Terça-feira, por volta das dez e meia, quando me preparava para deitar, toca o telemóvel. Quem seria? Não era o toque do meu irmão e o número não fazia parte da minha agenda.
Atendo e ouve-se do outro lado:
- Rui Gonçalves? Daqui fala Paulo Castelo da Antena 3. Estás recordado de ter participado no passatempo dos Placebo? Pois... Desculpa estar a ligar tão em cima da hora, mas estavas como primeiro suplente e um dos finalistas não pode...
Ou seja, eu ia entrar em directo daí a uma hora no programa Indigente do Nuno Calado para me "gladiar" com um outro concorrente sobre uma viagem a Colónia para ver os Placebo na sua apresentação do seu novíssimo álbum. Isto porque eu tinha me divertido a fazer uma lista de músicas que para mim fariam o alinhamento para um concerto "de sonho" da banda.
Foi-me explicado que o Nuno Calado iria pôr no ar excertos de temas, num total de 5, e quem adivinhasse mais ganhava. Se ao final dos 5 temas persistisse um empate, passaríamos ao regime de morte súbita, ou seja, o primeiro que acertasse num tema ganhava.
Ok! Aceitei. Porque não? Do outro lado podia estar um tipo que soubesse menos que eu...
Peguei no portátil e estive a ouvir excertos de temas que achava que o Nuno Calado iria passar. Fui ouvindo e tentando memorizar os nomes, enquanto não adormecia. E assim, fui passando aquela hora, até que tocou o telefone.
O Paulo Castelo voltou a explicar tudo e passou-me ao Nuno Calado. Falei uns momentos com o Nuno Calado e ele pôs-me a ouvir o som da mesa de mistura e que estava a ser emitido. Ele colocou no ar o tema "36 Degrees" dos Placebo e quando acabou apresentou-nos - a mim e à Amanda Fernandes, uma estudante de Sintra.
Eu disse que estive mais atento ao princípio da carreira dos Placebo e que com o advento do mp3 deixei de associar os nomes aos temas. Mas que ia tentar dar o meu melhor!
O Nuno Calado começou a passar os temas... "Slave To The Wage", "Protege-Moi" e "Because I want You (Russell Lissack Bloc Party Remix)" e… Eu não acertei um! E ficámos por ali e a Amanda deve ir no dia 3 de Junho a Colónia ver os Placebo.
E eu fui dormir (de qualquer maneira no dia 3 tenho que ir tirar os pontos)!
Ah! Fica aqui o mail que mandei ao Nuno Calado com a lista de temas dos Placebo para um concerto memorável:
"Aqui segue o setlist que idealizo para um excelente concerto dos Placebo.
Longe de ser um best of (apenas 9 dos 23 temas estão no "Once More with Feeling") é o meu best of para um bom concerto. Com muitos convidados - Johnny Marr, David Bowie, Kim Deal, Martin Gore e Alison Mosshart (que substitui o Michael Stipe no tema "Broken Promise" onde uma voz feminina tornaria o tema mais profundo).
Já estou a imaginar o público a entrar em êxtase quando se houve a Kim Deal a começar o coro do "Where is my mind" e o Brian Molko diz "STOP"... Ou a cara de surpresa com o primeiro tema do primeiro encore.
Aqui está ele:
01. Battle For The Sun [Battle For The Sun]
02. Pure Morning [Without You I'm Nothing]
03. Nancy Boy [Placebo]
04. Special K [Black Market Music]
05. Bigmouth Strikes Again (feat. Johnny Marr) [Nancy Boy CD1 B-Side / Covers]
06. Theme From Funky Reverend [Taste In Men CD1 B-Side]
07. Black-Eyed [Black Market Music]
08. For What It's Worth [Battle For The Sun]
09. This Picture [Sleeping With Ghosts]
10. Without You I'm Nothing (feat. David Bowie) [Without You I'm Nothing CDS]
11. Commercial For Levi [Black Market Music]
12. Special Needs [Sleeping With Ghosts]
13. Where Is My Mind (feat. Kim Deal) [This Picture CDS B-Side / Covers]
14. Protège Moi [Once More with Feeling]
15. Speak in Tongues [Battle For The Sun]
16. Every You Every Me [Without You I'm Nothing]
17. I Feel You (feat. Martin Gore) [Fanclub Cassette / Covers]
1º Encore
18. Mars Landing Party [Pure Morning CD1 B-Side]
19. My Sweet Prince [Without You I'm Nothing]
20. Meds (feat. Alison Mosshart) [Meds]
21. Broken Promise (feat. Alison Mosshart) [Meds]
2º Encore
22. Burguer Queen (Français) [Burguer Queen Français CDS]
23. Song To Say Goodbye [Meds]"
Tudo começou em 2000 com a minha ida para a Califórnia para um estágio. As Crónicas foram servindo de diário da aventura. E continuam, mesmo depois de voltar... E de voltar a sair para Inglaterra, Japão, Luxemburgo, França, Finlândia, Holanda, São Tomé, etc...
Cada aventura ou momento que me permito partilhar está aqui nas Crónicas da Califórnia.
sexta-feira, maio 29, 2009
Indigente
quarta-feira, maio 27, 2009
Coxo
Este fim-de-semana fui participar numa prova de orientação em BTT (ou Ori-BTT) em Barcelos. Já não andava de bicicleta há algumas semanas e já não compito há alguns anos. E apenas fiz uma prova de Ori-BTT com uma carta de 1:10 000 em toda a minha vida. Mas queria voltar a sentir a adrenalina da corrida, a vontade de competir e a sensação de me perder em cima de uma bicicleta.
Escolhi a versão de dificuldade média da prova, para me testar. Consistia em realizar 15 pontos marcados na carta, na ordem estabelecida, no menor tempo possível. A prova tinha uns míseros 9,5 km de extensão estimada, pois poderia ter muito mais dependendo da (des)orientação do concorrente.
Domingo. Parti às 10:30 da manhã de uma localidade de Barcelos chamada Palme. A prova começava a subir... Fiz o primeiro ponto, ainda dentro da povoação e a partir daí foram quase 2 km a subir com uma inclinação de cerca de 10%. Estava de tal maneira desnorteado quando acabei a subida que tive que voltar uma centena de metros atrás para fazer o segundo ponto, pois falhei o caminho onde deveria virar.
Não conseguia pensar bem e demorei a habituar-me à escala e informação da carta. Perdi-me entre o segundo e terceiro ponto. Nem bússola levava... Não havia sol para tirar referências. Mas através das curvas de nível e dos caminhos consegui me localizar na carta. Subi uma enorme ladeira e encontrei o ponto três.
Marquei o ponto no cartão de controlo, desmontei da bicicleta, despi o casaco, respirei fundo e acalmei. Respirei fundo algumas vezes até recuperar o fôlego e a calma. Olhei para a carta durante uns minutos delineando a minha estratégia. E a partir daí nunca mais me perdi. Fui papando os pontos de controlo uns atrás dos outros.
Até que entre o nono e o décimo ponto tive um acidente! Ia a subir muito bem num caminho marcado pelos rodados de um carro, num nível abaixo das bermas e a olhar para a carta. De repente um galho de pinheiro com uns 7 cm de diâmetro que estava na berma é apanhado pela perna esquerda, no seu movimento de pedalada para a frente, e perfura-me a carne. Parei e deparei-me com um golpe profundo acima do tornozelo. Tirei o Camelbak e molhei bem a ferida procurando limpar e estancar o sangue.
Estava a uns 2 ou 3 km da civilização. Passam uns ciclistas que me querem ajudar, mas eu digo-lhes para seguir. Subi o resto do caminho a pé e montei só para descer. Fiz o ponto dez a caminho da chegada. O sangue estancou e não sentia dores. Mas assim que chego ao ponto onze um tipo que tirava fotografias inspecciona a ferida e aconselha-me a voltar o mais rapidamente para a chegada.
Ainda fiz o posto 14 e 15, antes de encontrar os bombeiros que me desinfectam a ferida e fui para o hospital. No hospital dão-me os dois pontos (na perna) que não fiz na prova...
Foi este o meu percurso:
Espero estar pronto para a próxima prova, a 21 de Junho em Águeda!
Escolhi a versão de dificuldade média da prova, para me testar. Consistia em realizar 15 pontos marcados na carta, na ordem estabelecida, no menor tempo possível. A prova tinha uns míseros 9,5 km de extensão estimada, pois poderia ter muito mais dependendo da (des)orientação do concorrente.
Domingo. Parti às 10:30 da manhã de uma localidade de Barcelos chamada Palme. A prova começava a subir... Fiz o primeiro ponto, ainda dentro da povoação e a partir daí foram quase 2 km a subir com uma inclinação de cerca de 10%. Estava de tal maneira desnorteado quando acabei a subida que tive que voltar uma centena de metros atrás para fazer o segundo ponto, pois falhei o caminho onde deveria virar.
Não conseguia pensar bem e demorei a habituar-me à escala e informação da carta. Perdi-me entre o segundo e terceiro ponto. Nem bússola levava... Não havia sol para tirar referências. Mas através das curvas de nível e dos caminhos consegui me localizar na carta. Subi uma enorme ladeira e encontrei o ponto três.
Marquei o ponto no cartão de controlo, desmontei da bicicleta, despi o casaco, respirei fundo e acalmei. Respirei fundo algumas vezes até recuperar o fôlego e a calma. Olhei para a carta durante uns minutos delineando a minha estratégia. E a partir daí nunca mais me perdi. Fui papando os pontos de controlo uns atrás dos outros.
Até que entre o nono e o décimo ponto tive um acidente! Ia a subir muito bem num caminho marcado pelos rodados de um carro, num nível abaixo das bermas e a olhar para a carta. De repente um galho de pinheiro com uns 7 cm de diâmetro que estava na berma é apanhado pela perna esquerda, no seu movimento de pedalada para a frente, e perfura-me a carne. Parei e deparei-me com um golpe profundo acima do tornozelo. Tirei o Camelbak e molhei bem a ferida procurando limpar e estancar o sangue.
Estava a uns 2 ou 3 km da civilização. Passam uns ciclistas que me querem ajudar, mas eu digo-lhes para seguir. Subi o resto do caminho a pé e montei só para descer. Fiz o ponto dez a caminho da chegada. O sangue estancou e não sentia dores. Mas assim que chego ao ponto onze um tipo que tirava fotografias inspecciona a ferida e aconselha-me a voltar o mais rapidamente para a chegada.
Ainda fiz o posto 14 e 15, antes de encontrar os bombeiros que me desinfectam a ferida e fui para o hospital. No hospital dão-me os dois pontos (na perna) que não fiz na prova...
Foi este o meu percurso:
Espero estar pronto para a próxima prova, a 21 de Junho em Águeda!
quinta-feira, maio 21, 2009
A minha vida dava um filme do Roberto Benigni
2008, Março
Na altura tinha decidido deixar a empresa onde era sócio e estava activamente à procura de emprego.
Quinta-feira à noite. Cerca das 22:50, toca o telemóvel. Não é nada normal receber chamadas a essa hora (e não era o meu irmão).
- Boa noite! – ouve-se do outro lado – Rui Gonçalves?
- Sim! Boa noite – respondi.
- Daqui fala da empresa Leash, na sequência da sua candidatura à vaga de Versioning Engineer gostaríamos de agendar uma entrevista para a próxima terça-feira pelas 11:30. É possível?
Se havia coisa que eu tinha nessa altura era uma agenda simples e bastante disponibilidade.
- Sim! – respondi de novo.
- Fica então confirmado, terça-feira às 11:30 aqui nos nossos escritórios. – respondeu. Ao que se seguiu uma pequena explicação da localização dos escritórios e como lá chegar.
Quando desliguei o telemóvel fiquei a pensar que tipo de funcionário de uma empresa, como aquela (com algum prestígio), telefona a candidatos de emprego às 22:50 de uma quinta-feira, para marcar uma entrevista para a semana seguinte, para uma terça-feira. Será que não poderia telefonar na sexta-feira ou mesmo na segunda-feira da manhã? – pensei – É um teste! O tipo está a testar a disponibilidade das pessoas… - e fui dormir.
Segunda-feira à noite. Cerca das 21:50, toca o telemóvel. De novo um número desconhecido.
- Boa noite! – ouve-se do outro lado – Rui Gonçalves?
- Sim! Boa noite – respondi.
- Daqui fala da empresa Leash, na sequência da entrevista marcada para amanhã às 11:30 para a vaga de Versioning Engineer. Seria possível anteciparmos a entrevista em meia-hora?
- Sim! – respondi de novo.
- Fica então confirmado, a entrevista para as 11:00, amanhã, aqui nos nossos escritórios. – respondeu.
No dia seguinte lá fui para o Porto, de maneira a estar nos escritórios da empresa antes das 11:00. Cheguei bem cedo, estacionei, revi umas coisas sobre versionamento e aplicações de controlo de versões de software.
Às 10:50 estava a falar com a recepcionista, que me pediu para aguardar.
A empresa tinha mudado de instalações há muito pouco tempo e ainda se notava que as pessoas não estavam ambientadas ao seu novo local de trabalho. Havia algum reboliço nos corredores, pessoas sempre a entrar e sair, técnicos a instalar cabos e a fazerem furos.
A dada altura um jovem entrou e perguntou, a recepcionista, se podia entregar o seu currículo. E ela ficou com ele. A tipa era eficiente, mas muito bruta. Esteve um bocado a falar com a responsável da empresa de limpeza, a chamar a atenção para a conduta de uma sua funcionária.
E assim fui passando o tempo. Observando o normal funcionamento da empresa Leash, que me ia entrevistar e que poderia até ser o meu próximo local de trabalho.
Aguardei 45 minutos até que apareceu o entrevistador, já passavam 5 minutos da hora agendada (11:30) até à noite anterior. Às 11:45 estávamos prontos para a entrevista, eu, o tipo dos Recursos Humanos que me telefonou e dois engenheiros da empresa.
A sala era pequena, e foi preciso ir buscar mais umas cadeiras para nos podermos sentar todos. Penso que era o gabinete do tipo dos Recursos Humanos.
A entrevista seguiu os trâmites normais. Com a apresentação das pessoas e seguiu-se uma resenha da minha vida profissional e…. A dada altura abre-se a porta por detrás de mim (os outros três estavam de frente para mim e para a porta) e oiço uma voz feminina, algo exaltada e quase aos gritos:
- Oube lá! Roubaste-me a cadeira!
Não me lembro de muito mais da entrevista. Mas lembro-me de pensar "Como é que esta empresa tem o prestígio que tem e consegue ter os clientes que tem?" e ainda pensei pior quando me disseram que não faziam controlo de versões de software, num projecto com quase 100 colaboradores e que mexe com protecção dos dados pessoais. "Que desorganização..."
A partir desse momento devo ter enterrado a entrevista, porque nunca mais me disseram nada.
Na altura tinha decidido deixar a empresa onde era sócio e estava activamente à procura de emprego.
Quinta-feira à noite. Cerca das 22:50, toca o telemóvel. Não é nada normal receber chamadas a essa hora (e não era o meu irmão).
- Boa noite! – ouve-se do outro lado – Rui Gonçalves?
- Sim! Boa noite – respondi.
- Daqui fala da empresa Leash, na sequência da sua candidatura à vaga de Versioning Engineer gostaríamos de agendar uma entrevista para a próxima terça-feira pelas 11:30. É possível?
Se havia coisa que eu tinha nessa altura era uma agenda simples e bastante disponibilidade.
- Sim! – respondi de novo.
- Fica então confirmado, terça-feira às 11:30 aqui nos nossos escritórios. – respondeu. Ao que se seguiu uma pequena explicação da localização dos escritórios e como lá chegar.
Quando desliguei o telemóvel fiquei a pensar que tipo de funcionário de uma empresa, como aquela (com algum prestígio), telefona a candidatos de emprego às 22:50 de uma quinta-feira, para marcar uma entrevista para a semana seguinte, para uma terça-feira. Será que não poderia telefonar na sexta-feira ou mesmo na segunda-feira da manhã? – pensei – É um teste! O tipo está a testar a disponibilidade das pessoas… - e fui dormir.
Segunda-feira à noite. Cerca das 21:50, toca o telemóvel. De novo um número desconhecido.
- Boa noite! – ouve-se do outro lado – Rui Gonçalves?
- Sim! Boa noite – respondi.
- Daqui fala da empresa Leash, na sequência da entrevista marcada para amanhã às 11:30 para a vaga de Versioning Engineer. Seria possível anteciparmos a entrevista em meia-hora?
- Sim! – respondi de novo.
- Fica então confirmado, a entrevista para as 11:00, amanhã, aqui nos nossos escritórios. – respondeu.
No dia seguinte lá fui para o Porto, de maneira a estar nos escritórios da empresa antes das 11:00. Cheguei bem cedo, estacionei, revi umas coisas sobre versionamento e aplicações de controlo de versões de software.
Às 10:50 estava a falar com a recepcionista, que me pediu para aguardar.
A empresa tinha mudado de instalações há muito pouco tempo e ainda se notava que as pessoas não estavam ambientadas ao seu novo local de trabalho. Havia algum reboliço nos corredores, pessoas sempre a entrar e sair, técnicos a instalar cabos e a fazerem furos.
A dada altura um jovem entrou e perguntou, a recepcionista, se podia entregar o seu currículo. E ela ficou com ele. A tipa era eficiente, mas muito bruta. Esteve um bocado a falar com a responsável da empresa de limpeza, a chamar a atenção para a conduta de uma sua funcionária.
E assim fui passando o tempo. Observando o normal funcionamento da empresa Leash, que me ia entrevistar e que poderia até ser o meu próximo local de trabalho.
Aguardei 45 minutos até que apareceu o entrevistador, já passavam 5 minutos da hora agendada (11:30) até à noite anterior. Às 11:45 estávamos prontos para a entrevista, eu, o tipo dos Recursos Humanos que me telefonou e dois engenheiros da empresa.
A sala era pequena, e foi preciso ir buscar mais umas cadeiras para nos podermos sentar todos. Penso que era o gabinete do tipo dos Recursos Humanos.
A entrevista seguiu os trâmites normais. Com a apresentação das pessoas e seguiu-se uma resenha da minha vida profissional e…. A dada altura abre-se a porta por detrás de mim (os outros três estavam de frente para mim e para a porta) e oiço uma voz feminina, algo exaltada e quase aos gritos:
- Oube lá! Roubaste-me a cadeira!
Não me lembro de muito mais da entrevista. Mas lembro-me de pensar "Como é que esta empresa tem o prestígio que tem e consegue ter os clientes que tem?" e ainda pensei pior quando me disseram que não faziam controlo de versões de software, num projecto com quase 100 colaboradores e que mexe com protecção dos dados pessoais. "Que desorganização..."
A partir desse momento devo ter enterrado a entrevista, porque nunca mais me disseram nada.
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A minha vida dava um filme...
terça-feira, maio 19, 2009
Festival de Yoga 2009
Festival de Yoga
Aveiro, 26, 27 e 28 de Junho de 2009
Este ano o Festival de Yoga acontece a Cor de Laranja a 26, 27 e 28 de Junho na Costa Nova, em Aveiro.
Já está disponível toda a informação sobre o mesmo no site do Festival.
Esta que será a sua Quinta edição, terá:
- Dois dias e meio cheios de workshops de yoga e não só. Muito divertimento e descontracção.
- Instrutores de Kundalini e Hatha Yoga, de Portugal, Espanha e Inglaterra.
Uma excelente oportunidade para conhecer diferentes estilos e professores de Yoga que irão partilhar connosco a sua experiência pessoal de prática de Yoga.
- Actividades para crianças em paralelo com as actividades do Festival.
Incluem brincadeiras, actividades, acompanhamento constante e também yoga para crianças.
O Jardim de Lótus
- Serviço de refeições vegetarianas, desta vez incluídas no preço para potencializar o convívio entre os participantes.
- Começa já a sonhar com o TEU Festival de Yoga. Inscreve-te antes de 7 de Junho e usufrui do preço especial.
Tudo isto no Parque de Campismo da Costa Nova que é um pequeno paraíso tão perto e tão longe da cidade de Aveiro, inserido numa envolvente natural privilegiada entre a Ria e o Mar.
Mais informações aqui.
segunda-feira, maio 11, 2009
iQLês?
Burma Chronicles
Guy Delisle
Um estrangeiro na Birmânia (Mianmar). O país que se fechou ao mundo visto a partir de dentro por um canadiano casado com uma médica dos Médicos Sem Fronteiras destacada no país, com um filho bebé. Uma narrativa fluída e apaixonante com uns desenhos naïve quase a fazer lembrar Art Spiegelman.
Drawn & Quarterly, 2008
Shenzhen
Guy Delisle
Depois de ler o "Burma Chronicles" tinha que ler o que antes tinha feito o autor. Este é um registo de viagem da sua passagem pela China, como realizador de filmes de animação. O desenho é mais cru, mas também bastante interessante uma vez que vemos, pelos olhos de um ocidental, situações caricatas de uma aventura (quase como as Crónicas da Califórnia, mas ilustrado).
Exit Wounds
Rutu Modan
Uma história de um amor não correspondido num país em constante estado de emergência. Uma mulher que procura o seu amante desaparecido, num morto não identificado num atentado em Israel, na "esperança" de não ter sido rejeitada. Para isso procura o filho do amante, que não fala com o pai há anos, para tentar identificar o cadáver. Uma história muito interessante com desenhos simples e claros.
Drawn & Quarterly, 2008
A Tetralogia do Monstro
(O Sono do Monstro, 32 de Dezembro, Encontro em Paris e Quatro?)
Enki Bilal
Demorou a terminar a edição desta saga de Enki Bilal. Inicialmente anunciada como uma trilogia acabou por se tornar numa Tetralogia. Percebe-se a ideia dos quatro volumes, mas com tanto enredo não seria pior se fossem só três. Há partes da história que o autor se perde no meio do enredo. Mas mesmo assim é um verdadeiro universo Bilal.
Meribérica/Liber, 1999 - Asa, 2009
Guy Delisle
Um estrangeiro na Birmânia (Mianmar). O país que se fechou ao mundo visto a partir de dentro por um canadiano casado com uma médica dos Médicos Sem Fronteiras destacada no país, com um filho bebé. Uma narrativa fluída e apaixonante com uns desenhos naïve quase a fazer lembrar Art Spiegelman.
Drawn & Quarterly, 2008
Shenzhen
Guy Delisle
Depois de ler o "Burma Chronicles" tinha que ler o que antes tinha feito o autor. Este é um registo de viagem da sua passagem pela China, como realizador de filmes de animação. O desenho é mais cru, mas também bastante interessante uma vez que vemos, pelos olhos de um ocidental, situações caricatas de uma aventura (quase como as Crónicas da Califórnia, mas ilustrado).
Exit Wounds
Rutu Modan
Uma história de um amor não correspondido num país em constante estado de emergência. Uma mulher que procura o seu amante desaparecido, num morto não identificado num atentado em Israel, na "esperança" de não ter sido rejeitada. Para isso procura o filho do amante, que não fala com o pai há anos, para tentar identificar o cadáver. Uma história muito interessante com desenhos simples e claros.
Drawn & Quarterly, 2008
A Tetralogia do Monstro
(O Sono do Monstro, 32 de Dezembro, Encontro em Paris e Quatro?)
Enki Bilal
Demorou a terminar a edição desta saga de Enki Bilal. Inicialmente anunciada como uma trilogia acabou por se tornar numa Tetralogia. Percebe-se a ideia dos quatro volumes, mas com tanto enredo não seria pior se fossem só três. Há partes da história que o autor se perde no meio do enredo. Mas mesmo assim é um verdadeiro universo Bilal.
Meribérica/Liber, 1999 - Asa, 2009
quarta-feira, maio 06, 2009
O mais das viagens...
Depois de uma conversa resolvi ver quais os pontos mais extremos, em termos de latitude e longitude, onde já estive.
Assim, sem contar com viagens de avião, onde já terei passado muito perto do Pólo Norte algumas vezes, os locais mais extremos onde já assentei os pés são:
Norte
Kristiinankaupunki, Finlândia N 62° 16.858'
Edinburgh, Escócia, N 55° 59.411'
Amsterdão, Holanda, N 52° 22.677'
Sul
Maputo, Moçambique S 25° 59.012'
Porto Alegre, S. Tomé, S 0° 2.148'
Oeste
Humboldt, CA, USA W 123° 50.244'
Poynt Reyes, CA, USA W 123° 1.421'
Leste
Noberibetsu-Onsen, Japão E 141° 5.598'
Tokyo, Japão, E 139° 45.558'
Ou seja, já percorri 88º 65,870' de Norte a Sul, e 264º 55,842 de Oeste a Leste.
Portanto, faltam-me ainda quase 100º de Latitude e quase os mesmos de Longitude.
A estes adicionei o sítio mais alto e o mais baixo em que já estive (sem contar com os aviões, novamente).
Mais alto
Perto do Mount Whitney, CA, USA, a cerca de 3000m de altitude
Mais baixo
Badwater, Death Valley National Park, CA, USA, 86m a baixo do nível do mar.
Curiosamente estive nestes dois sítios no espaço de poucas horas, pois distam um do outro apenas 122 km (o suficiente para quase ficar sem gasolina).
Mas aqui ainda me faltam subir uns 5800m para chegar ao ponto mais alto da Terra (Everest, Nepal-Tibet, 8848m) e descer uns 330m para chegar ao ponto mais baixo da Terra (Mar Morto, Israel, -418m).
Ah! E em termos de temperatura?
Temperatura Mais Alta
Death Valley, CA, USA, uns 47º
Temperatura Mais Baixa
Budapeste, Hungria, uns -7º
Referência: Lista de extremos da Terra.
Assim, sem contar com viagens de avião, onde já terei passado muito perto do Pólo Norte algumas vezes, os locais mais extremos onde já assentei os pés são:
Norte
Kristiinankaupunki, Finlândia N 62° 16.858'
Edinburgh, Escócia, N 55° 59.411'
Amsterdão, Holanda, N 52° 22.677'
Sul
Maputo, Moçambique S 25° 59.012'
Porto Alegre, S. Tomé, S 0° 2.148'
Oeste
Humboldt, CA, USA W 123° 50.244'
Poynt Reyes, CA, USA W 123° 1.421'
Leste
Noberibetsu-Onsen, Japão E 141° 5.598'
Tokyo, Japão, E 139° 45.558'
Ou seja, já percorri 88º 65,870' de Norte a Sul, e 264º 55,842 de Oeste a Leste.
Portanto, faltam-me ainda quase 100º de Latitude e quase os mesmos de Longitude.
A estes adicionei o sítio mais alto e o mais baixo em que já estive (sem contar com os aviões, novamente).
Mais alto
Perto do Mount Whitney, CA, USA, a cerca de 3000m de altitude
Mais baixo
Badwater, Death Valley National Park, CA, USA, 86m a baixo do nível do mar.
Curiosamente estive nestes dois sítios no espaço de poucas horas, pois distam um do outro apenas 122 km (o suficiente para quase ficar sem gasolina).
Mas aqui ainda me faltam subir uns 5800m para chegar ao ponto mais alto da Terra (Everest, Nepal-Tibet, 8848m) e descer uns 330m para chegar ao ponto mais baixo da Terra (Mar Morto, Israel, -418m).
Ah! E em termos de temperatura?
Temperatura Mais Alta
Death Valley, CA, USA, uns 47º
Temperatura Mais Baixa
Budapeste, Hungria, uns -7º
Referência: Lista de extremos da Terra.
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