[Dia 10] - 7/Agosto – Kandy
Estamos em Kandy. Cidade no centro do Sri Lanka a 500m de altura [n.r.: Altitude].
É calminha e ontem ao chegarmos estávamos a ver que não conseguíamos arranjar dormida. É que as guesthouse fecham cedo e a cadeado!
Finalmente saímos de Colombo, a cidade do fumo de escape e dos edifícios desinteressantes.
Após alguma pesquisa à procura de carro para alugar, acabámos por ir parar à AVIS. O mister lá da agência foi bem simpático pois ajudou-nos a tratar da licença que eles exigem aos estrangeiros para conduzir aqui.
A 3P fez a sua estreia na chamada condução alucinante Srilankesa. Para já guia-se do lado errado da estrada como em Inglaterra, depois a buzina é um dos instrumentos mais importantes que temos dentro do carro. Aliás estamos a pensar em comprar mais umas buzinas para garantir a máxima segurança na condução... ih ih ih hi hi ih.
Fizemos 115 Kms de Colombo até Kandy e demoramos umas 3 horas ou mais. A estrada está cheia de peões de um lado e condutores assassinos do outro. Os autocarros de passageiros são os mais perigosos. Deve ser por isso que tem as buzinas mais fortes!
Ao menos o ar condicionado funciona sem problemas, o que torna a viagem um pouco menos stressante...
Para já parece-nos que esta zona central tem muita cultura e é bem mais relaxante. Vamos continuar pelas plantações de chá', de canela e pelas paisagens de montanha.
Comprámos agora mesmo 2 t-shirts que nos custaram os olhos da cara, quase 2 euros cada! Mas tinha de ser pois estamos com pouca roupa fresca.
Primeiras impressões do Sri Lanka:
Positivo:
- Povo simpático, afável e com bom entendimento da língua inglesa.
- Não são muito melgas (LP). Que ideia (3P).
- Alimentação muito boa (com excelentes condimentos) e barata.
- Transportes públicos muito baratos. Mas nojentos (3P).
- A variedade de diferentes verdes das paisagens, que só' agora começámos a ver.
Negativo:
- São nojentos (3P): comem com as mãos e arrotam bem alto.
- Estão sempre a olhar para mim (3P). Quase nunca olham para mim (LP) com excepção da Guest House em Colombo que eram só' meninas de Colégio.
- A humidade que nos cola a roupa ao corpo (apesar de ser suportável).
- Estão sempre com pressa, não sabem o que é uma fila.
- Colombo: Cidade desinteressante e com um transito caótico, embora haja pior!
[Dia 16] - 13 Agosto 2004 - De regresso a Kandy
Olá Pessoal pensavam que tínhamos desaparecido!!??
Nãããããããoooooo...
Andámos perdidos pelos montes e cidades antigas (séc. 1 a 12).
Pois não, não pois não foi desta que nos perdemos!!
Mas a nossa opinião sobre o povo é a mesma:
Estes Srilankeses são loucos!
Mas extremamente simpáticos, tolerantes e afáveis.
Sorriem com os poucos dentes que costumam ter na cara...
Mas não deixam de ser LOUCOS...
Porquê?
1) Conduzem alucinadamente mas com simpatia, ou seja, quase que nos matam mas avisam primeiro!
Bem mas isso já sabiam, não é?
Sobre a velocidade máxima 72KM/h ela é bem teórica! Na prática conseguimos fazer medias altíssimas de 40 Km/h. Ou seja quaisquer 3 horas e meia servem para percorrer 100 km.
A estrada tem pouco mais que a largura de 1 carro, as camionetas, camiões e os tuk tuk (três rodinhas para os amigos) são mais do que muitos. Buracos e pessoas a andar na berma são o normal. Parece que estamos a jogar o space invaders. Lembram-se?
2) a 3P já guia à moda do Sri Lanka, vejam lá que até fomos mandados parar por uma brigada de trânsito com RADAR!
Sim esses radares sofisticados do tipo pistola "star trek". Adivinhem a quantos kms por hora ia a 3P?
SSSSsssssseeeesssseennntttta e ttttrrrrreeeessss kilometros por hora, essa maluca!!!
Estava em transgressão, pois claro!!
O limite era mesmo de 50 Km/h. Podem não acreditar mas o policia ficou tão surpreso quanto espantado ao ver uma mulher ao volante. Aqui as mulheres não conduzem mesmo! Pior: uma mulher com cabelo esquisito (loiro) e de olhos estranhos (azul).
Ele ficou tão boquiaberto que não teve reacção nenhuma e mandou-nos seguir caminho, mas devagarinho e sem os médios acessos!!!!
Sim porque é a própria polícia a estranhar esta medida adicional de segurança.
Passemos agora à fauna do País: Ao longo destes dias temos visto de tudo a passar à nossa frente... mesmo à frente...
À NOSSA FRENTE MESMO, percebem? Ali a 1 metro de nós...
Cães é mato, vacas e bois nem falar, gazelas algumas mas elefantes não é costume vermos assim a atravessar a rua na maior da descontracção (pudera com aquele porte atlético também eu andava descontraído), iguanas de 2 metros, esquilos, ratos, raposas...
No sector das aves a variedade é enorme. [...]
Acabamos de fazer o triângulo cultural (depois explicamos a ideia), o que quer dizer uma grande parte do centro norte do Sri Lanka.
Até conseguimos meter uma prainha pelo meio, porque cultura de mais faz mal! Fomos até Trincomalee, cidade do Nordeste Srilankes, maioritariamente Indu de religião, Tamil de raça.
A 3P está com um bronze fenomenal e eu para além do bronze estou cheio de bexigas das mordidelas dos filhos da **ta dos mosquitos que parecem ter uma boca maior que o normal, e um apetite voraz por carne ocidental. No outro dia eram tantos atrás de mim que tive de me refugiar no mar a 16 metros de profundidade. foi um mergulho interessante pela vida marinha, algum coral mole embora a visibilidade tenha sido fraca. 30 USD para os estrangeiros. Not so bad!
Mas tudo isto não pode passar sem compras. O LP bem que tenta guardar o dinheiro, mas eu sei muito bem onde ele o guarda, e zás vai de surripiar umas rupias cá' para myself. Temos comprados tecidos, sarons (saias para homem), camisinhas (não essas seus malandros) feitas em batik (pintura típica da Indonésia [...]). E' tudo bastante em conta, mas chegaram a pedir-nos 2000 Rupias por uma camisa e trouxemo-la por 550 Rp.
O processo de regateio é divertido mas temos de ser intolerantes pois eles tem a escola toda.
Agora vamos para o Hotel, temos de descansar, pois a viagem foi longa (45Km) e o rabo está dorido das voltas de bicicleta que demos ontem em Polonaruwa.
Beijos, abraços,
"LP-&-3P Tours Lda."
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