quarta-feira, outubro 04, 2006

Parque tecnológico da Covilhã vai acolher 13 empresas brasileiras

A ligação ao Parkurbis vai surgir através de um Agrupamento Complementar de Empresas

O Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã, o Parkurbis, vai acolher no inicio do próximo ano 13 empresas brasileiras da área do software, oriundas de Blumenau, do estado de Santa Catarina, que têm como objectivo entrar no mercado europeu. Estas firmas vão surgir ligadas ao Parkurbis por via da criação de um Agrupamento Complementar de Empresas (ACE), no qual alinharão quatro portuguesas já sediadas no parque.

A ideia de criar um agrupamento entre empresas do Parkurbis e de Blumenau foi avançada em Maio deste ano, altura em que uma comitiva brasileira visitou a Covilhã e responsáveis das duas cidades geminadas se encontraram pela terceira vez. A constituição do agrupamento vai levar à assinatura de dois documentos, de forma "a obedecer às leis do direito português e brasileiro", explicou o presidente da câmara, Carlos Pinto, durante a reunião da assembleia municipal de anteontem. O primeiro documento será assinado a 4 de Outubro, no Brasil, enquanto o segundo - conforme à legislação portuguesa - será assinado até final deste ano.

De entre as empresas de Blumenau - que produzem software para as indústrias do turismo, química e automóvel - "algumas são marcas líderes na América do Sul" e contam com 100 a 120 engenheiros nos seus quadros, notou Carlos Pinto.

Para já, o principal objectivo do agrupamento está em estabelecer contactos com o mercado europeu.

Para que as empresas brasileras se venham a fixar definitivamente na Covilhã, o Parkurbis terá de dispor de mais um edifício, visto que o actual está já completo, com 13 empresas. Segundo adiantou Carlos Pinto, o parque tecnológico está apostado em conseguir dinheiros comunitários para erguer aquele segundo edifício, que deverá custar um milhão e cem mil euros e ter uma área de 3500 metros quadrados. O que se pretende é aproveitar as verbas que ainda estão disponíveis no actual quadro comunitário de apoio, sendo que foi já aprovada uma précandidatura.

Por ser uma sociedade anónima, uma candidatura do parque de tecnologia dificilmente ultrapassaria uma comparticipação na ordem dos 40 ou 45 por cento, frisou Carlos Pinto, ao notar que o regulamento dos fundos comunitários no âmbito do Ministério da Economia prevê uma majoração para os espaços de incubação que sejam liderados por uma associação. Com a criação da Associação Parkurbis Incubação pretende-se conseguir um apoio de 75 por cento. Farão parte desta associação, com capital social na ordem dos 25 mil euros, actuais accionistas do parque tecnológico.

por Sandra Invêncio in Público , Domingo, 17 SET 2006

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