quarta-feira, setembro 27, 2006

Acordar bem disposto...

Portugal cai três lugares no índice de competitividade global

Portugal caiu três lugares na edição deste ano do Índice de Competitividade Global do Fórum Económico Mundial (vulgo Fórum de Davos) - está em 34.º lugar, atrás da maior parte dos países da União Europeia, numa lista encabeçada pela Suíça e com vários países nórdicos nos primeiros lugares.

O ranking do Fórum Económico Mundial (FEM) incorpora uma série de factores quantitativos e qualitativos (qualidade de instituições públicas, capacidade de inovação, sistema de ensino, etc.) para medir a competitividade das economias de 125 países.

Portugal é beneficiado por alguns indicadores ligados sobretudo à sua estabilidade política (pouca vulnerabilidade ao terrorismo e ao crime organizado) e à qualidade da sua infra-estrutura de transportes e ao enquadramento jurídico da economia. Onde as coisas correm pior é em indicadores macroeconómicos (o défice) e do sistema de ensino.

Esses defeitos são também apontados na parte qualitativa do índice, resultante de inquéritos: os três factores mais problemáticos para o ambiente empresarial em Portugal são "sector público ineficaz", "leis do trabalho demasiado restritivas" e "força de trabalho mal preparada".

O líder do índice é a Suíça (5,81 pontos na escala de 0 a 7); no último lugar da lista de 125 países está Angola (2,5 pontos).
A Confederação Helvética está no topo da lista graças a uma "combinação de uma capacidade de inovação ímpar e de uma cultura empresarial altamente sofisticada". A Suíça ultrapassa o líder de 2005, os Estados Unidos, que caíram para a sexta posição.

Os EUA continuam a ser líderes mundiais em vários indicadores, como "eficiência dos mercados, ensino superior e sofisticação do sector privado"; mas a economia americana é prejudicada por alguns indicadores macroeconómicos, nomeadamente o seu grande défice externo, e porque os "níveis de eficiência e transparência das suas instituições públicas" não estão a par dos registados na Europa.

Há três nações nórdicas (Finlândia, Suécia, Dinamarca) entre os quatro primeiros, reflectindo a sua excelente situação macroeconómica e a qualidade dos seus sistemas de saúde e educação.

As outras posições cimeiras da lista são ocupadas por nações do Extremo Oriente ou da União Europeia. Portugal fica atrás de países da "Velha Europa" como a França, a Alemanha ou a Espanha, e também de nações do alargamento, como a Estónia e a República Checa.

Os piores da Zona Euro são a Itália (42.º) e a Grécia (47.ª); o país da União mais mal classificado é a Polónia (48.ª).

in Público online, 27.09.2006 - 07h21 Pedro Ribeiro

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