segunda-feira, maio 09, 2005

A minha vida dava um filme da Disney

Num porto português, mesmo ao pé das montanhas, vivia o nosso amigo João, numa humilde casinha. O João não tinha muito dinheiro, mas tratava dos campos e dos poucos animais que tinha. A vida seguia devagar.

Um dia a fada madrinha veio do outro lado do mundo e transformou a sua modesta casa numa quinta com muitos animais e sete ajudantes anões. Um ajudava-o na lida da quinta, quatro controlavam todos os trabalhadores da quinta, um arranjava os arados e adubos e o sétimo carregava nos "eges". Porém, a fada madrinha, de olhos em bico, avisou que a quinta se transformaria numa abóbora, um dia distante, daí a três anos, pela meia-noite.

O tempo foi passando e o João, agora rico, tocava guitarra, enquanto os seus vizinhos, trabalhavam para amealhar mantimentos suficientes para passarem o inverno que se avizinhava. Quando chegaram as primeiras chuvas o João não ligou e continuou a tocar guitarra, sempre ajudado pela sua inconsciência, o Grilo Falante.

Mas um dia a tristeza, chega ao seu coração, porque gastaram todo o dinheiro que possuíam e o João tem que vender um boi para manter a quinta. E assim levou o boi à feira bovina japonesa. Quando lá chegou, encontra um velho que lhe propõe trocar o boi por uma mão cheia de feijões, que trazia no cesto. O João confiando ser um bom negócio trocou. Quando regressou a casa, os seus sete ajudantes anões, ao verem os feijões, desesperaram e atiraram-nos pela janela.

À procura em toda parte, não importa se for longe, o João decidiu encontrar ajuda. E, nessa altura, o João foi ter com os seus vizinhos, os três porquinhos, para que estes o ajudassem a reaver os seus feijões. Mas o lobo mau soprava a casa do porquinho francês, depois de já ter destruído a casa de palha do porquinho inglês e a casa de madeira do porquinho japonês. A casa do porquinho francês, feita de tijolo, abanava mas aguentava-se e nela abrigavam-se os três porquinhos.

Vendo que a casa não cedia, o Lobo Mau decidiu ajudar o João a semear os feijões com a esperança de que o pé de feijão crescesse, em três meses, e atingisse o céu, onde viviam uns tecelões responsáveis por criar os mais lindos tecidos do mundo. Estes tecidos, prometidos como sendo os mais lindos do mundo, iriam permitir salvar o João, a quinta e os seus sete ajudantes anões.

Porém, quando o João acordou, no dia seguinte, o Lobo Mau não só não tinha tido a paciência de esperar os três meses para que o pé de feijão crescesse, como tinha fugido com os feijões. E, o Lobo Mau mandou o Pai Natal falar com o João para que esse soltasse os animais da quinta de maneira que não tivesse que os alimentar. Para isso daria a cada animal um saco e meio de comida por cada ano que estiveram na quinta e um Capuchinho Vermelho.

Nisto aparece um coelho a correr, com um grande relógio de ouro na mão e a gritar: "Já vou atrasado!". Cheio de curiosidade, o João seguiu-o. O Coelho enfiou-se numa toca. O João, que ia atrás, teve a impressão de cair até ao fundo de um poço. Mas viu-se numa grande sala com muitas portas fechadas e uma mesa de vidro. Uma pequenina porta que dera passagem ao coelho acabava de fechar-se. O João espreitou pela fechadura e viu um magnífico jardim.

Nesse jardim estava Pinóquio, que não querendo ficar de fora perguntou ao espelho mágico “Espelho meu, espelho meu, haverá alguém no mundo pior gestor do que eu?”, ao que este respondeu ser o João. O Pinóquio irritado decide transformar o João, num rato, passando este a ser conhecido como o João Ratão.

Nisto o João ouviu "Quem quer, quem quer, casar com a Carochinha que é vaidosa mas bonitinha?" e cheirou-lhe a feijoada. A Carochinha cozia os feijões que o Lobo Mau lhe tinha trocado por um Príncipe Encantado de quem ela se tinha entretanto fartado. Depois de ter recusado o Ali-Bábá e os 40 ladrões, a Carochinha olhou para o João Ratão e apaixonou-se.

No Domingo, ambos vão à missa e o feijão ao lume no caldeirão. A Carochinha viu-se sem leque na mão.
- Carochinha sem leque na mão, o que dirão?
O João Ratão ofereceu-se para ir buscar o leque. Chegou a casa, viu o caldeirão, meteu um pé, meteu uma mão e pumba, pobre João Ratão!

No entretanto apareceu o Gato das Botas e comeu o João Ratão, misturado com o feijão!!!

1 comentário:

Anónimo disse...

Adorei!Umas boas gargalhadas!!!
Beijocas
Sil