sexta-feira, dezembro 23, 2005

A minha vida dava um filme do Alfred Hitchcock (pt. 2)

Segunda-feira de tarde. Toca o telemóvel. O número é omisso. Atendo e oiço do outro lado a mesma voz feminina da quinta-feira passada:
- "Estou sim? Sr. Rui Gonçalves?" – disse ela num tom bastante mais cordial.
- "Sim! Sou eu!" – digo eu muito seco.
- "Gostava de lhe pedir desculpa pelo facto de não o ter podido receber na sexta-feira quando aqui veio às nossas instalações."
- "Ok!" – digo eu num tom ainda mais seco, pensado no facto de que nunca me tinha informado que nesse dia fechavam mais cedo porque havia festa de Natal da empresa, e no facto de 13 minutos depois das 17:00 (a hora de fecho extraordinária) já não estar no local de trabalho para me "receber".
- "E gostaria também de lhe pedir que me enviasse anexa à exposição que vai fazer a cópia da queixa-crime que vai efectuar na polícia."
- "Ok!" – grunhi.
- "Pronto! Então agradeço-lhe que me envie essa informação o mais tardar até sexta-feira. Obrigado e boa tarde." – disse já num tom mais exigente.
- "Boa tarde!" - E desliguei!

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