Há uns meses que ando para escrever isto (como muito mais coisas)! Mas há sempre alguma coisa que se intromete e acabo por protelar a escrita.
Em Dezembro, no dia 12, escrevi aqui, num acto de inconformismo, sobre uma pessoa que não conhecia. Engraçado que uns dias depois, J. Rentes de Carvalho, sabendo do post, escreveu-me, mostrando que era completamente diferente daquilo que eu tinha pensado dele: "Amigos informam-me do texto de 12/12 no seu blog e dos comentários que nele me faz. Fui ler. Sorri. A juventude tem esse excelente privilégio de poder formular juízos ligeiros e exprimi-los no tom assegurado de quem trombeteia verdades fundamentais. Mas enfim... Com mais do dobro da sua idade posso permitir-me o sorriso. E, acredite, no que respeita vivências e viagens não tenho razão de queixa, nem inveja dos meus semelhantes.
Deixe-me ainda acrescentar que por natureza não sou triste. No campo social são bastantes os amigos e quando, como ontem à noite, a família mais chegada se senta a consoar, somos vinte e dois." Isto foi escrito precisamente no dia de Natal.
No entretanto já me tinha apercebido, pelo comentário do Luís Alves, que o Sr. J. Rentes de Carvalho, não era aquela imagem de pessoa que eu tinha criado na minha cabeça. J. Rentes de Carvalho tinha bem mais para contar que eu.
"Vejo que leva a vida com agradável humor. Prezo que assim seja…
Desde já peço desculpa se de alguma maneira se sentiu ofendido pelo que escrevi nesse texto de 12/12. Não era minha intenção, de maneira nenhuma, ofendê-lo, porque não sou do género ofensivo. Porém compreendo que usei a imagem que me foi passada de si, como arma de arremesso na 'discussão' com o Luís (de Boticas) Alves, sobre o prazer que se pode ter em viajar. […] E pelo que li da sua Biografia, vejo que não tem sido no seu quarto a ler um livro que tem passado a sua vida. Um dia, quando tiver o dobro da minha idade, espero poder rir assim de alguém que usa o meu nome em vão!" – Escrevi eu de prontidão.
Trocámos mais algumas mensagens e desde essa altura que tenho seguido o seu blog (criado precisamente nessa altura) quase com a mesma regularidade que ele é actualizado com uma nova história. E tem-se provado como eu estava errado no primeiro post. Pela coincidência, tenho a impressão que um dia ainda nos vamos cruzar algures... Porque se a Internet pode afastar, de certeza que ajuda a aproximar as pessoas.
Fica aqui a homenagem, o esclarecimento e a divulgação.