(reparem nas mantas nas cadeiras)
Tudo começou em 2000 com a minha ida para a Califórnia para um estágio. As Crónicas foram servindo de diário da aventura. E continuam, mesmo depois de voltar... E de voltar a sair para Inglaterra, Japão, Luxemburgo, França, Finlândia, Holanda, São Tomé, etc...
Cada aventura ou momento que me permito partilhar está aqui nas Crónicas da Califórnia.
quinta-feira, abril 30, 2009
Fotografias de Heidelberg
(reparem nas mantas nas cadeiras)
segunda-feira, abril 13, 2009
Geocaching
Desde que comprei o meu GPS (Garmin eTrex Vista HCx) que andava com alguma vontade de lhe dar algum uso mais que encontrar uns caminhos numas estradas. Comprei-o para fazer umas caminhadas, descarregar uns percursos e encontrar uns lugares que não encontraria de outra maneira. Há uns tempos que estava curioso em saber como funcionava esta coisa que encontrei no menu, e que se chamava de Geocaching.
Rumámos ao Alentejo para passar o fim-de-semana prolongado de Páscoa. Íamos ficar em Montemor-o-Novo na casa da Rita. Ela, que também já sabia, por alto, desta coisa do Geocaching, e com quem já tinha discutido essa minha vontade, disse-me uns dias antes "Traz o GPS".
Assim, antes de sair de Aveiro, carreguei no GPS as coordenadas de uma cache em Montemor-o-Novo, uns 800 metros de casa dela. Li, mais ou menos, a explicação e levei a ideia de fazer essa cache durante o fim-de-semana. Só para ver como era...
Chegámos a Montemor quase às 4h da tarde e o Baltasar estava a dormir. Não era tarde e nem era cedo! Rumámos à Nossa Senhora da Visitação, à procura da cache "GC1EE8V - Religião - Projecto Alentejo". De GPS em punho em frente à Ermida lá andámos nós para trás e para diante à procura de algo que se assemelhasse a uma caixa Tupperware com prendinhas e um bloco de notas onde pudéssemos escrever o nosso nome a provar que lá tínhamos estado.
E encontrámos… A nossa primeira cache!!!
Fomos a casa descarregámos (de http://www.geocaching.com) mais duas coordenadas e passámos o resto da tarde à procura dos "tesouros" em aldeias abandonadas e igrejas em ruínas. Sexta-feira fizemos mais 5 caches que nos levaram a um castelo abandonado, a um marco geodésico com uma vista fantástica e alguns monumentos perdidos no meio da planície alentejana. E não éramos os únicos, porque havia um grupo de 7 ou 8 pessoas em dois carros a fazer as mesmas caches que nós. No final do dia, ainda procurámos uma cache no Templo de Diana, em Évora, mas nada fizemos para além de figura de parvos a olhar para uma árvore em pleno dia no centro da cidade. E então acabámos a comer caracóis junto à Capela dos Ossos (onde também existe uma cache).
No total, e em todo o fim-de-semana fizemos 10 caches, a última das quais uma multi-cache (uma sequência de localizações onde são dadas pistas para a próxima localização com códigos e jogos) muito engraçada que nos fez percorrer a povoação de Graça do Divor e algumas dos seus monumentos. Tudo muito discreto para não levantar suspeitas sobre as caches e não serem destruídas por muggles (aqueles que não estão a par do "jogo").
Resultado: já combinámos encontrarmo-nos no fim-de-semana de 1 de Maio em S. Pedro de Muel para mais um fim-de-semana de geocaching. E já estamos a ver onde vamos colocar a nossa primeira cache... E a Rita vai trazer uma geocoin para deixarmos em S. Pedro... Ou em Aveiro!
Rumámos ao Alentejo para passar o fim-de-semana prolongado de Páscoa. Íamos ficar em Montemor-o-Novo na casa da Rita. Ela, que também já sabia, por alto, desta coisa do Geocaching, e com quem já tinha discutido essa minha vontade, disse-me uns dias antes "Traz o GPS".
Assim, antes de sair de Aveiro, carreguei no GPS as coordenadas de uma cache em Montemor-o-Novo, uns 800 metros de casa dela. Li, mais ou menos, a explicação e levei a ideia de fazer essa cache durante o fim-de-semana. Só para ver como era...
Chegámos a Montemor quase às 4h da tarde e o Baltasar estava a dormir. Não era tarde e nem era cedo! Rumámos à Nossa Senhora da Visitação, à procura da cache "GC1EE8V - Religião - Projecto Alentejo". De GPS em punho em frente à Ermida lá andámos nós para trás e para diante à procura de algo que se assemelhasse a uma caixa Tupperware com prendinhas e um bloco de notas onde pudéssemos escrever o nosso nome a provar que lá tínhamos estado.
E encontrámos… A nossa primeira cache!!!
Fomos a casa descarregámos (de http://www.geocaching.com) mais duas coordenadas e passámos o resto da tarde à procura dos "tesouros" em aldeias abandonadas e igrejas em ruínas. Sexta-feira fizemos mais 5 caches que nos levaram a um castelo abandonado, a um marco geodésico com uma vista fantástica e alguns monumentos perdidos no meio da planície alentejana. E não éramos os únicos, porque havia um grupo de 7 ou 8 pessoas em dois carros a fazer as mesmas caches que nós. No final do dia, ainda procurámos uma cache no Templo de Diana, em Évora, mas nada fizemos para além de figura de parvos a olhar para uma árvore em pleno dia no centro da cidade. E então acabámos a comer caracóis junto à Capela dos Ossos (onde também existe uma cache).
No total, e em todo o fim-de-semana fizemos 10 caches, a última das quais uma multi-cache (uma sequência de localizações onde são dadas pistas para a próxima localização com códigos e jogos) muito engraçada que nos fez percorrer a povoação de Graça do Divor e algumas dos seus monumentos. Tudo muito discreto para não levantar suspeitas sobre as caches e não serem destruídas por muggles (aqueles que não estão a par do "jogo").
Resultado: já combinámos encontrarmo-nos no fim-de-semana de 1 de Maio em S. Pedro de Muel para mais um fim-de-semana de geocaching. E já estamos a ver onde vamos colocar a nossa primeira cache... E a Rita vai trazer uma geocoin para deixarmos em S. Pedro... Ou em Aveiro!
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Geocaching,
Outdoors
quarta-feira, abril 08, 2009
Inovar
Sexta-feira, num jantar (The Star Trackers Linked In Aveiro) organizado por mim e pelo João Oliveira, tive o prazer de conviver, falar e ouvir o Eng. Carlos Martins, CEO da Martifer.
Trabalho há quase 15 anos em empresas tecnológicas. Empresas inovadoras em termos tecnológicos, que muitas vezes estão na fronteira daquilo que de mais inovador se faz na sua área de actuação. Porém, raras são as vezes em que vejo uma dessas empresas inovar na sua maneira de actuar, na sua maneira de estar no mercado ou internacionalizar-se. Na maioria das vezes vejo empresas em que não há planos, não se analisam os riscos e nunca se revêem procedimentos. Trabalha-se como se trabalhava há 15 ou 20 anos.
Foi com prazer que ouvi o Eng. Carlos Martins a falar de como a Martifer se internacionalizou, tomando a opção de arriscar e avançar para a compra de uma empresa alemã de geradores eólicos porque não queria ficar entalado na cadeia de valor do negócio. Sem a tecnologia e sem o produto final, a Martifer via-se encaixada entre as empresas produtoras de geradores e as empresas gestoras dos parques eólicos, apenas produzindo as estruturas das turbinas eólicas (pás e pés).
Quando olho à volta e vejo nas ditas empresas tecnológicas o medo de se internacionalizar e o comodismo de ficarem encaixadas entre quem especifica a tecnologia (e faz a investigação) e aqueles que comercializam o produto, vejo qual será o nosso futuro. Há raras excepções, mas vem-me sempre à memória alguns empresários que conheço e que não se internacionalizam-se porque dizem não saber inglês ou não fazem planos porque não vêem o retorno disso.
Numa procura rápida no The StarTracker encontro 88 empregados da Martifer em 13 países. Na entrevista do irmão do Eng. Carlos Martins - Jorge Martins, vice-CEO da Martifer - no Diário de Aveiro da semana passada dizia que estavam presentes em 20 países e que não eram uma empresa de Oliveira de Frades que viva para Oliveira de Frades, nem tão pouco uma empresa de Viseu que viva para Viseu. O Eng. Carlos Martins frisou o mesmo, hoje o nosso mercado interno é a Europa. E ainda há quem pense apenas em Aveiro como o seu mercado.
Sei que se pode fazer mais… E não temos que ser tecnologicamente inovadores, mas inovar na maneira de pensar. Pensar diferente, para fazer diferente... Melhor!
Trabalho há quase 15 anos em empresas tecnológicas. Empresas inovadoras em termos tecnológicos, que muitas vezes estão na fronteira daquilo que de mais inovador se faz na sua área de actuação. Porém, raras são as vezes em que vejo uma dessas empresas inovar na sua maneira de actuar, na sua maneira de estar no mercado ou internacionalizar-se. Na maioria das vezes vejo empresas em que não há planos, não se analisam os riscos e nunca se revêem procedimentos. Trabalha-se como se trabalhava há 15 ou 20 anos.
Foi com prazer que ouvi o Eng. Carlos Martins a falar de como a Martifer se internacionalizou, tomando a opção de arriscar e avançar para a compra de uma empresa alemã de geradores eólicos porque não queria ficar entalado na cadeia de valor do negócio. Sem a tecnologia e sem o produto final, a Martifer via-se encaixada entre as empresas produtoras de geradores e as empresas gestoras dos parques eólicos, apenas produzindo as estruturas das turbinas eólicas (pás e pés).
Quando olho à volta e vejo nas ditas empresas tecnológicas o medo de se internacionalizar e o comodismo de ficarem encaixadas entre quem especifica a tecnologia (e faz a investigação) e aqueles que comercializam o produto, vejo qual será o nosso futuro. Há raras excepções, mas vem-me sempre à memória alguns empresários que conheço e que não se internacionalizam-se porque dizem não saber inglês ou não fazem planos porque não vêem o retorno disso.
Numa procura rápida no The StarTracker encontro 88 empregados da Martifer em 13 países. Na entrevista do irmão do Eng. Carlos Martins - Jorge Martins, vice-CEO da Martifer - no Diário de Aveiro da semana passada dizia que estavam presentes em 20 países e que não eram uma empresa de Oliveira de Frades que viva para Oliveira de Frades, nem tão pouco uma empresa de Viseu que viva para Viseu. O Eng. Carlos Martins frisou o mesmo, hoje o nosso mercado interno é a Europa. E ainda há quem pense apenas em Aveiro como o seu mercado.
Sei que se pode fazer mais… E não temos que ser tecnologicamente inovadores, mas inovar na maneira de pensar. Pensar diferente, para fazer diferente... Melhor!
segunda-feira, abril 06, 2009
A minha vida dava um filme do Tim Burton
Comprei o bilhete. Comprei uma garrafa de água e subi para a rampa.
Um tipo de chapéu, e um saco maior que ele, fuma o seu cigarro antes de entrar. Dirijo-me para a carruagem da frente.
Ao meu lado um tipo, sozinho, rindo-se, comenta qualquer coisa acerca de o Intercidades também parar ali. Olho para o homem. Cabelo comprido como já não se usa desde que os UHF deixaram a Rua do Carmo. Olhar vidrado, a fumar e com ar de quem não sabe muito bem porque ali está. Nos seus quarenta, algo alienado, o homem abana a cabeça enquanto lê o aviso da chegada do Intercidades.
Entro no comboio. Sento-me, ponho os auscultadores e oiço Gary Marx.
O homem vem também para o comboio. Abre a porta da cabine do condutor. E entra!
E arrancamos...
(sábado, 4 de Março de 2009, estação de Aveiro)
Um tipo de chapéu, e um saco maior que ele, fuma o seu cigarro antes de entrar. Dirijo-me para a carruagem da frente.
Ao meu lado um tipo, sozinho, rindo-se, comenta qualquer coisa acerca de o Intercidades também parar ali. Olho para o homem. Cabelo comprido como já não se usa desde que os UHF deixaram a Rua do Carmo. Olhar vidrado, a fumar e com ar de quem não sabe muito bem porque ali está. Nos seus quarenta, algo alienado, o homem abana a cabeça enquanto lê o aviso da chegada do Intercidades.
Entro no comboio. Sento-me, ponho os auscultadores e oiço Gary Marx.
O homem vem também para o comboio. Abre a porta da cabine do condutor. E entra!
E arrancamos...
(sábado, 4 de Março de 2009, estação de Aveiro)
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