quinta-feira, setembro 02, 2004

O bicho mordeu-me!

O bicho mordeu-me!
Parte 1

Pois é, fui mordido quando era pequenino pelo bicho das viagens.
Não sei o que me faz viajar tanto, só pode ser o bicho...
Só sei que gosto.
Gosto e viajo muito.
Viajo acompanhado ou sozinho, isso não importa.
Viajo mais sozinho, por falta de companhia no inicio, agora por prazer mesmo.
Viajo primeiro dentro da minha cabeça, a seguir dou por mim a 10 mil quilómetros de casa.
Não tenho saudades da minha terra natal.
Lá fora sinto-me tão bem como "cá dentro".
"Cá dentro" tudo parece ficar em sintonia.
O cansaço físico provoca um descanso mental.
A mente, essa, precisa de descansar, o corpo, esse, pode andar dorido, isso não é importante.
Sou uma pessoa diferente depois de uma viagem. Não deixo de ser eu, mas diferente: "Same, same but different", percebem? E é tão bom. Tão bom que a expressão verbal é somente uma pálida imagem do que realmente sinto. Sentir e verbalizar o que se sente é tão, tão diferente. O verbo é redutor, o sentir é resplandecente. Mas até descobrirmos outra forma de comunicar o que sentimos, ficamos pelo aviso e pelo lamento.
(...)


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