Esta é possivelmente a aventura mais fácil de todas. Ir para Inglaterra 3 meses é tão mais fácil se comparado com 9 meses nos Estados Unidos, 3 semanas no Japão ou 1 semana em São Tomé. Inglaterra é Europa, mesmo que eles continuem a achar que não, mesmo que lá tenhamos que usar outra moeda, conduzir do lado "errado" ou beber cerveja quente. Inglaterra é a nação europeia cuja história mais uniu a Portugal, pelas boas ou más razões. As descobertas se calhar nunca teriam acontecido se o Infante D. Henrique (e a ínclita geração) não tivesse tido uma educação britânica, coisa que temos agradecer à inglesa D. Filipa de Lencastre (Lencaster).
Na Inglaterra fala-se inglês (possivelmente o meu segundo idioma), gostam de futebol e cerveja. Mas do que eu vou mais sentir saudades é de um bom peixe (incluindo o bacalhau), dos chouriços e do vinho. Eu sei o que passei nos Estados Unidos... Mas desta vez estou muito mais perto de casa.
Por isso ontem fui jantar um belo peixe ao novo restaurante do meu roteiro gastronómico. A "Cantina-Bar da Lota", no edifício da Lota de Aveiro, na Gafanha da Nazaré. Recomenda-se!
Levei uns amigos comigo, para que me recorde deles felizes. Não que vá embora por muito tempo, mas porque é sempre bom estar com amigos. E porque assim é, hoje fui almoçar um belo arroz de pato aos "2 Duques" (aqui em Aveiro e que também se recomenda), com os meus colegas de trabalho. Com tanto almoço e jantar "de despedida" ainda acabo a não caber no avião ou a pagar excesso de peso na bagagem.
Mas voltando à aventura, que na verdade pouco tem de aventura, pois tenho apartamento, carro e roupa lavada, mas que de empresa tem apenas o facto de mudar de um dia para outro de uma cidade à beira mar, recheada de praias de areia branca e muito sol para uma cidade que em tempos foi agrícola e que hoje é dedicada à industria tecnológica, no interior de Inglaterra, onde o sol nem sempre gosta de aparecer.
Mas fico com saudades. Irónico que quando fui ontem ao tatuador emendar a minha tatuagem, a música que tocava era um tema dos anos 80, do Philip Oakey e Giorgio Moroder, chamado "Together in Electric Dreams":
"We'll always be together
However far it seems
We'll always be together
Together in Electric Dreams"
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