quinta-feira, maio 25, 2006

No meu Moleskine (3)

Desde puto que atraio malucos. Quando entrava num bar e se lá havia um bêbado, este, a primeira coisa que fazia era vir falar comigo.

Conhecia os maliquinhos todos do Bairro. O Quim confessava-me que as telenovelas brasileiras lhe faziam mal por causa das "gajas boas". E os drogados eram todos meus amigos, sendo muitas vezes associado a eles.

Na Universidade tinha um amigo que se divertia a partir dispositivos de incêndio para ouvir o som do alarme. Era o meu melhor "amigo" na Fac. de Ciências da Universidade do Porto.

Em Aveiro conhecia-os a todos. Do "Trafaria" que maluco não tinha nada ao "Stevan" que era o melhor aluno de Ambiente, mesmo sendo alcoólico, passando pelo Ramalheira, que vomitou numa prova de BTT porque começou o dia com um copo de leite.

No emprego, prefiro nem falar, porque me posso comprometer, mas...

E até nas mulheres. Namorei com a "Gasolina" depois com a "Botas da Tropa", mas sempre me aproximei de pessoas "extravagantes". A Cláudia não é excepção, ela própria uma pessoa singular.

E há outros casos que me escuso a falar.

Mas só me rodeio de "loucos", "malucos", "deslocados", "extravagantes" ou "freaks". Porquê esta atracção?


in Moleskine (2) 23/09/2005 23:24

3 comentários:

Nuno Guronsan disse...

Agora fizeste-me lembrar uma amiga minha, que passa a vida a queixar-se das amizades "anormais" que tem (no teu caso não percebi se também era uma queixa). Já lhe tentei explicar mil vezes que as amizades dela (myself included), quando comparadas com outras pessoas que conheço, são anormalmente normais.

Neste relato esqueceste-te dos freaks contacteantes ;)

Espero que esteja tudo bem contigo e com a Cláudia. Já és papá? Um grande abraço!

Anónimo disse...

Eu ate te acho um rapaz muito atinado! Demasiado?
E muito mais engracado conhecer freaks do que os chatos com as conversas do costume.
Novidades do bebe?
luisboticas

carne disse...

O que é que me estás a chamar, exactamente?...