não ouves o que digo, já não fazes o que mando! Não reportas!
- "Posso falar contigo?" - Para lá de não fazer nada e liga-me um bocadinho se não eu choro!
Bondade
- "Mas nós podemos, e devemos,..." - Mas nós podemos e vocês devem...
- "Isto é uma missão." - Pretendemos que trabalhes 14h por dia, 6 dias por semana, sem qualquer tipo de compensação ou regalias.
- "Criar Sinergias!" - Tu trabalhas e nós recebemos.
- "Não digas a empresa, diz nós." - Se tiveres sucesso temos todos, se te lixares lixas-te sozinho.
- "Quero que sejas o meu braço direito!" - Preciso de um tipo que faça aquilo que eu não quero fazer.
- "É só 20% do trabalho." - Dos 200% que espero de ti.
- "A empresa está a crescer." - Não contratamos ninguém, mas há mais trabalho, pelo que tens que trabalhar mais.
- "O fulano vai receber uma pipa de massa." - Arranjámos uma maneira de compensar o fulano, de maneira que a empresa não pague mais impostos e que estes sejam deduzidos no impostos do fulano.
- "O bónus vem disfarçado no aumento." - Boa! És um lindo cordeiro.
- "Não sei se tenho enquadramento para te pagar essas horas extras." - Trabalha! Trabalha! Trabalha! Que eu não te pago um centavo, escravo.
- "Eisselente" - Obrigado, otário!
- "Obrigado, fulano!" - Esta é a minha forma de te compensar pelo teu esforço extra! Os aumentos vem a caminho...
- "Queria agradecer em nome da equipa." – Um Obrigado paga tudo.
- "Temos vindo a trabalhar no sentido de tornar possível. - Não mexemos uma palha, mas tudo aconteceu e teremos que aceitá-lo como tal.
Omnipresença
- "Manda com o meu conhecimento." - Eu tenho que saber tudo o que se passa.
- "Por favor envolve-me nisso." - Andas a esconder-me informação. Faz o favor de me manter a par.
- "Vocês não reportam." - Vocês não me dizem tudo o que fazem.
- "Tens alguns infeeds para me dar?" – Eu sei que sabes coisas que julgas que eu não sei mas devia de saber, mas que já soube por outros?
- "É preciso balizar o trabalho." - Eu não sei nada disto, mas vocês têm que ir buscar a informação a algum lado.
- "É uma questão de a gente perceber." - Estudem! Escrevam documentos! Que eu não tenho tempo para os ler!
- "Tu és os nossos olhos e mãos lá..." - Trabalha para que eu possa ter os louros!!
Omnipotência
- "Não espantes a caça." - Cala-te! Que eu quero que estes gajos vão para onde não querem ir!"
- "Fazes porque eu digo para fazeres!" - Faz o que eu digo não faças o que eu faço.
- "Não!!! Tu vais para a Cazaquistão e para o Burkina Faso..." - Seguimos para bingo.
- "Tenho que mostrar que sou mau senão vocês pensam que eu sou mole!" - Para pensar que eu sou mole já chega a minha mulher.
- "Estás feliz?" - Se não estiveres, azar!
- "Estas informações serão tratadas confidencialmente." - Estás marcado!
Espiritualidade
- "Aqui na Palhaça não há melhor." - Fecha os olhos, a Palhaça é o limite do teu horizonte, estás hipnotizado...
- "Eu quero que vocês trabalhem bem, não que trabalhem muito." - Eu quero é que vocês se f****!
- "Estamos atentos a esses problemas!" - Esquece isso.
- "O teu problema não foi esquecido." - É melhor esqueceres mesmo.
- "As coisas demoram o seu tempo." - Espera mais dois anos e pode ser que haja novidades.
- "A empresa não se vai esquecer de ti." - Omite isso da tua memória!
- "Depois eles vêm cá pôr os ovos." - Depois eles vêm cá deixar o fundo das panelas.
- "Só ficamos com o fundo das panelas." - Eles escolhem e nós ficamos com os restos dos trabalhos.
Omnisciência
- "Afina daqui, afina dali." - Não sei o que se deve fazer!
- "Pica por cima, pica por baixo." - Idem
- "Este é o roadmap!" - Estamos todos perdidos e não sabemos o que fazer.
- "Estás a ver a Barra? Não é para aí!" - Vês para que serve o roadmap?
- "Ajuda-me a gerir isto." - Estou perdido! Decide tu e diz-me o que decidiste e eu fico com os louros!
- "Ajudem-me a afinar isto!" - Já não sei o que fazer...
- "Mas tu não achas que..." - Não interessa o que achas, tens é que concordar com o que estou a dizer.
- "Tem que haver uma receita para isto!" - Tu és um robot e tens que trabalhar como tal.
- "Entram batatas... saem chouriças" - Tens que seguir a receita.
- "Baralhas e voltas a dar!" - Faças o que fizeres há sempre maneira de te confundir.
- "Já somos adultos! Já sabemos gerir empresas!" – O meu umbigo está enorme.
- "Isto começou por ser uma chafarica..." - Nada mudou!
- "Isso são más influências!" – Já não ouves o que digo, já não fazes o que mando! Não reportas!
- "Posso falar contigo?" - Para lá de não fazer nada e liga-me um bocadinho se não eu choro!
Bondade
- "Mas nós podemos, e devemos,..." - Mas nós podemos e vocês devem...
- "Isto é uma missão." - Pretendemos que trabalhes 14h por dia, 6 dias por semana, sem qualquer tipo de compensação ou regalias.
- "Criar Sinergias!" - Tu trabalhas e nós recebemos.
- "Não digas a empresa, diz nós." - Se tiveres sucesso temos todos, se te lixares lixas-te sozinho.
- "Quero que sejas o meu braço direito!" - Preciso de um tipo que faça aquilo que eu não quero fazer.
- "É só 20% do trabalho." - Dos 200% que espero de ti.
- "A empresa está a crescer." - Não contratamos ninguém, mas há mais trabalho, pelo que tens que trabalhar mais.
- "O fulano vai receber uma pipa de massa." - Arranjámos uma maneira de compensar o fulano, de maneira que a empresa não pague mais impostos e que estes sejam deduzidos no impostos do fulano.
- "O bónus vem disfarçado no aumento." - Boa! És um lindo cordeiro.
- "Não sei se tenho enquadramento para te pagar essas horas extras." - Trabalha! Trabalha! Trabalha! Que eu não te pago um centavo, escravo.
- "Eisselente" - Obrigado, otário!
- "Obrigado, fulano!" - Esta é a minha forma de te compensar pelo teu esforço extra! Os aumentos vem a caminho...
- "Queria agradecer em nome da equipa." – Um Obrigado paga tudo.
- "Temos vindo a trabalhar no sentido de tornar possível. - Não mexemos uma palha, mas tudo aconteceu e teremos que aceitá-lo como tal.
Omnipresença
- "Manda com o meu conhecimento." - Eu tenho que saber tudo o que se passa.
- "Por favor envolve-me nisso." - Andas a esconder-me informação. Faz o favor de me manter a par.
- "Vocês não reportam." - Vocês não me dizem tudo o que fazem.
- "Tens alguns infeeds para me dar?" – Eu sei que sabes coisas que julgas que eu não sei mas devia de saber, mas que já soube por outros?
- "É preciso balizar o trabalho." - Eu não sei nada disto, mas vocês têm que ir buscar a informação a algum lado.
- "É uma questão de a gente perceber." - Estudem! Escrevam documentos! Que eu não tenho tempo para os ler!
- "Tu és os nossos olhos e mãos lá..." - Trabalha para que eu possa ter os louros!!
Omnipotência
- "Não espantes a caça." - Cala-te! Que eu quero que estes gajos vão para onde não querem ir!"
- "Fazes porque eu digo para fazeres!" - Faz o que eu digo não faças o que eu faço.
- "Não!!! Tu vais para a Cazaquistão e para o Burkina Faso..." - Seguimos para bingo.
- "Tenho que mostrar que sou mau senão vocês pensam que eu sou mole!" - Para pensar que eu sou mole já chega a minha mulher.
- "Estás feliz?" - Se não estiveres, azar!
- "Estas informações serão tratadas confidencialmente." - Estás marcado!
Espiritualidade
- "Aqui na Palhaça não há melhor." - Fecha os olhos, a Palhaça é o limite do teu horizonte, estás hipnotizado...
- "Eu quero que vocês trabalhem bem, não que trabalhem muito." - Eu quero é que vocês se f****!
domingo, agosto 01, 2004
O Vespertino de Reading
Há cerca de três meses, sabendo que eu estava disposto a fazê-lo, o Freddy propôs ao Team Leader dele, que em vez de contratarem alguém temporariamente propusessem o meu destacamento por três meses para trabalhar em Inglaterra.
Numa história revestida de contornos que só lembra o conto de Hans Christian Andersen "A Roupa Nova do Rei", a diabólica aventura de quem tenta adiar um processo que se encontra já em movimento, só prova que o umbigo nem sempre é o melhor sítio para se olhar quando se está no mundo dos negócios internacionais. Sharks patrol these waters, Sharks patrol these waters - Morphine.
Assim, há cerca de uma semana e meia, num processo em muito semelhante ao ultimato de Janeiro de 1890, conhecido como Ultimato do Mapa Cor-de-rosa, os ingleses arrumaram com todas as indecisões e levaram a deles avante. A deles e a minha, porque a ultima palavra era sempre a minha. Porém contrariaram as decisões dos portugueses em adiar o processo até Outubro.
De um momento para o outro e depois de quase três meses de negociações (à minha margem) sou confrontado em poucas horas com a decisão de abdicar das minhas (e da Cláudia) férias de Verão e fazer um destacamento com partida quase imediata para o Reino Unido. Para tal teria um apartamento à minha espera, um carro alugado e uma viagem mensal para vir a casa, para além de umas justas ajudas de custo diárias. Este era o meu preço!
O apartamento tem cozinha apesar de eu "não saber cozinhar" e as viagens, que eram para serem semanais, devem-se ao facto "da minhas esposa ser professora, não termos filhos e ela precisar do meu apoio". Mas, só seria possível começar o destacamento em Setembro porque "tenho constrangimentos pessoais" provavelmente "inultrapassáveis". "O Rei Vai Nu, O Rei Vai Nu!"
Pois bem! A partir de dia 9 de Agosto de 2004 estarei destacado por um período de 3 meses (extensível a 6 meses) na NEC Technologies UK Ltd, em Reading (que apesar de se escrever da mesma maneira que "reading", o imperativo do verbo ler, lê-se "Réding" – vai-se lá entender estes britânicos).
Não fiquem surpresos se começarem a chegar crónicas d'O Vespertino de Reading pela vossa caixa de correio electrónico adentro. Se ainda não estão inscritos na mailing list inscrevam-se aqui. O blog continuará a servir os seus intuitos mas as Crónicas passarão à margem, apenas sendo enviadas por correio electrónico e colocadas online, com algum atraso, no meu site .
Keep in touch! Cheers!
Numa história revestida de contornos que só lembra o conto de Hans Christian Andersen "A Roupa Nova do Rei", a diabólica aventura de quem tenta adiar um processo que se encontra já em movimento, só prova que o umbigo nem sempre é o melhor sítio para se olhar quando se está no mundo dos negócios internacionais. Sharks patrol these waters, Sharks patrol these waters - Morphine.
Assim, há cerca de uma semana e meia, num processo em muito semelhante ao ultimato de Janeiro de 1890, conhecido como Ultimato do Mapa Cor-de-rosa, os ingleses arrumaram com todas as indecisões e levaram a deles avante. A deles e a minha, porque a ultima palavra era sempre a minha. Porém contrariaram as decisões dos portugueses em adiar o processo até Outubro.
De um momento para o outro e depois de quase três meses de negociações (à minha margem) sou confrontado em poucas horas com a decisão de abdicar das minhas (e da Cláudia) férias de Verão e fazer um destacamento com partida quase imediata para o Reino Unido. Para tal teria um apartamento à minha espera, um carro alugado e uma viagem mensal para vir a casa, para além de umas justas ajudas de custo diárias. Este era o meu preço!
O apartamento tem cozinha apesar de eu "não saber cozinhar" e as viagens, que eram para serem semanais, devem-se ao facto "da minhas esposa ser professora, não termos filhos e ela precisar do meu apoio". Mas, só seria possível começar o destacamento em Setembro porque "tenho constrangimentos pessoais" provavelmente "inultrapassáveis". "O Rei Vai Nu, O Rei Vai Nu!"
Pois bem! A partir de dia 9 de Agosto de 2004 estarei destacado por um período de 3 meses (extensível a 6 meses) na NEC Technologies UK Ltd, em Reading (que apesar de se escrever da mesma maneira que "reading", o imperativo do verbo ler, lê-se "Réding" – vai-se lá entender estes britânicos).
Não fiquem surpresos se começarem a chegar crónicas d'O Vespertino de Reading pela vossa caixa de correio electrónico adentro. Se ainda não estão inscritos na mailing list inscrevam-se aqui. O blog continuará a servir os seus intuitos mas as Crónicas passarão à margem, apenas sendo enviadas por correio electrónico e colocadas online, com algum atraso, no meu site .
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