Portugal cai três lugares no índice de competitividade global
Portugal caiu três lugares na edição deste ano do Índice de Competitividade Global do Fórum Económico Mundial (vulgo Fórum de Davos) - está em 34.º lugar, atrás da maior parte dos países da União Europeia, numa lista encabeçada pela Suíça e com vários países nórdicos nos primeiros lugares.
O ranking do Fórum Económico Mundial (FEM) incorpora uma série de factores quantitativos e qualitativos (qualidade de instituições públicas, capacidade de inovação, sistema de ensino, etc.) para medir a competitividade das economias de 125 países.
Portugal é beneficiado por alguns indicadores ligados sobretudo à sua estabilidade política (pouca vulnerabilidade ao terrorismo e ao crime organizado) e à qualidade da sua infra-estrutura de transportes e ao enquadramento jurídico da economia. Onde as coisas correm pior é em indicadores macroeconómicos (o défice) e do sistema de ensino.
Esses defeitos são também apontados na parte qualitativa do índice, resultante de inquéritos: os três factores mais problemáticos para o ambiente empresarial em Portugal são "sector público ineficaz", "leis do trabalho demasiado restritivas" e "força de trabalho mal preparada".
O líder do índice é a Suíça (5,81 pontos na escala de 0 a 7); no último lugar da lista de 125 países está Angola (2,5 pontos).
A Confederação Helvética está no topo da lista graças a uma "combinação de uma capacidade de inovação ímpar e de uma cultura empresarial altamente sofisticada". A Suíça ultrapassa o líder de 2005, os Estados Unidos, que caíram para a sexta posição.
Os EUA continuam a ser líderes mundiais em vários indicadores, como "eficiência dos mercados, ensino superior e sofisticação do sector privado"; mas a economia americana é prejudicada por alguns indicadores macroeconómicos, nomeadamente o seu grande défice externo, e porque os "níveis de eficiência e transparência das suas instituições públicas" não estão a par dos registados na Europa.
Há três nações nórdicas (Finlândia, Suécia, Dinamarca) entre os quatro primeiros, reflectindo a sua excelente situação macroeconómica e a qualidade dos seus sistemas de saúde e educação.
As outras posições cimeiras da lista são ocupadas por nações do Extremo Oriente ou da União Europeia. Portugal fica atrás de países da "Velha Europa" como a França, a Alemanha ou a Espanha, e também de nações do alargamento, como a Estónia e a República Checa.
Os piores da Zona Euro são a Itália (42.º) e a Grécia (47.ª); o país da União mais mal classificado é a Polónia (48.ª).
in Público online, 27.09.2006 - 07h21 Pedro Ribeiro
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